FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em nova queda de 0,43% ou $ 6,25 cents/bushel a $ 1455,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,31%, ou $ 4,50 cents/bushel a $ 1466,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em queda de 1,76% ou $ 9,0/ton curta a $ 446,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 2,05% ou $ 1,39 libra-peso a $ 69,22.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Lucros e vendas técnicas pressionam os preços. Relatórios semanais de exportação abaixo das expectativas do mercado adicionaram um sentimento de baixa. Por sua vez, o novo aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve gera expectativas de recessão econômica em todo o mundo. Assim, o mercado estaria condicionado pelo lado da demanda. O andamento da colheita nos EUA é acompanhado de perto.
IGC ESTIMA SAFRA MENOR: A atualização mensal do Conselho Internacional de Grãos tem uma safra de soja 2 MMT mais leve 22/23. Eles agora esperam que 387 MMT sejam produzidos, em comparação com 352 MMT no ano passado. Os cortes na demanda compensaram a perda de produção para um estoque líquido esperado de 1 MMT a menos – 53 MMT.
EXPORTAÇÕES MENORES DE SOJA EUA: Os dados semanais de vendas de exportação tiveram 446.364 toneladas de soja vendidas durante a semana encerrada em 15/09. Isso caiu de 842k MT da semana passada e estava abaixo do intervalo esperado. As remessas da semana foram mostradas como 522k MT. Isso estabeleceu o ritmo da temporada em 945k MT nas primeiras 3 semanas.
CANCELAMENTOS DE FARELO E ÓLEO EUA: Os dados da FAS apresentaram os produtos com 1856 mil MT de vendas de refeições e 2570 MT de vendas de BO durante a semana de 15/09. Ambos foram principalmente via cancelamentos líquidos em 21/22 compensados por vendas em 23/22.
DISTORÇÕES DO “DÓLAR DE SOJA” SOBRE OUTROS SETORES: O vice-presidente da Confederación Intercooperativa Agropecuaria (Coninagro), Elbio Laucirica, expressou preocupação com o impacto que o “dólar da soja” tem em outras atividades que utilizam derivados de oleaginosas como insumo fundamental na alimentação animal, como fazendas leiteiras ou de criação. “Em reunião com outras entidades, destacamos que devido ao desequilíbrio produzido pelo dólar da soja nestas semanas, gerou-se um desequilíbrio nos números da fazenda leiteira e outras produções”, disse a Mesa de Productores Lecheros de Santa Fe (Meprolsafe) em comunicado.
E continuou: “Das organizações de produtores expressamos com veemência o grande desequilíbrio que o dólar da soja produziu, não só nos custos de alimentação, mas também no custo dos arrendamentos”. Diante da preocupação de que a medida seja prorrogada, responsável pelas Relações Institucionais da Secretaria de Agricultura, Jorge Solmi confirmou que ela não será prorrogada além do prazo original, nem será transferida para outros grãos. Nesse cenário, nesta quinta-feira, 22 de setembro, haverá uma reunião das entidades representativas dos produtores em Arrecifes (Buenos Aires), “para unificar propostas concretas, como alternativas para solucionar o problema”. Entretanto, sempre de acordo com a Meprolsafe, Solmi prometeu que na próxima semana haverá uma nova reunião para apresentar a proposta e trabalhá-la. Fonte: Infocampo.
ARGENTINA-DISTORÇÕES DO “DÓLAR SOJA” E AS CONTRADIÇÕES DA POLÍTICA ECONÔMICA: Por fim, o CRA divulgou um comunicado no qual questionava “as contradições da política econômica”, referindo-se ao incentivo do “dólar soja” que foi posteriormente afetado pelo aumento da taxa do Banco Central e a posterior decisão de proibir a compra de dólares de produtos agrícolas empresas que venderam sua soja por $ 200. “Em primeiro lugar, fica claro que a estrutura do setor agropecuário é desconhecida, onde muitos dos estabelecimentos produtivos são pessoas jurídicas, e não pessoas físicas.
