A semeadura de soja em MT atingiu 24,87% do total de suas áreas até a última sextafeira. Após um ritmo mais lento nas primeiras semanas, os trabalhos a campo começaram a ganhar força, com um avanço semanal de 16,69 p.p.
A região que apresentou o maior destaque foi a oeste, com 38,73% da semeadura concluída. Além disso, para os próximos 15 dias estão previstos aproximadamente 70 mm de chuva nessa região (Aproclima/TempoCampo), o que pode melhorar o nível de umidade no solo.
Já a região menos adiantada é a sudeste, com 16,81% das áreas semeadas, visto que as precipitações na região foram bem dispersas, acumulando aproximadamente 31 mm nos últimos sete dias.
Para as próximas duas semanas, as previsões começam a mudar para um padrão mais chuvoso, com volumes maiores que os do ano anterior, apontando entre 60 e 90 mm nas regiões produtoras (acesse aqui o relatório de semeadura).
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Com a demanda pela oleaginosa enxugando os estoques, o Indicador Imea-MT valorizou 3,54% na semana, cotado na média a R$ 159,88/sc.
• As preocupações com o atraso da semeadura no Brasil vêm sustentando os preços futuros da soja na CME-Group (mar/21), que na média semanal tiveram alta de 1,56%.
• O preço paridade exportação da soja (mar/21) apontou avanço de 2,49% na semana, sob influência do aumento dos prêmios e cotações em Chicago.
• Os baixos estoques do grão em MT acabaram influenciando na relação soja/farelo e óleo, que apresentou recuo semanal de 4,73%. Apesar de os preços dos subprodutos estarem em alta, a elevação das cotações da soja em grão está se sobrepondo.
Mais caro:
Com o início da semeadura da nova safra, os custos de produção da temporada foram consolidados. Na comparação com o ano passado, o Custo Total (CT) aumentou R$ 290,77/ha, ou 7,44%. Os principais componentes que impulsionaram este valor foram os defensivos e o custo de oportunidade, que se elevaram devido ao aumento do dólar e da soja em grão, respectivamente.
Como os agricultores adiantaram as compras de insumos no ano passado (principalmente fertilizantes), as negociações foram propícias no fechamento das contas neste ano. A explicação para isso é o dólar, que nos últimos 12 meses valorizou 32,12% (PtaxBacen), ou seja, caso o produtor deixasse para adquirir os insumos recentemente, ocorreria uma inflação nos custos.
Sabendo que isso pode voltar a ocorrer na próxima safra e buscando aproveitar os preços da soja em alta, o agricultor começa a adiantar as compras para o ciclo 21/22, que apresenta 18,74% dos insumos já negociados, um recorde.
Fonte: Imea