A colheita avançou de forma mais lenta no Estado e chegou a 79%, em grande medida,devido ao aumento da umidade provocada pelas chuvas da semana, que impossibilitaram os produtores de entrar com as máquinas em muitas lavouras.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, todas as lavouras de milho implantadas na Campanha, durante janeiro, estão em fase reprodutiva. O potencial produtivo é satisfatório devido às condições climáticas adequadas a partir do final de fevereiro, o que coincidiu com momentos críticos dos componentes do rendimento da cultura. As exceções estão restritas às lavouras com falhas significativas de estande. Produtores realizam o monitoramento das lavouras, relatando menor incidência de lagartas devido às baixas temperaturas.

Na de Caxias do Sul, 40% das áreas estão colhidas. O rendimento médio é de 3.300 quilos por hectare. Nos Campos de Cima da Serra, onde predominam as lavouras em fase de enchimento de grãos, a baixa temperatura e os dias nublados têm deixado o desenvolvimento das plantas lento, provocando atraso na maturação e na colheita. Nos demais municípios, a colheita avança de forma lenta, porque os produtores priorizam a colheita da soja, que é mais sensível às intempéries.

Na regional de Ijuí, 98% das lavouras para grãos estão colhidas. O rendimento médio alcançado é de 4.332 quilos por hectare. As demais áreas estão em estágio vegetativo.

Na regional de Pelotas, 22% da área já foi colhida. As chuvas mantiveram os solos com umidade, beneficiando as plantas em desenvolvimento nos estágios vegetativos, no florescimento e no enchimento de grãos. As perdas de produtividade e a produção das lavouras colhidas confirmam os efeitos negativos da estiagem, principalmente nas semeadas em outubro e novembro, que foram os períodos indicados para o plantio. As implantadas tardiamente estão com melhor desenvolvimento e tendem a ter melhor produtividade.

Nas de Passo Fundo e Frederico Westphalen, 95% da área plantada está colhida. O rendimento atual evidencia as perdas de 60% e 65% respectivamente. Na de Frederico Westphalen, áreas que ainda estão no campo foram semeadas em janeiro pós-lavouras de fumo e milho silagem. O potencial das lavouras é muito bom, e o desenvolvimento está acontecendo dentro da normalidade.

Na de Porto Alegre, as chuvas e as temperaturas amenas ajudaram no desenvolvimento das lavouras, principalmente as em fase de florescimento e em desenvolvimento vegetativo, que estão se recuperando. O plantio de milho safrinha, pósfumo foi intensificado nos últimos dias. Produtores realizam adubação em cobertura e capina química. Em geral, as lavouras estão com bom estado fitossanitário, com presença eventual de cigarrinhas.



Na regional de Santa Maria, o período de março e início de abril foi perfeito para as lavouras que foram implantadas com a retomada da umidade no solo em meados de janeiro. A frequência de chuvas, aliada às temperaturas noturnas amenas e mais elevadas durante o dia, além da boa luminosidade, propiciaram ótimas condições de desenvolvimento para o milho segundo plantio, que está em desenvolvimento vegetativo e em início da floração.

Na de Santa Rosa, as lavouras safrinha implantadas em final de dezembro e início de janeiro estão em fase de desenvolvimento vegetativo, floração e em enchimento de grãos. Já as áreas implantadas na segunda quinzena de fevereiro apresentam ótimo desenvolvimento. O ponto de atenção dos produtores se refere às possibilidades de geadas nas próximas semanas, tendo em vista que a maior parte das lavouras está iniciando o processo de floração.

Na de Soledade, as lavouras com semeadura no período intermediário do zoneamento agrícola (percentual pequeno) se encontram em colheita e têm evidenciado elevadas perdas de produtividade devido à estiagem. As lavouras com implantação tardia, que foram semeadas no período final do zoneamento agrícola e em áreas de restevas de tabaco, feijão, milho safra, silagem e em algumas áreas de soja com elevadas falhas de plantas causadas pela estiagem, continuam com bom aspecto vegetativo e reprodutivo. A ocorrência de baixas temperaturas no período amplia a duração das fases do ciclo de desenvolvimento, tornando as lavouras mais vulneráveis as possíveis ocorrências de geada no cedo.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço da saca de milho teve queda de 5,79%, passando de R$ 90,65 para R$ 85,40. O preço para o produto disponível, em Cruz Alta, manteve-se em R$ 92,00/sc.

Milho silagem

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras de milho estabelecidas em terras baixas, ensiladas no período, em Hulha Negra e Aceguá, atingiram produtividades superiores a 40 toneladas de massa verde por hectare, com excelente presença de grãos. As lavouras do tarde, estabelecidas em janeiro, continuam promissoras, embora a possibilidade de ocorrência de geadas mantenha os produtores cautelosos.

Na de Ijuí, os cultivos destinados à confecção de silagem evoluem para a fase reprodutiva, apresentando folhas bem desenvolvidas e aspecto sanitário muito bom, gerando boas expectativas de produtividade e qualidade da silagem.

Na de Erechim, as áreas inicialmente previstas para a utilização com silagem estão todas colhidas. A produtividade alcançada foi de 19.489 quilos por hectare. As perdas chegaram a 51,3%. Em torno de 10 mil hectares foram replantados para serem utilizados para silagem e se encontram nas fases de floração/pendoamento, em muito bom estado.

Na região de Porto Alegre, 78% da área destinada à silagem já foi colhida. O rendimento médio chegou a 24.247 quilos por hectare. O avanço da estiagem e a perspectiva de redução na produção do milho grão fizeram com que muitos produtores optassem em destinar as lavouras para a silagem. Em geral, os cultivos têm se apresentado com bom desenvolvimento e ótimo estado fitossanitário. As perdas decorrentes do período de estiagem e do forte calor, apesar das chuvas, não irão recuperar muitas lavouras, principalmente as que se encontram no estágio de maturação.

Fonte: Emater/RS-Ascar – Informativo Conjuntural nº 1705

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