O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (14) pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 341,9 milhões de toneladas em 2025. Trata-se de um valor 16,8% ou 49,2 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). Na comparação com agosto, a estimativa registrou alta de 0,2%, um acréscimo de 660,9 mil toneladas. A próxima divulgação do LSPA, em 13 de novembro, trará o primeiro prognóstico para a safra 2026.
A área a ser colhida este ano deve ser de 81,4 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 3,0% (2,4 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2024. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 102,7 mil hectares (0,1%).
“Com auxílio do clima benéfico durante a safra de verão e a segunda safra, chegou-se ao recorde na safra de grãos. Outro motivo é que os produtores também ampliaram as áreas de plantio e investiram mais nas lavouras porque os preços de alguns produtos na época do plantio estavam atrativos e com boa rentabilidade”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.
Para a soja, a estimativa de produção foi de 165,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 138,4 milhões de toneladas (26,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 112,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,4 milhões de toneladas; a do trigo em 7,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,8 milhões de toneladas; e a do sorgo em 5,0 milhões de toneladas.
Em relação à safra de 2024, ocorrem acréscimos de 10,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 17,2% para o arroz em casca; de 14,4% para a soja; de 20,7% para o milho (crescimento de 14,0% para o milho 1ª safra e de 22,4% para o milho 2ª safra); de 24,8% para o sorgo; de 3,6% para o trigo; e para o feijão, ocorreu decréscimo de 0,5%.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 88,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 4,8% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 11,3% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 3,8% na do milho (declínio de 5,3% no milho 1ª safra e crescimento de 6,4% no milho 2ª safra); e de 11,4% na do sorgo; ocorrendo declínios de 5,5% na do feijão e de 18,5% na do trigo.
Safra de grãos no Centro-Oeste cresce 21,6% em 2025 em relação ao ano anterior
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para todas as regiões: Centro-Oeste (21,6%), Sul (9,5%), Sudeste (16,8%), Nordeste (8,3%) e Norte (22,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Região Norte (1,3%), a Sul (0,1%), a Centro-Oeste (0,2%) e a Sudeste (0,1%). A Região Nordeste apresentou declínio (-0,3%).
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,4%, seguido pelo Paraná (13,5%), Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,5% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,4%), Sul (25,1%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,5%).
As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (258.551 t), no Tocantins (186.787 t), no Paraná (122.600 t), em Rondônia (86.757 t), em Goiás (69 470 t), em Sergipe (48.701 t), em Minas Gerais (37 130 t), em Roraima (13.253 t) e no Rio de Janeiro (134 t). As variações negativas ocorreram na Bahia (-43.325 t), no Ceará (-39.757 t), no Maranhão (-37.141 t), no Rio Grande do Sul (-28.785 t), no Acre (-4 826 t), em Pernambuco (-2 909 t), no Pará (-2.577 t), no Rio Grande do Norte (-1.563 t), no Espírito Santo (-1.353 t) e em Alagoas (-265 t).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e foram divulgadas pelo Departamento de Comunicação Social do IBGE.
Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News