Semear o milho em até 20 dias antes da colheita da soja, na linha intercalar, garantindo que a implantação e o ciclo de cultivo ocorra em período mais adequado, parecia sonho, mas é realidade, graças a mais de 13 anos de pesquisas feitas pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG). Nessa fase, não há luta do milho com a soja, e no momento da colheita, esta operação mecanizada não impactará no posterior desenvolvimento do milho. Alguns estados já estão adotando a tecnologia do Sistema Antecipe – nome bem usado.

Em Mato Grosso do Sul, a tecnologia chegou no início de 2022 por meio de pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) e serão demonstradas em quatro Unidades de Observação. “A tecnologia Antecipe é muito promissora para o estado de Mato Grosso do Sul, pois reduz consideravelmente os riscos climáticos do milho segunda”, diz o pesquisador Rodrigo Arroyo Garcia.

Foram selecionadas algumas áreas com parceiros para validação da tecnologia em Mato Grosso do Sul (Durados, Nova Andradina, Maracaju e São Gabriel do Oeste). “Além de representativas na produção, são as regiões com características edafoclimáticas em que o milho pode ser consideravelmente beneficiado pela ação da semeadura, fugindo das épocas de sermeadura que os riscos climáticos são específicos”.

Em MS diversas regiões em que as semeaduras de segunda safra são mais tardias, há muitas deficiências à safra hírica, e outras também pela ocorrência de geadas. Ele diz ainda que antecipar a semeadura do milho, em método intercalar ao milho, “é fundamental naquelas áreas em que a implantação da soja ocorrerá já em época menos favorável, próxima dos limites do Zoneamento Agrícola de Risco Climático”.

Para a efetivação do sistema, paralelamente, houve a necessidade de desenvolvimento de uma semeadora-adubadora específica, “haja que a semeadura do milho ocorre com uma cultura da soja em fase final de desenvolvimento, o que foi possível graças à parceria estabelecida entre a Embrapa e Jumil”, diz Auro Akio Otsubo, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Agropecuária Oeste.

Cristiano Taufer, gerente comercial da Pantanal Implementos Agrícolas, diz a empresa “sempre gostou de trazer novas tecnologias e ideias para o agricultor. E devido a isso, todas as vezes que tenham a oportunidade de estar em parceria, uma empresa que tem reconhecimento em nível brasileiro e até mundial, isso nos dá muita credibilidade para ser parceiros.”

Para Fá Chencci Corrêa, gerente de engenharia da Jumil, empresa que comercializa a semeadora-adubadora, a tecnologia do Sistema Antecipe chamou a atenção para ser disruptiva e fecharam uma parceria de cooperação técnica em 2019. “A gente entende que, em breve, ela terá um crescimento exponencial”.

O diferencial, em Mato Grosso do Sul, é que, além do milho safrinha, a semeadora-adubadora possui uma terceira caixa para semeadura de forrageiras, adaptado pela fábrica. Segundo Otsubo, “a possibilidade da semeadura de forrageiras permitirá, o cultivo do milho consorciado com braquiária, assegurando palha para a próxima safra. É uma inovação dentro do Sistema Antecipe”, originada.

Quanto à operação de aquisição na linha, entre soja, entre outros, há o de aquisição da máquina adaptada para essa operação de semedura na linha além do tractor para que o trânsito entre as plantas. “No entanto, vale a relevância que é uma semeadora-adubadora que pode ser utilizada para outras espécies sem adoção do Sistema Antecipe. Em função da possibilidade do potencial produtivo, e da maior área de adoção do Antecipe, ano de colheita do milho de segunda parte ou pode amortizar até mesmo a totalidade do investimento”, afirma o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.

Mais informações podem sercibr. em www.embra podem/sistema-anteci

Fonte: Embrapa

Foto de capa: Orismar Spíndola – Divulgação Embrapa

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