Com isso, a medida altera as condições do Programa de Aumento das Exportações”, afirmou o CRA. Ele também manifestou preocupação com a decisão do BCRA de estender as restrições às importações até o final do ano, “aumentando a incerteza sobre o preço e a disponibilidade de insumos e fertilizantes importados”. “A partir do CRA perguntamo-nos como está a ser coordenada a política económica e que tipo de sinais o governo quer transmitir para restabelecer a confiança dos produtores e da população em geral”, disparou a entidade. E concluiu: “A mudança permanente nas regras do jogo só gera mais desconfiança, menos investimento e, em última análise, prejudica os incentivos ao plantio e à produção e, portanto, a oferta futura de divisas para a próxima campanha, que vem sendo o objetivo do governo com o Programa de Aumento das Exportações”. Fonte: Infocampo.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Mercado em queda média de R$ 1,50/saca e nenhum negócio
Mercado muito parado nesta quinta-feira no Rio Grande do Sul, aspecto ainda relacionado ao feriado de ontem. O ritmo tende a voltar lentamente e, portanto, nada de novo ocorreu. Preços se inverteram em relação a ontem e assumiram terrenos plenamente negativos. Vamos aos preços: No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 188,50 para meados de outubro, variação negativa de R$ 1,50/saca, dando continuidade à indicação de uma
tendência pessimista, como já comentado ontem.
No interior, por sua vez, VARIAÇÕES HOMOGÊNEAS por quase toda a extensão do interior do Estado, com Ijuí, Cruz Alta e Passo Fundo perdendo também R$ 1,50/saca e indo respectivamente a R$ 182,50, R$ 183,50 e R$ 183,50. Apenas Santa Rosa passou por um dia de menor perda ao marcar desvalorização de R$ 0,50/saca e ir a R$ 182,00.
SANTA CATARINA: Preços parados, nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca manutenção e permanece a R$ 188,00 para 31/09. Algumas posições já estão com dificuldade de efetuar novas quedas, claro que quedas são péssimas para o produtor e, portanto, existe um forte controle em relação a oferta disponível. Ademais, nada foi efetuado em negócios.
PARANÁ: Queda em Chicago e do dólar não permitiu movimentação dos preços
O Paraná mantem-se por todo o mês na mesma situação, volumes mínimos de negócios e poucas variações nos preços. Com queda de 1,13% do dólar, somada à queda de 0,43% da cotação em Chicago não permitiu que os compradores melhorassem os preços e o mercado ficou paralisado. O clima geral é de muita apatia, com a oferta argentina afetando bastante o mercado BR que em teoria deveria estar se valorizando por conta das previsões pessimistas de tempo. O complexo de soja fechou com a soja grão a -0,43%, farelo-1,76%, óleo a +2,05%. O dólar, por sua vez, caiu ao variar -1,13% e ir a R$ 5,1143.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram queda de R$ 3,00/saca, com isso os preços foram de R$ 187,00 para 28/10, R$ 188,00 para 30/11 e R$ 189,00 para 15/12. PREÇOS NO INTERIOR: por estas regiões a configuração foi de total manutenção, nada de movimentos. Cascavel, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa seguem respectivamente a R$ 165,00, R$ 165,00 e R$ 164,00 e R$ 185,00.
Observações finais: o principal fundamento que impactou os preços hoje foi o dólar que caiu considerávelmente, considerando as demais cotações, poderia ter sido pior, mas existe uma forte retenção de oferta nesse momento.
MATO GROSSO DO SUL: dia de manutenção, nada de negócios
MERCADO: MS se mostra bastante lento, com poucos movimentos concretos no decorrer da semana, não há muita expressão em negócios também, os últimos volumes vendidos foram as 35.000 toneladas na sexta-feira passada.
PREÇOS: Dourados e Campo Grande mantiveram-se a R$ 176,00. Maracaju se manteve a R$ 175,00. Sidrolândia não se moveu e permanece a R$ 174,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 173,00. Muitos dos movimentos que ocorrem acabam não se concretizando, existe muita especulação no mercado, portanto é comum que em um dia suba R$ 2,00/saca apenas para cair o mesmo valor no dia seguinte.
MATO GROSSO: Dia de preços divididos
MERCADO: Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi marcado por divisão entre os preços, com áreas de valorização e de perda plena de diferentes intensidades a depender da região. PREÇOS: Campo Verde a R$ 166,00 alta de R$ 2,70/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 159,90, mantido sem variações. Nova Mutum a R$ 165,50, baixa de R$ 0,60/saca. Primavera do Leste a R$ 168,40, alta de R$ 1,90/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,50, sem se mover. Sorriso, por fim, a R$ 165,90, marcando baixa de R$ 0,50/saca.
MATOPIBA: Alta no Maranhão, poucos movimentos
Região de Balsas, no Maranhão, traz novas cotações marcando alta de R$ 1,00/saca, o que levou o preço a R$ 171,00, não se recuperando das quedas de R$ 15,00/saca na semana passada. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar.
E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 165,00 também em manutenção e com maio de 2023 a R$ 154,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica