De acordo com estimativa de ago/25, para a safra 25/26 do USDA, a produção mundial de algodão foi projetada em 25,39 mi de t, queda de 1,52% frente à previsão anterior. Esse cenário foi reflexo, principalmente, da diminuição na produção dos EUA, devido ao corte na expectativa de área colhida do país.
Em relação ao consumo global, a projeção manteve-se praticamente estável no comparativo mensal, com uma queda de 0,11%, totalizando 25,69 mi de t. Com a redução na produção e a diminuição na estimativa dos estoques de passagem da safra 24/25, os estoques finais recuaram 4,41% em ago/25 ante jul/25, ficando estimados em 16,09 mi de t.
Por fim, apesar do relatório provocar valorização nos contratos futuros na bolsa de NY após sua divulgação, a pressão de venda e fechamento de contratos levou as cotações a recuarem ao longo da semana, mas ficando acima do registrado antes da divulgação.
AVANÇO: a colheita do algodão em MT tem ganhado mais força, com progresso de 13,07 p.p. na semana, fechando, até a última sexta-feira (15/08), 40,05% da área estimada.
VALORIZAÇÃO: com alta de 2,01% no comparativo semanal, o óleo de algodão ficou precificado em R$ 5.510,71/t, impulsionado, principalmente, pela maior demanda das indústrias de biodiesel.
AUMENTO: o contrato de jul/26 apresentou valorização de 1,45% ante a semana passada, fechando em ¢ US$ 71,15/lp, motivada, principalmente, pela divulgação do WASDE.
Segundo o projeto CPA-MT, em jul/25, o custeio do algodão para a safra 25/26 ficou projetado em R$ 10.706,79/ha, alta de 0,56% ante jun/25
O aumento foi devido à elevação mensal nas despesas com as classes das sementes (+1,56%) e dos defensivos (+0,70%). Com o acréscimo no custeio, o COE e o COT ficaram projetados em R$ 15.371,73/ha e R$ 16.348,84/ha, altas de 0,46% e 0,43%, nesta ordem.
A alta na taxa Selic também resultou no aumento de 1,03% no custo de oportunidade, elevando o CT para R$ 18.454,20/ha. Diante desse contexto, e considerando a produtividade média da pluma em 124,82 @/ha, para conseguir cobrir o COE, o cotonicultor teria que vender a pluma a pelo menos R$ 123,15/@.
Já para cobrir o CT, o preço mínimo de venda seria de R$ 147,84/@. Cabe destacar que o preço médio ponderado da comercialização da safra 25/26, até jul/25, ficou de R$ 137,11/@, insuficiente para cobrir o CT. Por fim, os atuais patamares dos preços da pluma mantêm o alerta para a rentabilidade do produtor, visto que os custos estão mais altos em relação à safra passada.
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Fonte: Imea