FECHAMENTOS DO DIA 12/07

O contrato de soja para agosto24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,07 %, ou $ -12,00 cents/bushel a $ 1105,00; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -0,49 % ou $ -5,25 cents/bushel a $ 1058,50. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em baixa de -1,05 % ou $ -3,6 ton curta a $ 338,8 e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em baixa de -1,00 % ou $ -0,47/libra-peso a $ 46,65.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou o dia de forma mista, mas a semana em baixa. O relatório mensal do USDA sobre a oferta e demanda, quando não foi neutro foi baixista para a oleaginosa. O corte nos estoques da safra 23/24 foram tímidos, assim como os cortes do volume de produção da safra 24/25. Com isso as cotações mais curtas seguiram a tendência da semana e fecharam em baixa. As mais longas fecharam em leve alta, com uma recuperação técnica, visto que os preços baixos, no mesmo patamar de quatro anos atrás, abrem espaços para compras de oportunidade.

A soja fechou o acumulado da semana em baixa de -4,54% ou $-54,00 cents/bushel. O farelo de soja fechou em baixa de -5,16% ou $-18,54 ton curta. O óleo de soja fechou em baixa de -5,85% ou $2,90 libra/peso.

Confira a análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA

a) No mercado internacional, o que poderia ser uma notícia altista – o aumento da demanda chinesa de 105 para 108 milhões de toneladas, não foi levada em consideração pelo mercado. Mas, se este número se concretizar, seria um fator altista;

b) No Brasil, a alta da demanda e dos preços do óleo de soja poderia ser um fator altista, se houvesse destino para o farelo produzido a mais, mas não é o caso ainda. O acompanhamento semanal feito pela TF Agro da evolução dos preços mostra que o que se ganha com óleo, se perde com farelo, de modo que os preços do grão tiveram queda de 3,52% no mês e 4,63% na semana.

FATORES DE BAIXA

a) pior nível de preços em quase quatro anos. Houve pouco, ou nada no novo relatório mensal do USDA para reverter o quadro real de debilidade. A redução do estoque final 2023/2024 nos Estados Unidos de 9,53 para 9,40 milhões de toneladas foi insuficiente para se transformar em uma boa notícia. Tampouco ajudou que sustentasse a colheita do Brasil em 153 milhões de toneladas e, para piorar, que aumentasse de 102 a 103 milhões de toneladas sua previsão sobre as exportações brasileiras. Ambos os dados foram superiores aos estimados pela Conab, com 147,34 e 92,43 milhões de toneladas, respectivamente. Para a Argentina, a produção foi ajustada de 50 a 49,50 milhões de toneladas, mas as vendas externas do grão aumentaram de 4,60 a 5,60 milhões.

b) Mercado não acreditou no aumento das importações chinesas: O mercado também deu muito pouco crédito para o USDA elevar de 105 para 108 milhões de toneladas as importações chinesas 2023/2024. Por outro lado, os dados alfandegários chineses mostraram que as importações de soja do país em junho foram de 11,11 milhões de toneladas, uma melhora em relação aos 10 milhões de toneladas do ano passado, mas as importações de janeiro a junho totalizaram 48,48 MT, uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior.

c) safra americana de 24/25 maior do que o esperado: E respeito à safra 2024/2025, o ajuste da colheita americana do recorte de área foi menor do que o esperado. Para o USDA, a nova produção dos Estados Unidos será de 120,70 milhões, inferior aos 121,11 milhões do relatório anterior, mas maior que os 120,38 milhões calculados pelos analistas. Isso influenciou e fez com que o organismo sobrevivesse à produção de 3497 kg por hectare, chegando aos 34,90 milhões esperados pelo mercado.

d) bom estado das lavouras: O bom estado dos cultivos faz com que os operadores pensem que, se não houver problemas importantes com o clima até a colheita, dificilmente haverá rendimentos menores. Esse sentimento de decepção foi evidente no pregão. Nas próximas semanas, os relatórios meteorológicos manterão o controle deste mercado que deverá buscar uma reconstrução, mas partindo destas bases.

Fonte: T&F Agroeconômica



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