Conforme os dados divulgados pelo Imea neste mês, os custos para a produção do milho de alta tecnologia da safra 21/22, reportaram aumento em junho no estado. Assim, o custeio valorizou 2,48% ante a maio, ficando estimado em R$ 2.069,48/ha, impulsionado pelas altas dos insumos como as sementes (2,93%), macronutrientes (3,27%) corretivos (1,28%) e micronutrientes (0,69%).

Essa valorização está relacionada à demanda, que segue aquecida, devido ao produtor estar finalizando as compras para a safra de soja e intensificando as aquisições para a próxima safra de milho.

Além disso, o aumento nos combustíveis, gerou um aumento nas operações mecanizadas e, junta a desvalorização de 8,85% no preço médio (negociado a R$ 52,53/sc) do milho em junho, impulsionou o ponto de equilíbrio para safra, que apresentou um aumento de 11,75% no comparativo mensal.

Diante deste cenário, o produtor matogrossense precisa produzir ao menos 57,82 sc/ha para cobrir o seu custeio do milho 21/22.

Confira agora os principais destaques do boletim:

Subindo: a forte demanda interna pelo milho disponível no estado influenciou mais uma vez na alta de 5,76% do indicador Imea, que ficou cotado na média de R$ 76,94/sc.

Queda: as cotações do cereal norteamericano na CME–Group corrente recuaram 10,74% no comparativo semanal. Com isso, o preço médio ficou em torno dos US$ 5,62/bu.

Alta: Os preços do cereal na B3 apresentaram alta de 2,16% em relação à semana passada. Com isso, as cotações atingiram à média de R$ 97,66/sc.

A colheita do milho em MT apresentou avanço de 20,85 p.p. em relação à semana passada, porém com baixa nos rendimentos.

De acordo com o Imea 72,79% das áreas semeadas de milho no estado já foram colhidas até sexta-feira (23/07), atraso de 13,89 p.p. em relação a 2020. Com relação as regiões, as mais avançadas são Médio-Norte e Nordeste com 88,04% e 86,68% das áreas colhidas, respectivamente.

Por outro lado, a Sudeste, aparece como a mais atrasada, indicando apenas 45,59% dos trabalhos a campo concluídos. Assim, a colheita em algumas regiões, entra na sua reta final e, com isso, os reportes dos rendimentos nessas áreas apresentam queda.

Deste modo, os levantamentos do Instituto apontaram que a produtividade média semanal em MT ficou abaixo das 95,00 sc/ha e, segundos informantes, os rendimentos poderão apresentar maiores reduções nos próximos dias, visto que as novas frentes de colheita serão sobre as áreas mais prejudicadas pelo atraso da semeadura.

Fonte: IMEA

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