FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em nova forte queda de 2,34% ou $ 35,25 cents/bushel a $ 1472,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,90%, ou $ 27,25 cents/bushel a $ 1404,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em queda de 1,68% ou $ 2,2/ton curta a $ 451,2 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em queda de 6,01% ou $ 4,37 libra-peso a $ 68,37.

CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: O mercado aprofundou as quedas, em um contexto de boas projeções de produção para os EUA e medo do lado da demanda. Um novo processo de elevação das taxas de juros foi descontado. A economia mundial poderia entrar em recessão e teria um impacto negativo na demanda/consumo de energia e alimentos. O petróleo caiu e o dólar se fortaleceu acentuadamente em relação a outras moedas mundiais.

CRUSH MARGIN DA BOLSA: O CME Synthetic Soy Crush tende a subir durante a liquidação da soja. Setembro foi cotado a US$ 2,96 1/4 por bushel, com o spread de esmagamento de dezembro em US$ 2,21 ¼.

NOVA VENDA DE SOJA PARA A CHINA: O USDA anunciou uma venda privada de soja de 396 mil toneladas esta manhã para desconhecidos. O USDA anunciou que os dados semanais regulares de vendas de exportação estarão indisponíveis até 15 de setembro e voltarão ao sistema de relatórios legado até que o novo sistema seja suficiente.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O MERCADO DE ÓLEOS VEGETAIS? A Índia vai estender o imposto de importação até março, mais uma notícia ruim para o balanço global. A produção de óleo de palma está aumentando e os estoques na Indonésia estão enormes. No Brasil os prêmios do óleo de soja continuam afundando. A demanda por biodiesel está morta.

O jeito é mandar para a exportação. A China está esmagando mais soja e mais canola do Canadá. Logo a China verá seus estoques de óleos crescer. A Índia está com estoques de mais de 2 milhões de toneladas de óleos, em sua maioria óleo de palma. Isso equivale a mais ou menos dois meses de importação.

O mercado não está saturado de óleo, mas parece que o menor crescimento global, reduções dos mandatórios de biodiesel na Europa e os lockdowns na China fizeram seu trabalho.

VENTOS BAIXISTA PARA A SOJA: Ao contrário dos números altistas do milho, as chuvas de agosto aumentaram o rendimento de grãos do Pro Farmer para 51,7 (USDA – 51,9) – estabelecendo o complexo de soja como o componente de baixa do complexo de grãos. Além disso, o rating gd/ex safra segunda ficou inalterado em 57%, enquanto o mercado esperava mais baixo.

Esse rendimento pode se traduzir em uma safra recorde nos EUA! Além disso, as preocupações macro estão pesando na soja! Na sexta-feira passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, emitiu alguns comentários bastante agressivos – dizendo que atacaria agressivamente a inflação mais alta em 40 anos continuando a aumentar os IRs – independentemente do desconforto de curto prazo! Isso forçou uma queda acentuada de 1500 pontos em 3 dias no DJI! Um negativo para todos os mercados!

Além disso, o dólar americano atingiu uma alta de 20 anos – e a colheita está chegando! Portanto, há ventos contrários substanciais voltados para o mercado de soja daqui para frente!

BRASIL- PREVISÃO DE PRODUÇÃO NO BRASIL EM 2022/23 PARA 153,6 MILHÕES DE TONELADAS: Uma consultoria privada aumentou sua previsão de produção de soja no Brasil no ciclo 2022/23 para 153,6 milhões de toneladas, pouco mais de 1 milhão acima do primeiro número divulgado para a safra nova em agosto, que já era recorde. Em sua revisão de setembro, o grupo ajustou para cima a produtividade esperada para alguns Estados, como Goiás e Matopiba.

Esse volume de produção também abriria espaço para estoques mais elevados, na faixa de 7,48 milhões de toneladas. Ainda que o plantio não tenha se iniciado, a maior preocupação é com o clima, uma vez que o fenômeno climático La Niña poderá ocorrer pelo terceiro ano consecutivo, afetando o regime de chuvas. Além do risco de um menor volume de precipitações no Sul, a possibilidade de uma demora na regularização das chuvas preocupa, segundo a consultoria.

