FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em queda de 0,71% ou $ 9,75 cents/bushel a $ 1360,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,41%, ou $ 5,75 cents/bushel a $ 1391,75. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em queda de 0,70% ou $ 2,8/ton curta a $ 399,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em queda de 0,26% ou $ 0,18 libra-peso a $ 69,20.
CAUSAS DA QUEDA: Mercado fechou em queda, pressionado pela redução da demanda chinesa (a Reuters informou que as compras de outubro deverão ser as menores desde 2020), clima seco no Meio-Oeste americano e perspectiva de grande safra no Brasil (152,25 MT, segundo a Conab, 21,3% a mais que a safra anterior.
EXPORTAÇÕES SEMANAIS DE SOJA EUA: Os dados de Vendas Semanais de Exportação tiveram 777k MT de vendas de soja para a semana que terminou em 29/09. Isso caiu 23% semana/semana e estava na extremidade inferior do intervalo esperado. O México foi o principal comprador com 233 mil MT, seguido por 157 mil MT da China. As exportações de soja foram listadas em 617k MT para a semana, elevando a exportação total do MY para 1,83 MMT. Os compromissos totais de soja para a campanha de 22/23 foram de 27,5 MMT, uma vantagem de 4,5% sobre o ritmo do ano passado.
EXPORTAÇÕES SEMANAIS PRODUTOS EUA: Para os produtos, a FAS relatou reduções líquidas para a refeição de 21/22, com a compra de 15,7 mil MT do Canadá mais do que compensada pelo cancelamento de 48 mil MT do Vietnã.
As vendas de refeições do NMY foram de 139 mil MT na semana encerrada em 29/09, principalmente pelo Vietnã (@ 48 mil MT). Em BO, o relatório mostrou que 900 MT foram vendidos para o Canadá e 1k MT foram enviados para o Canadá.
EXPORTAÇÕES MENSAIS EUA: Os dados mensais do Censo apresentaram exportações de soja de 121,9 mbu em agosto. Isso aumentou 43% em relação a julho e foi 253% acima de agosto de 21. A safra 21/22 terminou com 2,162 bbu de embarques de soja – ante 2,145 bbu previstos e 2,266 bilhões no ano passado. Para o farelo de soja, os dados mensais tiveram 828 mil toneladas embarcadas em agosto. As remessas de BO foram de 25,9 mil MT.
BRASIL-O PROBLEMA DO ÓLEO DE SOJA, QUE TEM PRÊMIOS NEGATIVOS (Vide tabela 6 abaixo): Os prêmios do óleo de soja voltaram a subir, levemente. No início da semana passada o embarque novembro era ofertado na Argentina a -1500z. Ontem terminou o dia ofertado a -800z (8,0 centavos por libra peso abaixo do contrato dezembro). As últimas semanas têm sido terríveis para as processadoras brasileiras (dez delas pararam o esmagamento no Brasil), por margens negativas.
Baixa demanda interna por biodiesel, mercado externo saturado, a Argentina ofertando mais, a Ucrânia vendendo óleo de girassol com desconto e a Indonésia batendo recordes de estoques de óleo de palma. A China e a Índia fizeram bem seu papel de comprador, permanecendo ausentes. Fecharam grandes compras direto com o governo da Indonésia. Agora parece de temos alguns fundamentos mais construtivos.
Petróleo e diesel subindo, muita chuva na Malásia e Indonésia, fim do “soy dollar” e menos soja para as processadoras na Argentina para o final do ano, sem falar no clima seco. China vai esmagar menos soja e a Índia com estoques baixos. As margens no Brasil para a safra nova voltaram para o azul depois de um breve mergulho no vermelho. No mercado spot as distribuidoras estão se mexendo para retirar os contratos atrasados de biodiesel.
CONAB ESTIMA SAFRA 21,3% MAIOR PARA 2022/23: O relatório mensal de acompanhamento das culturas, divulgado nesta quinta-feira pela CONAB, registra aumento de 21,3% na produção de soja do Brasil, devendo passar de 129,32 milhões de toneladas produzidas na safra passada para 152,35 milhões de toneladas a serem produzidas na safra 2022/23, como mostra o relatório oficial abaixo, por estado.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem em virtude dos prêmios
Prêmios seguem atuando na contramão do mercado de soja em Chicago ao se fortalecer em plena colheita norte americana, conseguindo com isso, não repassar as baixas internacionais para os preços brasileiros. Ademais, negócios pontuais foram efetuados hoje a partir da extrema necessidade, mas nada além dos níveis de manutenção da estrutura.
No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 182,50 para meados de outubro, marcando manutenção em relação a ontem. No interior apenas uma das posições se moveu, Santa Rosa que conseguiu marcar pequena evolução de R$ 1,00/saca e foi a R$ 175,00. As demais posições no interior permaneceram nas posições anteriores, com isso, Ijuí segue a R$ 175,00, Cruz Alta a R$ 176,50, Passo Fundo a R$ 176,50 e Santa Rosa, por fim, a R$ 174,00.
SANTA CATARINA: Preços caem mais um pouco, negócios efetuados
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina passa por um dia de perdas de R$ 2,00/saca para dezembro, o que levou o preço a R$ 179,00. Os valores continuam muito abaixo dos demandados pelo vendedor para que negócios comecem a ocorrer no porto de Santa Catarina, mas em Paranaguá alguns volumes saíram vindos de SC, nada muito expressivo, mas no começo da manhã a preços de R$ 183,00 apenas volumes necessários foram escoados.
PARANÁ: Dia de desvalorizações gerais, nada de negócios
Paraná segue na mesma situação em que esteve no mês passado por inteiro: o produtor está extremamente recuado, as fábricas lidam com margens negativas e se retiram e as tradings não tem razão para oferecer valores mais altos diante da enorme oferta de soja mundial. Com isso, o produtor segue basicamente sem vendas, apenas volumes pequenos e estritamente necessários são escoados. O complexo de soja fechou com a soja grão a -0,71%, farelo -0,70%, óleo a -0,26%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +0,50% e ir a R$ 5,2099.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram queda de R$ 2,00/saca, com isso os preços foram a R$ 178,00 para 28/10, R$ 179,00 para 30/11 e R$ 180,00 para 15/12.
PREÇOS NO INTERIOR: por aqui a maioria das posições marcou quedas assim como no porto, isso vale para Cascavel Maringá e Pato Branco, todas estas bases perderam R$ 1,00/saca e foram respectivamente a R$ 160,00, R$ 160,00 e R$ 159,00. A única posição a não se mover foi Ponta Grossa que continua a R$ 176,00.
MATO GROSSO DO SUL: Perdas gerais de R$ 1,00/saca, nada de negócios
Momento atual se mostra cada vez mais negativo para MS, preços marcam quedas consecutivas motivadas pelas desvalorizações de Chicago. Quando muito, os valores no Estado são mantidos, mas a exemplo de hoje, novamente os preços foram derrubados. Embora a diferença seja de apenas R$ 1,00/saca, é importante lembrar que na sexta-feira os preços estavam R$ 10,00/saca acima dos valores vistos agora. A empolgação em relação às eleições já diminuiu, mas a valorização do dólar se mostra vacilante. Vamos aos valores de soja: Dourados e Campo Grande foram a R$ 166,00. Maracaju foi a R$ 165,00, também com queda de R$ 1,00/saca. Sidrolândia a R$ 163,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 164,00.
MATO GROSSO: Dia de altas expressivas
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi marcado por altas, com valorizações expressivas por todas as regiões analisadas. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 156,90 após alta de R$ 7,80/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 155,70, marcando alta de R$ 4,90/saca e voltando aos níveis anteriores as eleições. Nova Mutum a R$ 155,00, após ganho de R$ 2,00/saca. Primavera do Leste a R$ 159,20, ganhando R$ 3,80/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 162,00 ao se valorizar em R$ 4,50/saca. Sorriso, por fim, a R$ 150,50 perdendo R$ 2,00/saca.
MATOPIBA: Dia de mercado lateral, quedas expressivas na Bahia
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com ganho de R$ 0,70/saca, com isso, o preço foi a R$ 163,70. O Porto Franco-MA marcou manutenção, com o preço continuando a R$ 160,50. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 158,00. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 157,00 marcando perda de R$ 6,00/saca e com maio de 2023 a R$ 149,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica