FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em queda de 0,98% ou $ 15,25 cents/bushel a $ 1534,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,40%, ou $ 6,0 cents/bushel a $ 1482,0. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em queda de 2,50% ou $ 11,0/ton curta a $ 428,8 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em nova alta de 0,11% ou $ 0,08 libra-peso a $ 72,00.

CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Tomada de lucros após alta de 4,01% na sessão anterior impôs ligeiro recuo. Além disso, o possível arrefecimento das economias em todo o mundo gerou medo do lado da demanda. Ainda assim, o quadro de oferta transmite preocupação nos EUA. Ontem, o USDA cortou sua estimativa de produção para 119 milhões de toneladas o que deixaria um cenário de estoques baixos. No relatório semanal da safra, uma nova deterioração na condição dos lotes foi indicada quando o mercado não esperava mudanças.

OPÇÕES EM SOJA: As opções foram fechadas líquidas durante a corrida, a CME mostrou 1.239 menos em jogo nos contratos de soja. A maioria das opções liquidadas foram em série de outubro e novembro, já que a saída de janeiro teve um pequeno aumento líquido. A relação put/call da soja de novembro foi de 1,25:1. Os futuros de farelo de soja também estão sendo negociados US$ 7,80/t mais baixos. Os preços do óleo de soja estão estendendo os ganhos com a ação do meio-dia mais 31 a 59 pontos mais fortes.

ÁREA MENOR PARA A SOJA EUA: O USDA relatou uma área de soja menor, com 500 mil acres (202,34 mil hectares) a menos plantados e uma colheita 600 mil acres a menos (242,81 mil hectares), agora em 87,5 milhões (2,38 MT) e 86,6 milhões (2,36 MT), respectivamente. Os rendimentos foram reduzidos em 1,4 bpa (94,15 kg/kectare) para 50,5 (3.396,18 kg/hectare) – o mercado estava esperando um corte de 0,4 bpa. previsão de exportação de 70 mbu para 2.085 bbu (56,74 MT). Esses se comparam a 2.205 (55,11 MT) e 2.145 bbu (58,37 MT) em 21/22, respectivamente.

Isso não foi suficiente para compensar totalmente a menor oferta de grãos, deixando um carregamento líquido de 45 mbu mais apertado de 200 (5,44 MT). O mercado esperava que a produção de 22/23 permanecesse inalterada em média, com estimativas de pré-relatório variando de 203 (5,52 MT) a 335 (9,11 MT).

MENOR PRODUÇÃO MUNDIAL: Os dados de S&Ds globais atualizados mostraram uma produção líquida de 3 MT menor, já que não reportáveis compensaram parte do corte dos EUA. O comércio global foi 1,2 MT menor, já que a Argentina pegou 400 mil T em relação à estimativa de agosto. As importações chinesas também foram reduzidas. O transporte de 22/23 foi cortado em 2,5 MMT, pois o comércio estava procurando um corte líquido de 200k MT em média.

LAVOURAS AMERICANAS DE SOJA: A atualização do NASS Crop Progress teve 22% da safra de soja deixando cair as folhas a partir de 11/09. Isso se compara a 10% na semana passada e está 6% abaixo do ritmo médio. Classificações de condição de soja convertidas para 347 na escala Brugler500 a partir das classificações NASS. Isso foi 1 ponto menor semana/semana impulsionado principalmente por MS, LA e TN. As condições em OH melhoraram semana/semana em 10 pontos.

CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE OLEAGINOSAS CRESCE 4% EM 2022 ANTE 2020, PARA 66,7 MILHÕES/T: A capacidade total de processamento de oleaginosas no Brasil cresceu 4,1% e atingiu 66,7 milhões de toneladas/ano em 2022, em comparação com o levantamento anterior, de 2020. Com relação à capacidade ativa, verificou-se uma elevação de 5,0%, com aumento da participação de plantas em atividade no total do processamento de 88,0% em 2020 para 88,7% neste ano.

As informações fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), divulgado hoje. A estratificação por tamanho de planta permitiu concluir que houve um incremento na capacidade das unidades de grande porte (acima de 4mil toneladas produzidas por dia), saltando de 5,5 milhões de t/ano em 2020 para 8,7 milhões em 2022. (AE).

 

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercado volátil

MERCADO: Mercado oscilou entre altas e baixas (após dados do petróleo). Prêmios caíram mais de $0,50 cents/bushel em dois dias, praticamente cancelando as altas de ontem. O que mantém hoje o preço da soja é o câmbio. Preços se mantiveram mistos hoje e fábricas voltaram a disputar lotes. No interior, tradings dominaram as baixas ofertas que haviam. R$ 187,50 FOB Cruz Alta para meados de setembro; R$ 187,50 FOB Passo Fundo para meados de setembro; R$ 186,50 FOB Ijuí para meados de setembro. R$ 185,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro;

PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, subiram para R$ 171,00 ao produtor.

EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 192,50 para o final de setembro.

SANTA CATARINA: SC segue sem negócios, preços parados

São Francisco do Sul em Santa Catarina marca manutenção de preços, permanecendo a R$ 187,00 para 30/09. Assim como já explicado no relatório de RS, o dia trouxe alta volatilidade, mas com forças muito contrárias agindo sobre o mercado, a desvalorização dos prêmios manteve SC parada.

PARANÁ: Paraná marca altas gerais, oferta segue retraída

O Paraná como um todo segue muito inexpressivo em termos de negócios e variações de preços. Ontem o mercado trouxe maior positividade devido as informações do relatório WASDE, mas em termos gerais os negócios seguem muito fracos, lidando apenas com níveis base de escoamento, algo que se da pelo próprio comportamento defensivo do produtor paranaense. Ademais, hoje o ritmo já diminuiu em relação a ontem, com novas informações a respeito do petróleo gerando insegurança e causando expressiva baixa em Chicago, assim a PPI(Paridade Preço Internacional) entra em ação e o mercado brasileiro reage rapidamente .

Dado o panorama vamos às cotações: soja grão a – 0,98%, farelo -2,50%, óleo a +0,11%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +1,76% e ir a R$ 5,1875. O aspecto mais afetado do mercado foi os prêmios que caíram bem.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram manutenção, com isso os preços se mantiveram a R$ 190,00 para 28/09, R$ 191,00 para 30/10 e R$ 192,00 para 30/11.

PREÇOS NO INTERIOR: ocorreram variações bastante homogêneas, com Cascavel, Maringá e Pato Branco subindo em R$ 1,00/saca e indo respectivamente a R$ 167,00, R$ 167,00 e R$ 166,00. Ponta Grossa por sua vez desviou ao se valorizar um pouco mais em R$ 2,00/saca, indo a R$ 186,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia com preços estáveis e sem negócios

O MS havia passado por uma estranha semana em que a volatilidade parecia não ter efeito sobre o mercado diário, fosse diante de altas ou diante de baixas, as cotações permaneciam imóveis, algo que se deve primordialmente à falta de oferta de soja, que ajuda os preços a permanecerem em posição mesmo diante de quedas. Ontem, a lógica de ausência de movimentos foi quebrada e os preços subiram bem, mas hoje, como havia muito conflito os preços já voltaram sua costumeira consistência. Até onde se sabe, não mais de 5.000 toneladas foram negociadas hoje, o mercado segue bastante desinteressado. vamos aos valores de soja: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia e Chapadão do Sul respectivamente a R$ 178,00, R$ 178, R$ 177,00 e R$ 176,00 e a R$ 175,00.

MATO GROSSO: Alto índice de grãos avariados

A comercialização da soja em ago.22 para a safra 21/22 em MT avançou 1,70 p.p. frente jul.22, alcançando 87,56% da produção. O ritmo lento está atrelado à pressão nas cotações da soja em Chicago, que refletiu no preço médio em MT, queda de 0,84% no comparativo mensal, fechando com média de R$ 161,56/sc.

Além disso, o alto índice de grãos avariados nos lotes disponíveis dificultou as negociações,
principalmente aquelas com destino às exportações. Para a safra 22/23, as vendas alcançaram 26,67% da produção em agosto, avanço de 1,15 p.p. ante o mês de julho. Com o produtor focado no início dos trabalhos da semeadura da soja no estado e as incertezas quanto ao tamanho da produção para a próxima safra, somados ao recuo nas cotações da soja na CME-Group, as negociações estiveram limitadas no mês de agosto. Diante desse cenário, o preço médio da oleaginosa fechou em R$ 146,67/sc, queda de 3,52% em relação a julho.

MATOPIBA: Mercado de poucos movimentos, Balsas cai

Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações marcando expressiva queda de R$ 5,00/saca, o que levou o preço a R$ 165,00, já são R$ 15,00/saca de queda em 2 dias. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00 após se valorizar em R$ 2,00/saca e com maio de 2023 a R$ 148,00, marcando manutenção.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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