COMPRAS DA CHINA: Recebemos hoje a tabela abaixo, que registra as compras mensais da China neste ano comercial, mostrando os respectivos meses de entrega.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Com alta do dólar bem menor que queda em Chicago, preços cedem R$ 1,00/saca
MERCADO segue volátil, com viés baixista, ainda tentando digerir os números da safra americana, para ver se o USDA confirma o Crop Tour ou não e as boas previsões do clima no meio oeste. Durante o pregão de hoje, mercado esteve predominantemente em baixa,
ampliando as perdas de ontem em Chicago, que acabaram sendo compensadas pelas taxas de câmbio. Tradings e fábricas disputam lote a lote as ofertas que aparecem.

No interior, Fábricas e trading disputaram em condições iguais as raras ofertas que havia. R$ 187,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro, queda de R$ 1,00/saca R$ 186,50 FOB Passo Fundo para meados de setembro, queda de R$ 1,00/saca. R$ 186,00 FOB Ijuí para meados de setembro, queda de R$ 1,00/saca. R$ 185,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro, queda de R$1,00/saca.

  • PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, mantiveram-se em R$ 172,00 ao produtor.
  • EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 192,50 para o final de setembro, queda de R$ 0,50/saca.

SANTA CATARINA: Porto se valoriza, mas segue sem negócios

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca baixa de R$ 4,00/saca, levando o preço a R$ 189,00 para 30/09. O dia trouxe volatilidade considerável, mas com viés baixista e sua totalidade. O momento é de muita apatia no mercado e não há nenhuma disposição a efetuar negócios, espera-se por uma correção e preços.

PARANÁ: Preços estáveis, nada de negócios

O dia trouxe um mercado tão apático que nem houve movimentos concretizados apesar da alta volatilidade do dia. O produtor paranaense, que se mostra especialmente conservador, não mostra qualquer interesse em efetuar negócios além do escoamento base e não há especial razão para fazer isso antes da correção de valores que eventualmente esperam.

Quando o mercado passa por um período de volatilidade incentivada pela especulação é natural que após indícios claros sobre a duvida que assolava os investidores causem entradas ou saídas expressivas de capital, mas isso é temporário e a tendência é que a volatilidade diminua. O complexo de soja fechou em queda geral: soja grão a -2,34%, farelo -1,65%, óleo a -6,61%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +0,7% e ir a R$ 5,2383.

  • PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todas as posições foram mantidos iguais aos do ultimo pregão, com isso os valores foram de R$ 196,00 para 05/09, R$ 197,00 para 05/10 e R$ 198,00 para 04/11.
  • PREÇOS NO INTERIOR: Não houve qualquer variação assim como visto no porto. Com isso, Cascavel e Maringá se mantiveram em R$ 168,00. Ponta Grossa a R$ 187,00. Pato Branco, por fim a R$ 167,00.

MATO GROSSO DO SUL: Preços estáveis, sem movimento

Mato Grosso do Sul se recua totalmente das pressões exteriores e se mantém fixo diante de um cenário consideravelmente baixista, muitas vezes diante de um mercado com forte perda de Chicago como o caso visto hoje não se vê movimentos correspondentes dentro do Estado de MS, isso se deve a própria barreira natural de preços imposta por aspectos como demanda e preço de produção. Ademais, vamos aos valores de soja: Todas as posições marcaram manutenção. Isso manteve Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia e Chapadão do Sul respectivamente a R$ 176,00, R$ 176, R$ 175,00 e R$ 174,00 e a R$ 173,00.

MATO GROSSO: Mercado marca evolução devido as altas de ontem

Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi totalmente positivo, embora o complexo de soja se mantenha no negativo após a ampliação dos estoques mundiais, a resposta parece vir essencialmente do dólar e da demanda interna, mas espera-se que ocorram baixas muito expressivas assim que a queda dos subprodutos de soja afetarem o mercado.

Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 161,90 marcando alta de R$ 1,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 162,00 marcando alta de R$ 2,40/saca. Nova Mutum a R$ 166,00 ao subir 9,30/saca. Primavera do Leste a R$ 171,00 após valorização de R$ 7,60/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 169,00 após subir em R$ 2,50/saca. Sorriso, por fim, a R$ 160,00, ao subir R$ 6,00/saca.

MATOPIBA: movimento único e muito expressivo computado

Região de Balsas, no Maranhão traz novas cotações marcando alta muito expressiva de R$ 14,00/saca e indo a R$ 180,00. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00 e com maio de 2023 a R$ 150,00, sem variações para nenhum dos contratos.

Fonte: T&F Agroeconômica



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