Na regional de Bagé, a colheita avançou até 24/06 na Campanha, quando foi suspensa devido ao clima chuvoso. Produtores encaminham a conclusão da colheita nos próximos dias em função das perdas decorrentes do tombamento de plantas nas lavouras e da umidade elevada nos grãos, que intensifica as perdas de qualidade pelo desenvolvimento de fungos, especialmente nas cultivares com empalhamento deficiente.
Em Hulha Negra, as perdas na colheita mecanizada permaneceram como fator importante, e foi necessário contratar mão de obra para recolhimento de espigas que ficam na lavoura após a passagem das automotrizes. As dificuldades operacionais para colheita do milho sem plataformas adequadas, o pequeno número de locais para secagem e as oscilações de preços são fatores limitantes para a ampliação da área cultivada no município.
Na regional de Soledade, a colheita da cultura está em finalização, faltando colher apenas 1% de lavouras tardias. Na de Pelotas, permanece a colheita, chegando a 85%. Os rendimentos de referência foram superados, chegando aos 5.588 quilos por hectare.
Muitas áreas superaram a produtividade de seis mil quilos por hectare. Os maiores compradores de milho na região ainda têm muita soja estocada, dificultando e atrasando a compra e o recebimento do milho. Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, cultura em entressafra. Produtores buscam informações junto aos escritórios municipais para a construção de unidades armazenadoras – silos secadores – na propriedade.
Mercado (saca de 60 quilos)
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no RS, o preço médio do milho chegou a R$ 77,56, correspondendo a uma redução de 2,65% em relação ao da semana anterior. O preço do produto disponível em Cruz Alta se manteve estável em R$ 80,00.
O milho enfrentou quedas nas cotações internacionais para os futuros de julho, que balizam as cotações locais. A queda do dólar também influencia a redução do preço no mercado local, e isso pode significar menor área semeada na próxima safra frente à expectativa de forte evolução da área cultivada na região, já que os insumos sofreram elevado acréscimo nos últimos meses.
Com a queda do dólar, os custos com adubação e outros insumos sinalizam redução, e os produtores estão atentos aos cálculos de custos variáveis na implantação das lavouras que se avizinha.
Fonte: Emater/RS