FECHAMENTOS DO DIA 21/10: O contrato de soja para novembro22 fechou em leve alta de 0,10% ou $ 1,75 cents/bushel a $ 1393,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,14%, ou $ 2,50 cents/bushel a $ 1417,0. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 1,21% ou $ 4,4/ton curta a $ 417,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,34% ou $ 1,03 libra peso a $ 71,45.

CAUSAS DA LEVE ALTA: Inverteu a fraqueza inicial e terminou com ganhos leves, sustentados por preços firmes disponíveis. O aumento dos óleos vegetais acrescentou estímulo, juntamente com o enfraquecimento do dólar. O avanço da safra na América do Norte e as amplas perspectivas de produção no Brasil condicionam o mercado.

AVISO: As opções de soja de novembro expirarão no fechamento com o strike de US$ 14 ainda em jogo.

IGC REDUZ PRODUÇÃO MUNDIAL: O IGC reduziu sua perspectiva de produção global de soja em 1 MMT para 386 MMT. Isso ainda está muito acima dos 355 MMT do ano passado e dos 370 MMT de 2020/21. Eles tinham 54 MMT restantes para estoques finais globais.

EUA EXPORTAM MAIS SOJA: Os dados semanais do USDA tiveram 2.335 MMT de vendas de soja para a semana que terminou em 13/10. Isso estava no topo das estimativas como um MY (1 de setembro até o presente) e subiu 218% em relação à mesma semana do ano passado. Os compromissos acumulados de soja foram de 30,5 MMT, um aumento de 1,3% ano/ano.

CUSTO DE FRETE NO RIO MISSISSIPPI DIMINUI, MAS CONTINUA BEM MAIS ALTO DO QUE HÁ UM ANO: O custo para enviar grãos por barcaças no rio Mississippi diminuiu, mas continua bem mais alto do que na mesma época do ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em seu mais recente relatório de transporte de grãos, publicado nesta quinta-feira, o USDA disse que o frete em St. Louis estava em US$ 72,58 a tonelada na semana de 18 de outubro, abaixo do pico de US$ 105,85 a tonelada, verificado na semana anterior. Mesmo assim, é mais do que o dobro do custo registrado há um ano, e mais do que o triplo da média de três anos. “Em meio a incertezas sobre quando o tráfego de barcaças vai se normalizar, alguns operadores adiaram entregas, o que reduziu a demanda por barcaças”, disse o USDA. O baixo nível do rio está prejudicando o tráfego de barcaças, elevando os custos de frete. O USDA informou que 639.768 toneladas de grãos foram transportadas por barcaças na semana encerrada em 15 de outubro, queda de 21% na comparação anual. Fonte: Dow Jones Newswires.


ANÁLISE SEMANAL DA TENDÊNCIA DOS PREÇOS

SOJA- Vendo ou não vendo?

Se você ainda não vendeu toda a sua soja, venda e aplique o dinheiro, que renderá mais do que deixar o grão no armazém. E guarde milho, porque os preços do milho irão subir. Este é nosso conselho para quem tem estes dois produtos em casa. Quem guardou soja até agora está levando prejuízos entre 8,38% e 13,48% em relação ao preço de balcão de abril deste ano, como mostra nosso estudo abaixo, em que tomamos os preços pagos aos produtores em abril passado e fizemos o carregamento dos custos de armazenagem e financeiro no período.

Como exemplos, em Cascavel, quem colheu e vendeu em abril e aplicou o dinheiro hoje teria R$ 190,27/saca, mas, quem não vendeu está recebendo hoje não mais do que R$ 169, ou um valor 11,18% menor. Em Passo Fundo, quem colheu e vendeu em abril e aplicou o dinheiro, estaria com um preço equivalente hoje a R$ 198,81, mas, quem não vendeu e guardou no armazém, e decide vender hoje só recebe R$ 173, um valor 13,44% menor. E diga sinceramente: quais as chances de os preços subirem para R$ 195/saca em novembro e R$ 196 em dezembro?Motivos para vender, não faltam:

a) Aumento da safra brasileira e mundial: a produção mundial passou de 368,44 MT na safra 20/21, para 355,69 MT na safra 21/22 e deverá passar para 390,99 na safra 22/23. No mesmo período a safra brasileira passou de 139,50 MT para 127,0 MT e para 152,0 MT, respectivamente, todos dados do USDA.

b) Menor demanda da China: Nas últimas três safras a demanda chinesa passou de 99,76 MT, em 20/21, para 87,0 MT em 21/22 e deverá ser de 98 MT na safra 22/23, isto é, 1,76% menor do que em 20/21, para uma produção de 6,12% maior.

