A colheita do milho alcançou 64% da área cultivada no Estado. A produtividade estimada no momento é de 3.428 quilos por hectare, representando um decréscimo de 53% na inicial. A ocorrência de chuvas beneficiou as lavouras nas quais as plantas estão em estágios vegetativo, em florescimento e em enchimento de grãos, que totalizam 18% cultivos. As áreas em maturação serão pouco afetadas pelas precipitações.

A colheita foi concluída em Itaqui e São Borja, o que corresponde a 44% da área cultivada de milho na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé. Houve ocorrência de granizo no dia 28/02, em Rosário do Sul, com graves prejuízos a lavouras. Em São Gabriel, metade das lavouras foram implantadas no cedo e já foram colhidas, com produtividade de 4.800 quilos por hectare. A outra metade, semeada tardiamente, não será colhida pelos danos da estiagem. Na Campanha, as chuvas registradas no final de fevereiro foram benéficas para as lavouras implantadas na segunda quinzena de dezembro e janeiro, que se aproximam da fase de pendoamento, com bom porte e mantendo as folhas verdes desde a base das plantas. As lavouras implantadas em novembro têm potencial produtivo comprometido, pois estão na fase final do enchimento dos grãos, com secamento antecipado da área foliar, sendo pouco afetadas pelas chuvas recentes. Em Dom Pedrito, 30% das lavouras já foram colhidas, com produtividade satisfatória devido ao uso da irrigação. No aspecto fitossanitário, em Aceguá, aumentou a incidência de cigarrinha no milho do tarde, com visualização de sintomas típicos como multi-espigamento e emissão de perfilhos, sendo necessário aplicações de inseticidas.

Na de Caxias do Sul, a colheita avançou para 20% dos cultivos, e a expectativa atual de rendimento é aproximadamente 3.300 quilos por hectare, com decréscimo de aproximadamente 60% em relação à expectativa inicial. Embora haja ocorrência frequente de chuvas, o volume é muito baixo e insuficiente para repor as perdas por evapotranspiração.

Na região administrativa de Ijuí, a colheita está próxima do fim. As lavouras de segundo cultivo, semeadas em janeiro, apresentam recuperação da turgescência, emitindo folhas maiores.

Na de Passo Fundo, a colheita avançou para 72% da área colhida, enquanto que os outros 25% se encontram maduros e prontos para colher. As perdas estimadas em decorrência da estiagem alcançam 67%.

Na regional de Pelotas, as perdas de produtividade estão consolidadas e devem atingir 33%. As lavouras na fase de enchimento de grãos somam 46%, em pendoamento ou florescimento, 22%; em desenvolvimento vegetativo, 12%; maduro, 9%; e 11% colhido.

Na de Porto Alegre, lavouras em fase de florescimento e desenvolvimento vegetativo estão em recuperação devido ao retorno das chuvas e temperaturas mais amenas. Estima-se uma perda de 12% em função da estiagem, que afetou os cultivos do cedo.

Na regional de Santa Maria, as chuvas favoreceram o milho safrinha, que ainda se encontra em desenvolvimento vegetativo ou em floração. Há 10% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração, 18% em enchimento de grão, 16% em maturação e 43% colhidas.

Na de Santa Rosa, 89% das lavouras foram colhidas, 1% está madura e 10%, em desenvolvimento vegetativo. A falta de umidade acarretou falhas na germinação e emergência, com redução na população ideal de plantas. A produtividade média inicial projetada era de 8.520 quilos por hectare, considerando a média das lavouras irrigadas e de sequeiro. Há uma redução de 45% na expectativa de produtividade atual.

Na de Soledade, os cultivos com implantação tardia, em áreas de resteva de tabaco, feijão e milho silagem, têm bom crescimento e desenvolvimento. O controle de plantas invasoras foi finalizado, e está estão em andamento as aplicações de adubos nitrogenados em cobertura, que é uma prática favorecida pelo adequado teor de umidade nos solos.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho variou +0,48%, de R$ 92,65 para R$ 93,31.

Milho silagem

A colheita de milho destinada à silagem alcançou 84% da área cultivada, e as lavouras remanescentes estão predominantemente em desenvolvimento vegetativo, em função de plantios recentes. A produtividade estimada tem redução de 54% em relação à projeção inicial, com rendimento alcançado de 17 toneladas por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, foi intensificada a operação de ensilagem. A ocorrência de maiores volumes de chuvas, no final de fevereiro, proporcionou boas condições de desenvolvimento para as lavouras implantadas em janeiro, que estão recebendo os tratos culturais, como controle de ervas daninhas e fertilizantes em cobertura. O aumento no teor de umidade no solo desacelerou o secamento das folhas, permitindo aos produtores aguardar o momento correto para o corte, que corresponde ao período em que as plantas atingem 35% de matéria seca, e os grãos apresentam-se no estágio farináceo duro, em um balanço favorável entre volume x qualidade, na produção da silagem. Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, produtores de leite realizaram novos plantios de milho para produção de silagem.

Na de Porto Alegre, a colheita alcançou 52%, e a produtividade é de 24 toneladas por hectare representando um decréscimo de 20% em relação à fase inicial. O preço médio da silagem permaneceu R$ 452,00/t.

Fonte: Emater/RS – ASCAR

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