A colheita do algodão da safra 23/24, até 12/07, atingiu 5,64% da área projetada em Mato Grosso, avanço de 3,22 p.p. no comparativo semanal. O percentual alcançado se encontra 1,21 p.p. atrás do registrado no mesmo período da safra 22/23, além de estar 8,35 p.p. abaixo da média de cinco anos.
Segundo relatos dos informantes do Imea, as temperaturas mais baixas ao longo da semana desaceleraram o ritmo dos trabalhos a campo em algumas localidades. Dessa forma, as regiões mais avançadas são a nordeste e a sudeste, com 22,08% e 8,58% da colheita concluída, respectivamente, ao passo que a porção oeste é a mais atrasada, com 1,84% de sua área estimada colhida.
Por fim, com o início da colheita nas áreas de segunda safra, as próximas semanas devem marcar avanços mais significativos, visto que representam 81,61% da área total dedicada à cotonicultura no estado.
INCREMENTO: o preço da torta de algodão disponível apresentou valorização de 0,73% em relação à semana passada, fechando cotada na média semanal de R$ 761,13/t.
RETRAÇÃO: a paridade de exportação de jul/24 exibiu recuo de 5,17% no comparativo semanal, pautado pela redução no preço da ICE jul/24 na bolsa de NY.
DIMINUIÇÃO: o contrato de algodão de dez/24 na bolsa de NY registrou queda de 1,86% na última semana, devido as perspectivas das condições climáticas nas lavouras dos EUA.
Segundo o USDA, em jul/24, as novas projeções da oferta e demanda mundial de algodão na safra 2024/25 exibiram alta ante a safra passada
Dessa forma, a estimativa da produção mundial é de 26,17 mi de t, acréscimo de 5,71% em relação à safra passada, impulsionado pela previsão de incremento na área colhida do ciclo 2024/25, que deve ficar em 32,41 mi de ha.
É importante destacar que o Departamento estima que as maiores produções da fibra para a temporada sejam da China e da Índia, com 5,99 e 5,44 mi de t, respectivamente. Além disso, o consumo mundial para o ciclo 2024/25 também exibiu aumento de 3,44% em comparação ao ciclo passado, ficando projetado em 25,52 mi de t.
Em relação aos países com maior consumo, destacam-se a China, Índia e Paquistão, com aumentos de 1,30%, 2,00% e 3,26%, respectivamente, em comparação ao ciclo 2023/24. Por fim, a projeção para as exportações exibiu incremento de 0,85% ante a safra passada, puxado, principalmente, pelos envios de 2,83 mi de t dos EUA e de 2,72 mi de t do Brasil.
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Fonte: IMEA
