A safra 2024/25 marcou um novo recorde na produção de algodão em Mato Grosso. Mesmo com o início da safra marcado pelo atraso na semeadura, o ciclo registrou a maior área de toda a série histórica: 1,55 milhão de hectares, aumento de 5,82% em relação à safra 2023/24. Além disso, as condições climáticas foram favoráveis, principalmente nas áreas de segunda safra, levando o estado a atingir uma produtividade média de 315,12 @/ha, superando também o recorde da safra 2022/23, com uma produção de 3,01 milhões de toneladas de pluma.

Ao mesmo tempo, as cotações do algodão foram se desvalorizando ao longo do ano, devido principalmente à maior produção e ao crescimento dos estoques. Esse contexto desacelerou o ritmo de comercialização do algodão, que tem ficado nas mínimas dos últimos anos. Por fim, apesar do cenário um pouco mais desanimador nesse sentido, o país se manteve na posição de maior exportador mundial de algodão pelo segundo ano consecutivo, reforçando o papel do estado no abastecimento global.

ELEVAÇÃO: a maior demanda pelo caroço de algodão, sustentada pelo consumo nas usinas de biodiesel, aumentou a média de preço do produto em 74,95% no comparativo anual.

DECLÍNIO: a paridade de exportação do contrato de dez/25 desvalorizou 3,46% em relação ao contrato equivalente de 2024, reflexo da redução do preço do algodão na bolsa de NY.

BAIXA: a previsão de aumento nos estoques globais e menor consumo levou à queda de 10,56% na média anual do contrato da ICE de dez/25 em relação ao de dez/24.

ALTA: o aumento do consumo de óleo de algodão, aliado ao aumento no preço do caroço, levou à valorização de 34,97% no preço do produto no comparativo com o ano passado.

Safra 2025/26 deve registrar a primeira redução de área de cultivo em cinco anos

A previsão é que sejam cultivados 1,43 milhão de ha de algodão no estado, diminuição de 7,28% em relação a 2024/25, sendo a primeira redução desde o ciclo 2020/21. No entanto, há fatores ainda incertos que podem impactar nessa projeção, como o desenvolvimento da safra de soja, principalmente seu ritmo de colheita, pois deve influenciar no ritmo de semeadura da segunda safra do algodão.

Assim, com a produtividade estimada em 290,74 @/ha, a expectativa é que a produção de pluma fique em 2,58 milhões de t. Além da questão de campo, o ponto de atenção para a temporada futura está na rentabilidade. Nesse contexto, a combinação de custos mais altos, como mostra o projeto CPA-MT¹, os preços baixos e comercialização mais lenta deve permear o próximo ano, visto que ainda não há fatores que levem à valorização da pluma no mercado.

Por fim, a semeadura já iniciou em algumas regiões do estado, o que deve ajudar na definição da área que de fato será cultivada, bem como trazer as primeiras perspectivas de produtividade para o ciclo.

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Fonte: Imea



 

FONTE

Autor:Boletim Semanal do Algodão

Site: IMEA

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