FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em forte alta de 0,48% ou $ 56,75 cents/bushel a $ 1609,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,96%, ou $ 28,25 cents/bushel a $ 1466,75. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em forte alta de 4,63% ou $ 21,2/ton curta a $ 479,2 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 2,21% ou $ 1,53 libra-peso a $ 70,62.

CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: As perspectivas de uma grande safra nos EUA mantiveram os preços fracos. A Crop Tour estimou um volume de 123 milhões de toneladas (em linha com o informado no último USDA) A evolução climática nos EUA é acompanhada de perto, com chuvas que beneficiam as lavouras. Além disso, observa-se o comportamento da demanda e do Federal Reserve em relação ao processo de elevação das taxas.

INDONÉSIA AUMENTA IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO: O imposto de exportação de óleo de palma da Indonésia foi aumentado para $ 124/t de $ 74/t, já que o Departamento de Alimentos e Agricultura elevou o preço de referência da CPO para $ 930,02/t. A Indonésia também exigirá 11,03 milhões de kL de biodiesel à base de palma para atender aos requisitos de B30. A alocação anterior foi de 10,15 milhões de kL.

EXPORTAÇÕES EUA: O relatório semanal de Inspeções do USDA teve 436.851 T de soja embarcada durante a semana de 25/8, queda de 686,8 mil T na semana passada e compara com 387 mil T enviados durante a mesma semana do ano passado.

CANADÁ CANOLA & SOJA: As estimativas de produção da StatsCan mostram que a safra de canola deve chegar a 19,499 MT, acima dos 13,8 MT do ano passado (revisado em relação ao valor anterior de 12,6 MMT). O mercado estava esperando que a StatsCan divulgue uma produção de 19,6 MT. Para a soja, espera-se que o Canadá colha 6,4 MT, acima dos 6,27 MT do ano passado, e acima da estimativa comercial média de 6,2.

FUNDOS APOSTAM NA ALTA DA SOJA: O relatório do CoT de sexta-feira mostrou que os Fundos estavam comprando soja durante a semana que terminou em 23/08, elevando seus contratos líquidos comprados de 5 mil para 104.471. Traders de soja comercial adicionaram hedges durante a semana, com um aumento de 19,5 mil OI e uma venda líquida mais forte de 8.540 contratos para 145,9 mil contratos.

ABIOVE: PRODUÇÃO DE SOJA PODE ATINGIR 151 MI DE T COM 42 MI DE HA EM 2022/23: O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, disse que os primeiros levantamentos junto às associadas indicam uma área plantada de soja na safra 2022/23 próxima de 42 milhões de hectares em 2022/23, com a produção brasileira podendo atingir 151 milhões de toneladas. Com isso, num cenário otimista, o processamento interno da oleaginosa pode alcançar 49,2 milhões de toneladas em 2022/23, segundo Nassar.

O representante assinalou que o Brasil deve exportar mais óleo de soja neste ano, e isso pode significar a continuidade do interesse de importadores no ano que vem. “O mercado de óleo se comportou de forma muito diferente, sustentou o processamento em um momento em que o governo decidiu baixar a mistura de biodiesel”, disse. Para 2023, a demanda chinesa por óleo de soja ainda é uma incógnita, mas Índia e Bangladesh têm interesse em diversificar fornecedores, segundo Nassar. Conforme o representante, o Brasil cresceu em mercados de exportação em que não atuava tanto e as empresas associadas à Abiove podem querer consolidar essa posição. Já do lado do farelo, Nassar destacou a abertura do mercado da China, mas ponderou que quanto o país vai comprar depende da sua estratégia. “Pequenas compras chinesas representam enorme volume para a nossa exportação de farelo”, disse.

Quanto às margens, Nassar afirmou que 2022 começou com boas margens e elas foram caindo à medida que o preço da soja subiu. Para o ano que vem, as margens previstas pela indústria devem manter o processamento ou aumentá-lo, “o que é muito positivo para o Brasil”. O presidente da Aprosoja-SP, Azael Pizzolato Neto, disse que a safra que se inicia é “muito desafiadora” para os produtores. “Apesar dos preços da soja em níveis históricos, quando olhamos a relação de troca, ela é muito ruim”, disse, destacando que sojicultor desembolsa 30 sacas da oleaginosa por tonelada de cloreto de potássio. Conforme o representante, para a safra 2022/23, produtor precisará de uso racional de recursos financeiros e fertilizantes.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Ao contrário da semana passada, hoje houve raras ofertas e negócios

MERCADO segue volátil, de olho no clima americano e nos resultados do Crop Tour, que posicionaram o tamanho da safra americana para 123,42 mi/tons, acima do USDA. Durante o pregão de hoje, mercado esteve predominantemente em baixa, perdendo as altas de sexta-feira. Tradings e fábricas disputam lote a lote as ofertas que aparecem. No interior, Fábricas e trading disputaram em condições iguais as raras ofertas que havia. R$ 185,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro, recuo de R$ 2,00/saca. R$ 185,00 FOB Passo Fundo para meados de setembro, recuo de R$ 1,50/saca. R$ 184,00 FOB Ijuí para meados de setembro, recuo de R$ 2,00/saca. R$ 183,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro, recuo de R$ 2,00/saca PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, mantiveram-se R$ 173,00 ao produtor. EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 190,00 para o final de setembro.

SANTA CATARINA: Quedas expressivas, nada de negócios

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca queda de R$ 6,50/saca, levando o preço a R$ 187,00 para 30/09. Até o momento essa foi a região mais afetada pelas variações do dia, o que impediu totalmente que ocorresse qualquer negociação. Houve momentos melhores onde o preço do porto catarinense se manteve em R$ 189,00, mas ainda era consideravelmente abaixo das ideias do vendedor e nada foi feito nesses pontos também.

PARANÁ: Dia negativo, negócios segurados

Começamos uma nova semana e o mercado segue sem mudanças expressivas por parte da sua força motriz. Os aspectos que ditam o fluxo do mercado no Brasil para regiões principais seguem sendo o mercado exportador e por conta disso a relevância da volatilidade de Chicago e dólar segue sendo alta. Com a divulgação de novas informações a respeito da produtividade norte-americana o mercado responde rapidamente com uma perda de valor em Chicago (espera-se maior oferta) e o dólar responde não apenas a uma perda por parte de seu país de origem, mas também a um bom posicionamento do real que se recupera junto com as commodities em termos de movimentos exportadores. O fechamento do complexo soja foi misto: soja grão a -4,16%, farelo +0,42%, óleo a +0,18%. O dólar, por sua vez, caiu expressivamente ao variar -0,88% para R$ 5,0334. Estes valores causaram um mercado baixista para hoje, embora a volatilidade tenha mostrado alguns curtos períodos de positividade em alguns momentos. PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcou quedas de R$ 1,00/saca, o que levou os preços a R$ 190,00 para 05/09, R$ 191,00 para 05/10 e R$ 192,00 para 04/11. PREÇOS NO INTERIOR: marca perdas gerais. Ponta Grossa caiu de forma bastante expressiva em R$ 4,00/saca e foi a R$ 183,00, as demais posições caíram em R$ 2,00/saca. Isso levou Cascavel e Maringá a R$ 166,00 e Pato Branco a R$ 165,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de quedas expressivas, mas 10k negociadas pelo farm selling

Mato Grosso do Sul passa por um dia de quedas expressivas, com todas as posições caindo de forma relativamente homogênea em 4,00/saca, o que impediu que fossem efetuados novos negócios. A semana passada trouxe alguns negócios, mas nada muito expressivo, com sexta-feira sendo fechada com um escoamento de aproximadamente 10.000 toneladas. Para essa semana os indícios são de apatia maior, com a saída do novo senso pelo Crop Tour, as baixas das commodities dificilmente se corrigem tão rapidamente, a volatilidade de semana passada foi mantida pela especulação, agora existe uma resposta concreta e mesmo diante da volatilidade o MS se manteve bastante silencioso.

Ademais, vamos aos preços de soja: Todas as posições com exceção de Chapadão do Sul marcaram baixas de R$ 4,00/saca, isso levou Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia respectivamente a R$ 173,00, R$ 173, R$ 172,00 e R$ 171,00. Chapadão do Sul caiu em R$ 3,00/saca e foi a R$ 170,00.

MATO GROSSO: Preços dos fretes recuaram 6,25%

FRETES: Os preços dos fretes rodoviários de grãos na rota de Campo Novo do Parecis (MT)- porto de Paranaguá (PR) recuaram 6,25% na última semana em relação à anterior, para uma média de R$ 424,84/tonelada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). “O movimento continua sendo puxado pela maior quantidade de veículos disponíveis no Estado, que tendem a diminuir o valor do frete”, disse o Imea em nota. Em contrapartida, para o transporte de fertilizantes do porto paranaense ao município de Sapezal (MT) o preço cobrado aumentou 8,49%, para R$ 299,44/tonelada, em razão da “maior necessidade de veículos na região do porto”.

MATOPIBA: Altas parciais, mercado lento

Região de Balsas, no Maranhão, traz novas cotações com preço a R$ 169,00 marcando queda de R$ 4,00/saca. O Porto Franco-MA caiu em R$ 5,00/saca e foi a R$ 169,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 167,00, após alta de R$ 2,00/saca. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00 e com maio de 2023 a R$ 150,00, sem variações para nenhum dos contratos.

Fonte: T&F Agroeconômica


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