A safra 2018/19 de grãos no Brasil apresenta números recordes. Porém, o avanço decorre do salto na colheita de milho e algodão. Nas demais, a produtividade evolui em números que poderiam ser melhores.

O crescimento de 6,4% na produção deverá fazer com que o país colha 242,1 milhões de toneladas de grãos, ante 227,7 milhões da temporada 201/2018. O recorde na série histórica ainda requer, do produtor, um olhar para a qualidade do solo e para os nutrientes ofertados às plantas.

“A utilização de insumos, como o calcário, poderia fazer com que o salto fosse maior, sem que novas áreas fossem requisitadas”, alerta o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), João Bellato Júnior.

“Em estados como Mato Grosso e Bahia há o avanço pela expansão das frentes de plantio. O Sul e o Sudeste têm obtido melhor produtividade focando na correção da acidez do solo e na tecnologia”.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a safra recorde da série histórica no dia 10 de setembro.

Houve crescimento de 35,9% na produção de algodão. Taxa de câmbio e a alta dos preços de mercado expandiram a área plantada, principalmente nos estados da Bahia e Mato Grosso.

Já as quase 100 milhões de toneladas de milho representam aumento de 37%, puxado pela segunda safra – a primeira teve leve queda.

O feijão apresentou queda de 3%. Já a safra de arroz recuou 13,4% ante 2017/18, devido à redução da produtividade nos principais estados fornecedores.

A soja recuou 3,6% na produção. O crescimento na área de plantio da cultura atingiu 2,1%. Foi a segunda maior produção de soja na série histórica da Conab.

Bellato avalia que combater a acidez do solo e fornecer mais nutrientes para a planta representam redução de custos no campo. “Para o agricultor, estamos falando de melhor rentabilidade”, disse. Análise de solo e avaliação de um técnico representam os passos iniciais nessa utilização melhor dos recursos.

Veja a íntegra do Boletim de Grãos de Setembro 2019 – clique aqui.

Fonte: Abracal

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