O USDA divulgou, nesta segunda-feira (28/07), a atualização semanal das condições das lavouras de milho da safra 25/26 nos EUA. Segundo o relatório, 73,00% das lavouras estão em condições boas e excelentes, avanço de 5,00 p.p. em relação à safra anterior e 5,00 p.p. acima da média dos últimos cinco anos.
Nesse cenário, o estado de Iowa, maior produtor de milho do país, ficou com 87,00% das lavouras classificadas como boas e excelentes. A melhora nas condições é atribuída, principalmente, ao clima favorável no Meio-Oeste americano (Corn Belt). De acordo com o NOAA, a previsão sazonal até out/25 indica baixa chance de seca nas principais regiões produtoras dos EUA.
Desse modo, o USDA projeta que a produção de milho da safra 25/26 seja 5,64% superior à do ciclo passado. Assim, o preço do milho na CME-Group, contrato jul/26, recuou 0,32% na última semana, pressionado pelas melhores condições das lavouras nas últimas semanas e pela expectativa de alta na produção global para a safra 25/26.
ACRÉSCIMO: com o atraso na colheita no Brasil, o preço do milho na B3 aumentou 2,00% no comparativo semanal, sendo cotado na média de R$ 65,39/sc.
MENOR: a diferença do preço em MT e Chicago encurtou 11,40% na semana, com alta no preço em MT e queda na cotação em Chicago.
PROGRESSO: a colheita do milho atingiu 90,37% da área prevista para a safra 24/25 na última semana, mas ainda segue 2,95 p.p. atrás da média das últimas cinco safras.
Segundo os dados do Imea, o preço do milho disponível em Mato Grosso recuou 41,03% nos últimos três meses
Esse cenário de retração está atrelado à expectativa de aumento na produção para a safra 24/25. Além disso, a queda no preço só não foi maior devido à sustentação da demanda interna, que tem contribuído para manter os preços acima dos R$ 40,00/sc.
Quando se compara a última semana (21/07 a 25/07) com o mesmo período do ano passado (22/07 a 26/07), o preço do cereal em MT está 3,43% mais alto. Esse incremento se deve à comercialização mais adiantada da safra 24/25, em relação à temporada 23/24.
Ademais, o atraso na colheita, neste ciclo, em comparação com as últimas safras, também contribuiu para a sustentação nos preços, uma vez que escalonou a entrada de milho nos armazéns. Por fim, é importante ressaltar que as cotações em Chicago e o dólar são importantes balizadores de preços no mercado interno, além da oferta e da demanda.
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Fonte: Imea