O USDA divulgou no dia 29/08, o acompanhamento da safra 22/23 norte-americana. Os dados apontaram que 57% das lavouras apresentaram condições boas ou excelentes para a temporada, o mesmo estimada para a semana passada. O percentual, até o momento, está abaixo da média dos últimos cinco anos e acima do observado nos anos de 2019 e 2021.

As estimativas de condições das lavouras vêm apresentando cortes desde o mês de jun-22, devido aos problemas climáticos que estão influenciando a qualidade dos campos. Por outro lado, o Departamento revisou a estimativa de safra neste mês, apresentando ampliação de 0,57% no comparativo mensal, estimando uma safra recorde de 123,30 milhões de toneladas. Por fim, o mercado segue atento ao volume robusto estimado para os EUA e ao desdobramento das condições climáticas na China, que até o momento está previsto seca no país.

Confira os principais destaques do boletim:

  • SOJA EM ALTA: o preço da saca disponível em Mato Grosso apresentou valorização de 2,55% no comparativo semanal acompanhando as altas na bolsa de Chicago.
  • DÓLAR EM QUEDA: com a movimentação no mercado internacional, a cotação do dólar operou em queda ante a semana passada, cotado na média em R$ 5,12/US$.
  • CEPEA CRESCE: a valorização no preço da saca americana refletiu diretamente nos preços do Brasil, cotado na média em R$ 189,08/sc ante a semana passada.

Na última quarta-feira, a Conab divulgou a perspectiva de soja para a safra 22/23 no Brasil.

Os primeiros resultados apontaram um incremento de 3,54% na área cultivada ante a safra 21/22, somando 42,40 milhões de ha. O alto patamar de preço da oleaginosa foi o principal responsável pelo incremento de área no país. No que tange ao rendimento, a produtividade foi ampliada em 17,07% em relação ao observado no ano passado, ficando projetada em 59,10 sc/ha.

O aumento está atrelado a projeção de recuperação na produtividade da região sul do país, alta de 89,86% em relação à safra passada, ficando prevista em 58,05 sc/ha. Desse modo, com o incremento na área e produtividade, a produção ficou aguardada em 150,36 milhões de t, alta de 21,21% ante a safra 21/22. Por fim, é importante destacar que apesar do otimismo para a safra, o fator clima ainda está em aberto no país e neste início, os modelos climáticos apontam chuvas abaixo das médias históricas no sul do país e a predominância do La Niña.

Fonte: IMEA



 

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