c) Fábricas brasileiras parando, por margens negativas: Como mostramos todos os dias neste boletim, na secção de CRUSH MARGIN, abaixo, os preços resultantes dos cálculos das vendas de óleo e farelo pelas indústrias brasileiras não remuneram os preços a serem pagos aos agricultores.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas homogêneas de R$ 1,00/saca

Mercado hoje, operou praticamente o dia todo, no lado de cima do mercado na CBOT. Prêmios registraram manutenções de níveis, e o Real esteve também entre altas e baixas. Resultando em preços muito iguais no dia de hoje. Única ressalva é a melhoria das margens das esmagadoras. Diante destas cotações variáveis entre pequenas positividades baixas o produtor permaneceu totalmente recuado, nem mesmo pequenos volumes foram negociados, no caso das fábricas as margens seguem muito negativas, não sobrando competitividade. Dado o panorama vamos aos preços:

No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 188,00 para meados de outubro, marcando manutenção em relação a ontem. No interior Cruz Alta não marcou evolução, seguindo a R$ 182,00. As demais posições marcaram altas, com Ijuí e Santa Rosa subindo igualmente em R$ 2,00/saca e indo a R$ 183,00 e Passo Fundo subindo em R$ 1,00/saca e indo a R$ 183,00.

SANTA CATARINA: dia ausente de movimentos nos preços, sem novos negócios

Outro dia totalmente parado em SC, algo que tem sido bastante comum neste período. Produtor segue sem nenhuma animação para enfrentar negócios e a espera do término total do escoamento Argentino para que os preços se recuperem um pouco. Com isso o preço no porto foi de R$ 188,00, sem mudança.

PARANÁ: Altas gerais de até R$ 2,00/saca por todo o Estado, nada de negócios

Paraná marca evolução, mas segue bastante abaixo das expectativas do produtor que não abriu o mercado e continua ausente em vendas, embora a maioria das posições tenham marcado avanços em resposta as altas de Chicago, o dólar contrariou fortemente, dando essa senção de que os movimentos são primordialmente simbólicos e não definidore de tendência. Para a safra de 2023 em Ponta grossa as melhores ideias estão a R$ 167,00.

Para Paranaguá, no mesmo período os preços foram a R$ 173,00. Dado o panorama, vamos as cotações: o complexo de soja fechou com a soja grão a +1,35%, farelo +2,74%, óleo a -0,20%. O dólar, por sua vez, caiu ao variar -1,07% e ir a R$ 5,2175.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram alta de R$ 1,00/saca, com isso, os valores foram a R$ 186,00 para 14/11, R$ 187,00 para 10/12 e R$ 188,00 para 25/01.

PREÇOS NO INTERIOR: o dia trouxe evoluções gerais e relativamente homogêneas. Em Ponta Grossa a alta foi mais expressiva, com aumento e R$ 2,00/saca, o que levou o preço a R$ 185,00. Nas demais posições a lat foi de R$ 1,00/saca. Com isso, Cascavel e Maringá foram a R$ 168,00 e Pato Branco a R$ 167,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de altas gerais de R$ 2,00/saca

Mercado sul mato-grossense finalmente escapa da apatia registrada nos últimos dias e retorna às evoluções de preço com altas homogêneas de R$ 2,00/saca. A variação do dólar foi consideravelmente negativa, mas os preços em Chicago subiram muito bem, garantindo a evolução geral dos preços nacionais orientados a exportação. Ademais, produtor segue lento e a espera de novas ofertas, nenhum negócio além de níveis mínimos foi efetuado até esse ponto da semana.

Vamos aos valores de soja: Dourados foi a R$ 178,00. Campo Grande a R$ 177,00. Maracaju foi a R$ 177,00. Sidrolândia a R$ 176,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 173,00.

MATO GROSSO: Dia dividido entre altas e baixas de níveis variados

Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado marcou altas e baixas por toda sua extensão, com predominância de altas. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 165,40 marcando alta de R$ 4,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 161,00, alta de R$ 3,20/saca. Nova Mutum a R$ 163,40, marcando manutenção. Primavera do Leste a R$ 167,00, marcando baixa de R$ 1,50/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 169,30 ao marcar queda de R$ 1,20/saca. Sorriso, por fim, a R$ 162,10.

MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, Porto Franco segue caindo e perde mais R$ 0,50/saca

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado em manutenção, com isso, o preço se manteve nos R$ 170,00 de sexta-feira. O Porto FrancoMA marcou queda por mais um dia, agora de R$ 0,50/saca e foi a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez, se manteve nos níveis anteriores a R$ 167,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 171,00 marcando também manutenção e com maio de 2023 a R$ 153,00, sem movimentos.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

 

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