FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em alta de 4,01% ou $ 59,75 cents/bushel a $ 1549,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 4,41%, ou $ 62,75 cents/bushel a $ 1485,75. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em nova alta de 5,76% ou $ 23,9/ton curta a $ 438,7 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em nova forte alta de 3,12% ou $ 2,19 libra-peso a $ 72,44.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE: O USDA indicou um grande corte na estimativa de safra para os EUA, propondo uma perspectiva de oferta muito apertada. O volume de colheita permaneceria em 119,15 milhões de toneladas (vs. 122,4 milhões de toneladas esperadas). Assim, os estoques finais também foram revisados para baixo e a relação estoque/consumo estaria nos níveis mais baixos dos últimos anos.
EXPORTAÇÕES EUA: Os dados de Inspeções Semanais do USDA tiveram 329.225 T de embarques de soja para a semana encerrada em 08/09, queda de 500k T durante a semana passada, mas subiu de 193.894 T em comparação com a mesma semana do ano passado. A remessa total deste ano comercial atingiu 381.524 T durante a primeira semana completa (e um dia).
USDA WASDE surpreende cortando a produção mais do que o mercado esperava:
USDA SETEMBRO EUA: O USDA relatou uma área de soja menor, com 500 mil acres (202,34 mil hectares) a menos plantados e uma colheita 600 mil acres a menos (242,81 mil hectares), agora em 87,5 milhões (2,38 MT) e 86,6 milhões (2,36 MT), respectivamente. Os rendimentos foram reduzidos em 1,4 bpa (94,15 kg/kectare) para 50,5 (3.396,18 kg/hectare) – o mercado estava esperando um corte de 0,4 bpa. previsão de exportação de 70 mbu para 2.085 bbu (56,74 MT). Esses se comparam a 2.205 (55,11 MT) e 2.145 bbu (58,37 MT) em 21/22, respectivamente. Isso não foi suficiente para compensar totalmente a menor oferta de grãos, deixando um carregamento líquido de 45 mbu mais apertado de 200 (5,44 MT). O mercado esperava que a produção de 22/23 permanecesse inalterada em média, com estimativas de pré-relatório variando de 203 (5,52 MT) a 335 (9,11 MT).
USDA SETEMBRO-MUNDO: Os S&Ds globais atualizados esta manhã mostraram uma produção líquida de 3 MMT mais leve, já que não reportáveis compensaram parte do corte dos EUA. O comércio global foi 1,2 MMT mais leve, já que a Argentina pegou 400 mil MT em relação à estimativa de agosto. O transporte de 22/23 foi cortado em 2,5 MMT, pois o comércio esperava um corte líquido de 200k MT em média.
Os dados finais apresentados pelo relatório foram, resumidamente, os seguintes:
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: USDA WASDE puxou os preços R$ 4/saca para cima, apesar da queda do dólar
MERCADO: Relatório do Wasde setembro, que fora publicado hoje as 13:00 horário de Brasília, surpreendeu a todos, trazendo cortes até então não esperados na safra nova americana a ser colhida. Mesmo com a queda de prêmios e dólar, a alta provocada pelo relatório (+76 cents de dólar por bushel) trouxe elevações significativas nos preços, nos portos, e deixou as fábricas com baixo poder de competição.
No interior, tradings dominaram as baixas ofertas que haviam: R$ 186,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro; R$ 186,00 FOB Passo Fundo para meados de setembro; R$ 185,00 FOB Ijuí para meados de setembro; R$ 183,50 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro.
PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, mantiveram-se em R$ 168,00 ao produtor.
EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 191,00 para o final de setembro.
SANTA CATARINA: SC segue sem negócios, mesmo com preços R$ 3/saca mais altos
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta expressiva de preços indo a R$ 187,00 para 30/09, a valorização foi de R$ 3,00/saca. Assim como já explicado no relatório de RS, as valorizações se deem a mudanças de oferta esperada advinda do relatório WASDE, mesmo com quedas no dólar e prêmios, os preços subiram.
PARANÁ: Paraná teve altas de 3/saca, mas ainda não atingiu o preço do vendedor
O Paraná, como um todo, segue muito inexpressivo em termos de negócios e variações de preços. O mercado da semana passada foi predominantemente baixista e hoje voltou a se recuperar devido a fundamentos na base da oferta mundial de soja. Ainda assim, forças contrárias estão sempre agindo sobre as cotações e o produtor aguarda por preços melhores para efetuar venda em maior volume (perceba que os preços no interior estão abaixo de R$ 170/saca).Talvez os impactos do novo relatório WASDE gerem os preços procurados, mas ainda é cedo para afirmar, se veremos uma semana melhor ou outra quase totalmente lateral.
Em termos gerais, Chicago teve movimentos muito significativos hoje, mas o dólar segue se desvalorizando, o que diminuiu consideravelmente o potencial de valorização do grão. O complexo de soja fechou em alta expressiva: soja grão a +4,01%, farelo +5,76%, óleo a +3,12%. O dólar, por sua vez, decaiu ao variar -0,97% e ir a R$ 5,0974.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram evolução de R$ 3,00/saca, com isso os preços foram a R$ 190,00 para 28/09, R$ 191,00 para 30/10 e R$ 192,00 para 30/11.
PREÇOS NO INTERIOR: nas posições do interior também ocorreram variações homogêneas, com Cascavel, Maringá e Pato Branco subindo em R$ 2,00/saca e indo respectivamente a R$ 166,00, R$ 166,00 e R$ 165,00. Ponta Grossa por sua vez se manteve imóvel ainda a R$ 184,00.
MATO GROSSO DO SUL: dia de boas valorizações
O MS havia passado por uma estranha semana em que a volatilidade parecia não ter efeito sobre o mercado diário, fosse diante de altas ou diante de baixas, as cotações permaneciam imóveis, algo que se deve primordialmente a falta de oferta de soja, que ajuda os preços a permanecerem em posição mesmo diante de quedas. Hoje, no entanto, boas altas foram vistas, aspecto que se deve como já explicado anteriormente a diminuição da base de soja internacional. Os preços subiram de forma homogênea em R$ 2,00/saca, vamos aos valores de soja: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia e Chapadão do Sul respectivamente a R$ 178,00, R$ 178, R$ 177,00 e R$ 176,00 e a R$ 175,00.
MATO GROSSO: Mercado marca expressivas altas
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado marcou altas muito expressivas por toda a extensão do Estado, com Campo Verde sendo a posição mais afetada ao subir mais de 4,5%. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 166,30 marcando alta de R$ 7,20/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 157,80, marcando alta de R$ 2,90/saca. Nova Mutum a R$ 165,00 ao subir R$ 5,50/saca. Primavera do Leste a R$ 167,30, ao se valorizar em R$ 4,80/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 170,40, ao subir em R$ 5,40/saca. Sorriso, por fim, a R$ 163,80, ao subir R$ 5,30/saca.
MATOPIBA: Mercado de poucos movimentos nos preços
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações marcando expressiva queda de R$ 10,00/saca, o que levou o preço a R$ 170,00. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 168,00 também sem movimentos e com maio de 2023 a R$ 148,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica