Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apontam redução aproximada de 20%, em relação ano anterior, no setor de máquinas agrícolas. Este panorama deve se estender até o final do ano.
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão, explica que no ano passado houve uma grande venda de máquinas em decorrência da safra recorde colhida neste ano.
Fatores
Pedro Estevão defende que este movimento de retração deve-se à estagnação no aumento de área plantada. “Em 2021 e 2022 tivemos um aumento de área plantada de 12 milhões de hectares, isso significa expressivos 5% ao ano. Nessa safra de verão, iniciada no mês passado, houve um aumento de apenas 1% de área plantada; muito pouco para dar pressão neste setor de máquinas agrícolas. Em anos anteriores, tínhamos um mercado de expansão e um mercado de reposição. Esse ano, basicamente, temos mercado só de reposição.”.
Para o representante da Abimaq, os altos juros e a redução dos preços das commodities são outros fatores que contribuem para a queda do faturamento deste mercado. “A gente enxerga que isso não configura crise no setor. Grandes flutuações são normais neste ramo que representa, aproximadamente, um quarto do mercado de máquinas”.