FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em leve alta de 0,51% ou $ 7,0 cents/bushel a $ 1374,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,45%, ou $ 6,25 cents/bushel a $ 1403,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em forte alta de 1,43% ou $ 5,8/ton curta a $ 410,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em queda de 0,24% ou $ 0,17 libra-peso a $ 69,91.
CAUSAS DA LEVE ALTA: Forte alta do trigo, geadas no Meio-Oeste americano e perspectiva de mais frente fria, ajustes preparatórios ao relatório do USDA desta quarta-feira, possível recessão global e problemas de transporte no Rio Mississipi foram os fatores que influenciaram os preços nesta segunda-feira.
ALTA DA SOJA EM DALIAN: Após o feriado de uma semana, os preços da soja No2 de Dalian negociaram em alta na sessão de segunda-feira, encerrando uma queda líquida de 0,05% no preto, para 5.575 yuans/MT (~ $ 21,21/bu). Sua soja doméstica número 1 havia caído no início, mas recuperou para uma perda líquida de 0,05% no dia para 5.964 yuan/MT (~ $ 22,63/bu).
HOJE NÃO HAVERÁ DADOS DOS EUA: Devido ao feriado federal, os dados de Inspeções de Exportação e os dados de Progresso de Safra serão divulgados amanhã de manhã e à tarde de acordo.
BRASIL AUMENTA EM 21% A PRODUÇÃO DE SOJA: A CONAB do Brasil espera que a produção de soja 22/23 aumente 21% em maior área e melhores rendimentos em relação ao ano passado, para 152 MMT. Entrando nos dados mensais do WASDE, o palpite médio do comércio é ver 152 MMT para a safra de soja 22/23 do Brasil.
SOJA: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 87,7% DA SAFRA 2021/22; 17,4% DA SAFRA 2022/23 ESTÁ VENDIDA: A comercialização da safra 2021/22 da soja brasileira atingiu 87,7% da produção esperada até o dia 7 de outubro, apontou levantamento realizado por consultoria privada brasileira O ritmo está aquém do fluxo recorde de 2019/20, que registrava 98,1% em igual momento do ano passado, e está abaixo dos 91,4% observados na média dos últimos cinco anos.
CLIMA: LA NIÑA DE BAIXA INTENSIDADE NÃO DEVE PREJUDICAR SAFRA DE SOJA E DE MILHO 2022/23
Apesar da possível reincidência de La Niña pelo 3º ano consecutivo, a baixa intensidade pode influenciar em menor grau na produtividade de soja na América do Sul, como um todo, na safra 2022/23, em fase de plantio, mantendo ainda positiva a visão de oferta recorde para a região no início de 2023. A avaliação é da Consultoria Céleres, em seu relatório “Possível La Niña pelo 3º ano consecutivo e consequências para a safra brasileira de grãos 2022/23”.
Conforme a Céleres, na média nacional e sob cenário de baixa intensidade do La Niña, as perdas possíveis no CentroSul tendem a ser compensadas pelos adicionais de produção no Centro-Norte, ressaltando a resiliência produtiva brasileira por plantar soja em diferentes geografias. “De toda forma, é importante o acompanhamento nos próximos meses”, destaca a consultoria.
Já quando se analisa o Sul do País, no caso do Estado do Rio Grande do Sul, para 2022/23, “a baixa intensidade do La Niña pode limitar possíveis perdas e indicar recuperação da produção e produtividade do Estado”. Em 2021/22, com efeitos de uma severa estiagem, a média do Estado foi de 33 sacas/hectare, com casos de lavouras totalmente perdidas.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem em média R$ 2/saca, com maior demanda das Tradings
Mercado operou de lado diante da alta de Chicago vista hoje, prêmios e câmbio mantiveram-se estáveis boa parte do pregão, garantindo preços estáveis ao
produtor. Ademais, os negócios seguem muito pontuais, com volumes apenas estritamente
necessários sendo escoados. Além disso, o protagonismo comercial vem das tradings, com as margens das fábricas cada vez mais negativas. Dado o panorama vamos aos preços:
No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 185,00 para meados de outubro, marcando alta de R$ 1,50/saca em relação a ontem.
No interior foram vistas altas gerais a níveis bastante heterogêneos, com Ijuí e Passo Fundo se valorizando em mesmo nível em R$ 2,00/saca, com a primeira indo a R$ 178,00 e a segunda a R$ 180,00, mas as demais regiões se valorizando de forma diferente. Com isso, Cruz Alta subiu em R$ 1,50/saca, assim como o porto e Santa Rosa se valorizando em R$ 4,00/saca e indo a R$ 180,00.
SANTA CATARINA: Preços sobem expressivamente, nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina passa por um dia de pequena valorização de R$ 0,50/saca para dezembro, o que levou o preço a R$ 185,50. Apesar das altas, não ocorreram novos negócios, com os preços ainda distantes das ideias do produtor que
não se vê pressionado pelas atuais ofertas, algo relativamente preocupante diante da espera da oferta norte americana que está por vir.
PARANÁ: Dia de valorizações d R$ 1/saca no porto e R$ 2/saca no interior, mas, ainda sem negócios
Paraná segue na mesma situação em que esteve no mês passado por inteiro: o produtor está extremamente recuado, as fábricas lidam com margens negativas e se retiram e as tradings não tem razão para oferecer valores mais altos diante da enorme oferta de soja mundial. Com isso o produtor segue basicamente sem vendas, apenas volumes pequenos e estritamente necessários são escoados.
A altas que ocorreram hoje foram motivadas pelas valorizaçõs de Chicago, os prêmios se mantiveram, assim segurando a desvalorização do dólar, mas a valorização do grão foi o principal agente que permitiu a positividade vista hoje. O complexo de soja fechou com a soja grão a +0,51%, farelo +1,43%, óleo a -0,24%. O dólar, por sua vez, caiu bem ao variar -0,42% e ir a R$ 5,1906.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram alta de R$ 1,00/saca, com isso os preços foram a R$ 185,00 para 28/10, R$ 186,00 para 30/11 e R$ 187,00 para 15/12.
PREÇOS NO INTERIOR: por aqui todas as regiões marcaram altas, com Ponta Grossa subindo de forma mais expressiva em R$ 2,00/saca, valorização superior ao porto e indo a R$ 183,00. Quanto as demais posições, as altas foram de R$ 1,00/saca, isso fez com que Cascavel e Maringá fossem a R$ 163,00 e Pato Branco fosse a R$ 162,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de valorizações expressivas, alguns negócios ocorrem
Mercado sul mato-grossense segue tentando se firmar, diante de valorizações homogêneas e expressivas alguns negócios ocorrem, mas ainda diante da ótica do estritamente necessário e portanto, nada muito expressivo, o milho tem feito excelente trabalho em sustentar o mercado por hora. Fugindo um pouco do padrão de baixas mais visto nas últimas semanas, hoje ocorreram valorizações de R$ 4,00/saca para a maior parte das posições aqui estudadas, com exceção de Chapadão que marcou alta de R$ 3,00/saca. Vamos aos valores de soja: Dourados e Campo Grande foram a R$ 170,00. Maracaju foi a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 166,00.
MATO GROSSO: Dia de baixas
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi marcado por baixas amenas para a maioria das regiões analisadas. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 161,00 após baixa de R$ 1,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 156,00, marcando baixa de R$ 2,20/saca e voltando aos níveis anteriores a sextafeira. Nova Mutum a R$ 154,90, marcando perda de R$ 0,10/saca. Primavera do Leste a R$ 158,50, perdendo R$ 1,50/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 161,50 ao se desvalorizar em R$ 0,80/saca. Sorriso, por fim, a R$ 154,80 ganhando R$ 0,70/saca.
MATOPIBA: Dia marcado por altas
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado em alta de R$ 0,80/saca, com isso, o preço se elevou a R$ 164,50. O Porto Franco-MA marcou alta de R$ 2,00/saca, com o preço se elevando a R$ 162,50. Porto Nacional-TO, por sua vez marcou leve baixa de R$ 0,60/saca e foi a R$ 157,40. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 157,00 marcando também manutenção e com maio de 2023 a R$ 149,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica