FECHAMENTOS DO DIA 25/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve alta de 0,95% ou $ 14,0 cents/bushel a $ 1502,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,67%, ou $ 10,0 cents/bushel a $ 1496,50. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,41% ou $ 5,50 cents/bushal a $ 1333,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,24% ou $ 5,7/ton curta $ 465,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em queda de 0,72% ou $ 0,44/libra-peso a $ 60,54.
CAUSAS DA LEVE QUEDA: Os futuros de soja fecharam em alta com as vendas de 130.000 toneladas. anunciado pelo USDA, que transmitiram otimismo. Interpreta-se que a mercadoria americana ainda se mantém competitiva, aproveitando as oportunidades antes que a mercadoria do Brasil entre com força. As chuvas na Argentina limitaram o avanço.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 25/01
CANADÁ-CANOLA: Canola canadense Os preços caíram $ 10 CAD/MT na terça-feira. Isso teve o contrato de março na impressão mais baixa desde 8 de setembro.
CHINA EM FERIADO: As notícias da China são escassas, com o país envolvido na semana do feriado do Ano Novo Lunar e muitas pessoas podendo visitar parentes para o feriado pela primeira vez em 3 anos.
BRASIL COLHEU 2%: O Brasil já colheu cerca de 2% da safra recorde esperada de soja, com o Mato Grosso em torno de 6%. As previsões para a produção brasileira estão chegando ao consenso em torno de 152-153 MMT.
ARGENTINA-SAFRA SERIA MENOR AINDA: Chuvas esparsas estão previstas para as partes da Argentina e do Brasil nas próximas semanas. A Oil World forneceu munição aos altistas, projetando que a safra de soja da Argentina seria de apenas 34 MMT, bem abaixo dos 45,5 MMT do USDA e do último número de Cordonnier de 39 MMT.
BRASIL-PRODUÇÃO SERÁ MAIOR: A AgResource Brasil revisou suas estimativas de produção de soja 2022/23 do Brasil após o tour de safra no Estado de Mato Grosso. “A qualidade das lavouras no Estado estava melhor que as expectativas iniciais. Com isso, a produção da safra 22/23 foi ajustada para 154,25 milhões de toneladas, ganho de 0,84% em relação a última estimativa, quando estimava-se uma redução de safra no Rio Grande do Sul”, disse em nota. Em contrapartida, a empresa reduziu em 1,44% a previsão da safra no Rio Grande do Sul, devido a estiagem, para 20,23 milhões de toneladas.
ARGENTINA-ALÉM DA SECA DE ÁGUA, AGORA A SECA COMERCIAL: A venda da soja argentina 2022/23 está muito atrasada devido a um complicado combo climático e político. As empresas agroindustriais rejeitaram o novo câmbio do BCRA-Banco Central da República Argentina por considerá-lo “prejudicial a toda a cadeia”. A estiagem e as distorções promovidas pelo governo federal por meio do regime cambial denominado “dólar soja” estão
causando um atraso significativo na comercialização da soja para a safra 2022/23. Até o dia 18 de janeiro, segundo dados oficiais atualizados nesta terça pelo Ministério da Agricultura, as vendas de soja 2022/23 totalizaram apenas 3,01 milhões de toneladas. Esta cifra, considerando uma provável safra argentina de 37,0 milhões de toneladas – estimativa preliminar da Bolsa de Comércio de Rosário– representaria uma proporção da ordem de 8,0% contra 13,8%, 14,3% e 26,9% na mesma data de um dois e três anos atrás.
O fato é que, destas 3,01 milhões de toneladas de soja 2022/23 vendidas até agora, a maior parte (2,21 milhões) são operações “a fixar” e, portanto, não têm preço confirmado. A contrapartida desse fenômeno é uma política extremamente cautelosa de registro de Declaração Juramentada de Vendas Externas (DJVE) de soja e farelo de soja por parte dos exportadores e da indústria esmagadora. Para a próxima temporada, os embarques do farelo de soja argentino 2022/23 mal registraram 2,92 milhões de toneladas, das quais 1,58 milhão serão exportadas em abril e mais um milhão em maio. Essa “seca comercial” é um dos principais fatores que vem sustentando as cotações internacionais do farelo de soja, já que a Argentina, em condições normais, é grande exportadora do produto, que vem sendo originado principalmente nos últimos meses no Brasil e dos EUA. (Fonte: Valor Soja)
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços marcam quedas de R$ 6,00/saca, negócios seguem muito lentos
MERCADO: No mercado de soja no Rio Grande do Sul, os preços marcaram quedas expressivas e os negócios continuam muito lentos. Produtores não estão vendendo seus saldos antigos de soja e não se sentem seguros para firmar contratos futuros para a nova safra. As fábricas têm domínio absoluto, inclusive no porto, para a soja gaúcha.
PREÇOS: No porto, as indicações de preço para fábricas são de R$ 176,00 (R$ -5,00) para pagamento em março sobre rodas. No interior, as indicações de preço variam de acordo com a região. Em Cruz Alta, o preço é de R$ 170,00 (R$ -6,00), em Passo Fundo é de R$ 167,00 (R$ -8,00), em Ijuí é de R$ 170,00 (R$ -6,00) e em Santa Rosa / São Luiz é de R$ 172,00 (R$ -4,00). Em Panambi, os preços de pedra mantiveram-se em R$ 163,00 (R$ -1,00) por todo o dia.
SANTA CATARINA: Preços em queda, acompanhando as demais posições ao sul do país
A soja cultivada em Santa Catarina está sendo afetada pela queda dos preços, seguindo uma tendência que se estende pelo sul do país. Esse cenário é resultado das fortes chuvas registradas recentemente na Argentina, que têm aumentado os estoques e tornado os preços mais competitivos (diferença de preço de -4,50). Essa situação tem sido especialmente prejudicial para aqueles produtores que tiveram quebras de safra. O preço antigo R$ 176,00 e o preço novo R$ 171,50.
PARANÁ: Preços dão continuidade às quedas, com porto se aproximando cada vez mais do fundo.
MERCADO: Os preços da soja continuam a cair, com o mercado se aproximando cada vez mais do fundo. Ontem, as quedas foram causadas pela especulação relacionada ao potencial produtivo da Argentina e pelo feriado chinês, que deve durar 7 dias e diminuir a demanda pela soja brasileira. Hoje, a situação não mudou e espera-se que isso ocorra apenas depois do
feriado asiático.
PREÇOS: No mercado de soja, os preços variam entre as regiões do interior e do porto. No interior, começando pela região de Ponta Grossa, as ofertas são de R$ 165,00 no balcão. Para futuro, os preços foram de R$ 170,00 para entrega em janeiro e pagamento em 03/02, R$ 171,00 para entrega em janeiro e pagamento em 22/03, e R$ 172,00 para entrega em janeiro e pagamento em 10/03. Além disso, Cascavel, Maringá e Pato Branco, em preços de produtor, seguem na mesma posição a R$ 159,00/saca.
No porto de Paranaguá, as ofertas são de R$ 173,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 30/03, e R$ 175,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 05/05. As indicações de preço para a safra 2023 também variam entre regiões. No interior posto de Ponta Grossa, o preço nominal indicado é de R$ 170,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023. Já no posto de Paranaguá, a indicação é de R$ 174,00 para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023. Com as quedas expressivas vistas ontem e a falta de negócios, é esperado que o mercado continue instável nos próximos dias.
MATO GROSSO DO SUL: MS continua marcando quedas expressivas e se desvaloriza em mais R$ 1,00/saca
Mato Grosso do Sul registrou mais um dia de quedas expressivas nos preços da soja, com desvalorizações de até R$ 2,00/saca. Os principais fatores que impactam o mercado são a possibilidade de estoques argentinos serem maiores e a soja futura ficar mais barata, além
da queda do dólar. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza. Atualmente, os preços da soja após as desvalorizações são os seguintes: Dourados a R$ 157,00 ( -1 ) Maracaju a R$ 156,00 (-1) Sidrolândia a R$ 155,00 (-R$ 1,00) Campo Grande a R$ 157,00 (- R$ 1,00) São Gabriel a R$ 153,00 (-R$ 1,00) Chapadão do Sul a R$ 153,00 (-R$ 2,00) .
MATO GROSSO: Quedas expressivas de até R$ 5,00/saca, negócios muito lentos
O mercado de soja no estado de Mato Grosso enfrentou mais um dia parado em termos de comércio e com quedas expressivas de até R$ 5,00/saca, devido às desvalorizações do dólar e à pouca movimentação física. Com isso, não houve negociações significativas no mercado local. Além disso, chuvas têm sido vistas por todo o estado, o que atrapalha um pouco a colheita, mas esta tem ocorrido em ritmo dentro da normalidade para o período do ano em que estamos. Ademais, o produtor continua extremamente inseguro para se livrar da soja velha. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 144,00 (-5 ). Lucas do Rio Verde a R$ 144,00 (-R$ 5,00). Nova Mutum a R$ 146,00 (-R$ 3,00). Primavera do Leste a R$ 147,00 (-R$ 6.00). Rondonópolis a R$ 147,00 (-R$ 4.00) e Sorriso a R$ 144,50 ( -3.00 ).
MATOPIBA: Dia dividido entre altas e baixas, mercado segue sem praticamente nenhuma resposta
Em Balsas, no Maranhão, as cotações marcaram queda, fechando a R$ 150,90 ( -R$ 2,10 ). Já o Porto Franco-MA registrou alta pouco expressiva, fechando a R$ 153,50 ( +R$ 0,50 ). Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações, após desvalorização, trouxe o valor de R$ 149,90 (-R$ 1,50). Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 154,00 sem diferenças e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 158,00 também sem novas atualizações. A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.
Fonte: T&F Agroeconômica