FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para agosto22 fechou em nova queda de 2,59% ou $ 38,75 cents/bushel a $ 1455,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em leve queda de 1,86%, ou $ 26,50 cents/bushel a $ 1395,0. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em forte queda de 3,45% ou $ 15,6/ton curta a $ 436,6 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em queda de 1,90% ou $ 1,31 libra-peso a $ 67,63.
AS CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: As previsões de chuva para as regiões norte-americanas beneficiariam as perspectivas produtivas. Além disso, a preocupação permanece do lado da demanda, com os dados negativos sobre o crescimento econômico na China. Queda nos derivados de petróleo e óleo de soja exerceram pressão adicional.
FATOR DE ALTA-LAVOURAS AMERICANAS: O relatório Crop Progress de segunda-feira do NASS mostrou soja com 93% da safra florescendo em linha com o ritmo médio. A safra também teve 74% de vagens no domingo, 3% abaixo do normal. Na maioria dos estados piorou a qualidade, como mostra a tabela ao lado; apenas 6 estados foram relatados à frente de seu ritmo médio (LA, MI, MS, NE, NC e OH).
A atualização das classificações de condição mostrou uma redução de 1% nas categorias bom/excelente para 58%, com o índice Brugler500 caindo 2 pontos para 353. As maiores quedas nas classificações de condição foram em KS (-18), IA (-13) e SD ( -12), com NE também 9 pontos abaixo e IL 4 pontos abaixo. Aumentos de rating notáveis ocorreram em IN (+5), MN (+7) e ND (+5).
FATOR DE ALTA-NOVA VENDA DE SOJA EUA: O USDA informou uma venda de 228.606 toneladas de soja para o México para nova safra por meio de seu sistema de relatórios diários nesta manhã.
FATOR DE BAIXA-BRASIL REDUZ EXPORTAÇÕES DE SOJA: Durante a última semana foi exportado 1,25 milhão de tonelada de soja, recuo de 31,07% no comparativo semanal. Os embarques dos dez primeiros dias úteis de ago/22 totalizaram 3,07 milhões de toneladas, uma média de 307,08 mil t/dia, representando uma alta de 4,19% ante a média diária registrada em ago/21. O preço médio mensal da tonelada ficou em US$ 623,89, valorização de 0,63% ante a semana retrasada.
Com isso, as vendas externas da oleaginosa geraram um faturamento de US$ 1,92 bilhão na primeira quinzena do mês, o equivalente a 60,93% do montante arrecadado com os negócios em todo ago/21, quando a tonelada tinha o preço médio 22,27% inferior.
FATOR DE ALTA-PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO DE ÓLEOS VEGETAIS NO MUNDO: A mudança mais proeminente no mercado de óleos vegetais surge quando países que antes exportavam em quantidades significativas agora estão tendo que reduzir seus embarques. A mudança pode ser devido a instabilidades geopolíticas, condições climáticas extremas que afetam as safras ou decisões políticas destinadas a controlar a inflação.
À medida que as mudanças climáticas se tornam mais tangíveis e as correntes de ar mais frequentes, os principais produtores de óleo vegetal lutam para atender às exportações e à demanda doméstica, com os rendimentos sendo desafiados e as previsões incertas. Após a guerra, o acesso aos portos do Mar Negro continua desafiado (apesar dos acordos recentes), e a Ucrânia, um dos maiores exportadores de óleo de girassol do mundo, agora só pode desempenhar um papel menor no jogo comercial.
Os importadores que confiam no seu abastecimento estão tendo que se adaptar e buscar diferentes parceiros e soluções. Assim, a incerteza subjacente à produção e aos embarques de um lado se traduz em novos desafios quando se trata de garantir estoques domésticos para os países importadores. Como resultado, os preços estão constantemente flutuando.
A crise se estende a todas as commodities agrícolas, não apenas aos óleos. A escassez de fertilizantes, exportados principalmente da Rússia e da Ucrânia, também pode levar os agricultores a procurar substitutos para commodities como milho e trigo por outras que exigem menos nutrição. No Canadá e nos EUA, por exemplo, mais rendimentos estão sendo dedicados à produção de soja. Com previsões otimistas de produção, o óleo de soja pode ser um bom candidato para aliviar a escassez de outros óleos vegetais. (Fastmarkets).
RIO GRANDE DO SUL: Novas quedas entre R$ 1-5/saca
MERCADO operou o dia todo no lado negativo, causando completa ausência da parte dos vendedores. Com a forte queda de 2,59% em Chicago, maior do que a alta de 0,96% do dólar, os preços que os compradores puderam oferecer hoje foi ainda menor do que o dia anterior, com queda entre R$ 1-5 reais/saca.
- PREÇOS DE PEDRA: a R$ 170,00 marcando expressiva queda de R$ 5,00/saca.
- PREÇOS NO PORTO: Rio Grande passa por um dia de perdas indo ao valor de R$ 187,50 após decair em R$ 1,00/saca.
- PREÇOS NO INTERIOR: todas as posições marcam perdas de igual magnitude ao marcar perdas de R$ 1,00/saca. Isso levou Ijuí a R$ 182,00. Cruz Alta a R$ 183,50. Passo Fundo a R$ 182,50. Santa Rosa, por fim, sendo a única posição a marcar quedas levemente mais leves, foi a R$ 182,50 ao perder R$ 0,50/saca.
SANTA CATARINA: Mercado parado, nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca manutenção de valores ao permanecer a R$ 186,00. Até o momento, o porto catarinense que normalmente já lida com volumes demandados bastante reduzidos segue sem marcar vendas, em fato, os últimos volumes saíram a mais de uma semana e com a consistente piora do cenário macroeconômico em termo de exportações de commodities, não há razão para que isso mude tão cedo.
PARANÁ: dia sem movimentações, nada de negócios
MERCADO: O produtor paranaense segue extremamente defensivo e focado na colheita do milho e nas lavouras recém plnatadas de trigo. Esse aspecto se reforça e se realiza diante da interpretação do mercado internacional. Com a forte queda de 2,59% da cotação da soja em Chicago, maior do que a alta de 0,96% do dólar no Brasil, os preços que os compradores puderamoferecer aos vendedores foi ainda menor do que o do dia anterior, afugentando-os.
Houve ainda as qeda do petróleo e do óleo e do farelo de soja, que não deram suporte ao grão, razão pela qual também as indústrias locais não puderam atender ao desejo dos vendedores.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: Após manutenção os preços permaneceram a R$ 183,00 para 05/09, R$ 184,00 para 05/10 e R$ 185,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: assim como no porto, também não marcaram novos movimentos e, portanto, seguem nos últimos valores vistos. Cascavel e Maringá a R$ 166,00. Ponta Grossa a R$ 180,00. Pato Branco, por fim a R$ 165,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de novas quedas, sem volumes negociados
Mato Grosso do Sul segue marcando expressivas quedas para todas as regiões, seguindo as variações negativas de Chicago hoje; somadas às de ontem já são equivalentes a R$ 9,00/saca. Ademais, mesmo o foco do momento que é o milho segue em situação bastante complicada, o mercado da região está de fato bastante recuado diante dessas quedas muito expressivas dos últimos dois dias.
Vamos aos preços de soja: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia vão respectivamente a R$ 171,00, R$ 171,00, R$ 170,00 e R$ 169,00 após perdas de R$ 3,00/saca. Chapadão do Sul, por sua vez, acompanha a perda das demais posições e vai a R$ 168,00.
MATO GROSSO: Preços divididos
Os últimos dados trazidos com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi bastante negativo em termos de bolsa, com o dólar marcando uma pequena alta de 0,96%, mas Chicago caindo expressivamente em 2,59% para soja grão. As demais variações de soja foram óleo a -1,90% e farelo a -3,45%, ainda assim, o estado reagiu sem nenhuma intensidade as perdas e segue respondendo apenas a conjuntura doméstica.
Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 160,50, sem mudanças. Lucas do Rio Verde a R$ 154,00 após alta de R$ 0,45/saca. Nova Mutum a R$ 168,00, ao se valorizar em R$ 3,50/saca. Primavera do Leste a R$ 166,00, após queda de R$ 0,50/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 169,50 após queda de R$ 1,50/saca. Sorriso, pôr fim, a R$ 163,30 após alta de R$ 2,10/saca.
MATOPIBA: Dia de quedas expressivas
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações com preço a R$ 164,00, marcando expressiva queda de R$ 6,00/saca. O Porto Franco-MA também marcou expressiva queda de R$ 5,00/saca a R$ 165,00. Porto Nacional-TO, por sua vez, foi a R$ 146,40 após perda de R$ 6,00/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 162,00 ao ser menos afetada e marcar queda de R$ 1,00/saca.
E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00, marcando perda de R$ 4,00/saca e com maio de 2023 indo a R$ 150,00 ao perder R$ 3,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica