De acordo com o USDA, a projeção da produção mundial de soja para a safra 2024/25 apresentou redução de 0,67% em comparação à estimativa de dez/24, agora projetada em 424,26 milhões de toneladas. Essa queda está atrelada à diminuição de 2,13% na produção dos EUA, estimada em 118,84 milhões de toneladas, decorrente do corte na projeção de produtividade do país, que recuou 2,01% em relação ao mês passado. Esse cenário surpreendeu o mercado, que esperava um volume maior de produção dos Estados Unidos.
Quanto ao consumo mundial, a projeção aumentou 0,47% em comparação com dez/24, sendo estimada em 405,53 milhões de toneladas. Em relação ao estoque final, a combinação da diminuição da oferta e do aumento da demanda global resultou em uma queda de 3,11% em relação à estimativa anterior.
Por fim, diante da menor oferta da oleaginosa, principalmente nos EUA, o preço da soja na CME-Group retornou aos patamares superiores a US$ 10,00/bu após a divulgação dos dados pelo USDA.
QUEDA: o preço da soja no indicador Cepea apresentou redução de 0,67% em relação à semana passada, devido ao avanço da colheita da soja no Brasil.
MENOR: o diferencial de base MT/CME registrou baixa de 61,00% em relação à semana anterior, motivada pela desvalorização no preço da soja em Mato Grosso.
AUMENTO: a cotação da soja em Chicago, contrato mar/25, exibiu alta de 3,64% em relação à semana passada, fechando na média de US$ 10,39/bu.
Segundo a Secex, em 2024, o Brasil exportou 98,81 milhões de t de soja, redução de 3,00% em comparação a 2023
Essa queda no comparativo anual está relacionada à menor disponibilidade de soja no país, devido à quebra de safra nos principais estados produtores. Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, foi responsável por 25,03% das exportações brasileiras em 2024, com um total de 24,74 mi de t.
Esse volume representou queda de 12,70% em relação a 2023, reflexo da redução de 13,84% na produção do estado na safra 2023 /24. Entre os principais destinos, a China, maior compradora de soja de MT, adquiriu 14,71 mi de t em 2024, diminuição de 15,05% em relação ao ano passado.
Por outro lado, outros mercados ganharam espaço, como a Espanha e a Turquia, que aumentaram o consumo de soja mato-grossense em 33,61% e 51,66% ante 2023, respectivamente.
Por fim, com o atraso na colheita da soja na temporada 2024/25, as perspectivas indicam que os embarques no mês de janeiro de 2025 deverão ser inferiores aos registrados no início de 2024.
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Fonte: Imea
