FECHAMENTOS DO DIA 14/10: O contrato de soja para novembro22 fechou em leve queda de 0,88% ou $ 12,25 cents/bushel a $ 1383,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,91%, ou $ 13,0 cents/bushel a $ 1400,75.
O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,27% ou $ 1,1/ton curta a $ 412,1 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em queda de 1,64% ou $ 1,09 libra-peso a $ 65,34.
CAUSAS DA QUEDA: Fortes quedas no petróleo (-3,93%) e no óleo de soja (-1,64%) com um maior fortalecimento do dólar transferiu as perdas para a soja. As previsões meteorológicas permaneceram favoráveis ao andamento da safra, que estaria à frente do ritmo histórico.
ESTIMATIVAS DE ESMAGAMENTO EUA: Os entrevistados da pesquisa esperam que os membros da NOPA processaram 161,3 mbu (4,39 MT) em setembro para iniciar a temporada 22/23. A gama completa de estimativas é de 152 (4,14 MT) a 170,4 mbu (4,64 MT). Os estoques de óleo de soja são esperados em 1,522 bilhão de libras, o que cairia dos 2,7% de agosto.
NOVAS VENDAS DE SOJA E FARELO: O USDA anunciou grandes reservas de soja esta manhã, com a China comprando 392 mil toneladas de soja e exportadores privados vendendo 198 mil toneladas de soja para desconhecidos. O USDA também confirmou uma venda de farelo de soja de 230 mil toneladas para as Filipinas.
VENDAS SEMANAIS EUA: Os dados semanais da FAS tiveram reservas de soja de 724 mil MT para a semana que terminou em 6/10. Isso caiu 7% na semana e foi apenas 26% da mesma semana do ano passado. Os embarques de soja atingiram uma alta de 888k MT no MY levando o total acumulado para 2,72 MMT. Os compromissos totais de soja foram de 28,2 MMT, uma queda de 3% em relação à mesma semana do ano passado. Nos produtos, o USDA encerrou a temporada de refeições 21/22 com embarques totais semanais de 11,7 MMT. As vendas de refeições nos livros começaram a temporada 22/23 com 2,98 MMT. BO terminou o relatório semanal com 678.426 MT para a temporada 21/22. As reservas CMY estão em 19.798 MT.
ARGENTINA-EXPORTAÇÕES DO “DÓLAR SOJA”: O USDA, citando dados do Ministério de Agricultura Compras y DJVE, mostrou que a taxa de câmbio garantida de 200 pesos/dólar da Argentina para a soja (a partir da taxa oficial de 139 pesos/dólar na época da política) aumentou suas vendas de exportação de soja de pouco mais de 50% contra menos de 20% da colheita. Em 16 MT, esse foi o maior volume de setembro nos últimos anos, embora em 70%, as vendas de exportação ainda estão abaixo do ritmo de 17/18 e 18/19.
INDONÉSIA AUMENTA EMBARQUES DE ÓLEO DE PALMA: A Indonésia embarcou 4,04 MT de óleo de palma em agosto, de acordo com a Intertek. Isso foi acima de 2,41 MT em julho, principalmente para a Índia e a China. A Malásia está mantendo uma taxa de exportação de óleo de palma de 8% pelo menos até novembro. A política estava em vigor desde janeiro de 2021.
SOJA/ITAÚ BBA: PRESSÕES FINANCEIRAS E BOAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS TENDEM A LIMITAR ALTA NOS PREÇOS: O banco analisa que, embora a soja seja historicamente pouco sensível a variações na renda, o cenário de forte redução da taxa de crescimento da economia global somado ao aumento da taxa de juros em vários países poderá provocar impacto o crescimento da demanda pela oleaginosa. O Itaú destaca, ainda, o comportamento das compras chinesas, diante a um cenário de elevada desaceleração da atividade econômica local.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de maior negatividade, preços caem até R$ 1,00/saca
Mercado de hoje, operou praticamente por todo o pregão, no lado de baixo na CBOT. Prêmios registram leves quedas, denotando o fim da campanha de exportação no RS para este ano de 2022. Os negócios seguem bem pontuais e as tradings têm sido protagonistas com as margens das fábricas, cada dia mais baixas. Dado o panorama vamos aos preços: No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 192,00 para meados de outubro, permanecendo nos mesmos níveis vistos ontem.
No interior o dia foi marcado por baixas de forma geral, com a maioria das posições caindo igualmente em R$ 1,00/saca, mas Cruz Alta se desvalorizando menos ao cair em R$ 0,50/saca. Com isso os preços foram de R$ 184,00 para Ijuí. Cruz Alta foi a R$ 185,50. Passo Fundo foi a R$ 185,00. Santa Rosa, por fim, foi a R$ 183,00.
SANTA CATARINA: Preços em manutenção, alguns negócios efetuados
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina passa por um dia de considerável valorização de R$ 5,00/saca para contratos mais próximos em novembro, o que levou o preço a R$ 190,00. Isso coloca soja novamente em discussão, o que faz com que negócios ocorram mesmo que em menor quantidade. Valores abaixo de 1.000 toneladas rodaram hoje, tanto para novembro quanto para dezembro onde o preço alcançou R$ 193,00.
PARANÁ: Porto se desvaloriza, interior vê altas de até R$ 6,00/saca
Paraná passa por dia de maior negatividade no porto e em Ponta grossa, mas com as regiões mais no interior se valorizando expressivamente. O porto segue se enfraquecendo, diante da falta de competitividade geral com a soja argentina, que esta cada vez mais próxima de ser totalmente escoada. Além disso, o complexo de soja em Chicago segue se desvalorizando, mesmo que o dólar represente força opositora de igual poder. A desvalorização significa acima de tudo a insegurança do financeiro diante dos conflitos geopolíticos o redor do mundo e da recessão que provocam. O complexo de soja fechou com a soja grão a -0,88%, farelo +0,27%, óleo a -1,64%. O dólar, por sua vez, subiu de fora irrisória ao variar +0,01% e ir a R$ 5,3227.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram baixa de R$ 2,00/saca, com isso os valores foram a R$ 187,00 para 14/11, R$ 188,00 para 10/12 e R$ 189,00 para 25/01.
PREÇOS NO INTERIOR: nestasposições movimentos foram percebidos apenas em Ponta Grossa que se relaciona mais fortemente com o porto quedas de igual nível, em R$ 2,00/saca, com isso o preço foi a R$ 187,00. Quanto as demais posições, altas expressivas foram vistas, com Cascavel, Maringá e Pato Branco subindo em R$ 6,00/saca e indo respectivamente a R$ 169,00, R$ 169,00 e R$ 168,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de novos movimentos
Mercado sul mato-grossense apenas mantém as últimas melhores posições, sem marcar novos movimentos diante de uma condição de baixas em Chicago e altas no dólar de níveis muito próximos. Tanto as valorizações do dólar quanto as baixas de Chicago foram consideráveis hoje, mas a junção de ambos, com o primeiro agindo de forma positiva e o segundo de forma negativa deu ao mercado uma variação geral muito baixa. Vamos aos valores de soja: Dourados permaneceu a R$ 176,00. Campo Grande a R$ 175,00. Maracaju continua a R$ 175,00. Sidrolândia a R$ 174,00 também sem subir. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 174,00.
MATO GROSSO: Dia de boas altas de até R$ 6,80/saca
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela acima. Esse mercado foi plenamente positivo, algumas posições se levaram de formas mais amenas e outras de forma muito expressiva, mas a positividade foi geral. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 165,10 após alta de R$ 1,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 161,00, marcando alta de R$ 3,000/saca. Nova Mutum a R$ 163,40, marcando alta de R$ 4,90/saca. Primavera do Leste a R$ 167,00, marcando alta bastante expressiva de R$ 5,50/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,80 ao se valorizar em R$ 6,80/saca. Sorriso, por fim, a R$ 163,50 ao subir R$ 5,50/saca.
MATOPIBA: Dia de positividade no Maranhão, alta de até 6,00/saca
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado em alta de R$ 2,00/saca, com isso, o preço alcançou R$ 170,00. O Porto Franco-MA marcou alta de R$ 6,00/saca, com o preço indo a R$ 173,00. Porto Nacional-TO, por sua vez marcou manutenção e se manteve a R$ 157,40. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00 marcando também alta de R$ 6,00/saca e com maio de 2023 a R$ 149,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica