FECHAMENTOS DO DIA 18/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,99% ou $ 15,25 cents/bushel a $ 1524,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,04%, ou $ 16,0 cents/bushel 0 $ 1537,50. A cotação de maio24 fechou em queda de 1,05% ou $ 14,50 cents/bushal a $ 1359,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de $0,89% ou $3,1/ton curta $ 478,1 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,44% ou $0,28/libra-peso a $ 64,12.
CAUSAS DA QUEDA: Os futuros da soja em Chicago sentiram a repercussão do pedido do governo chinês para que os criadores de suínos reduzam o excesso de produção que vem pressionando as cotações, porque isto afeta negativamente a demanda dos ingredientes usados na ração animal. Tomadas de lucro depois de ganhos de 3,7% também pressionaram as cotações, além de chuvas na Argentina.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 18/01
EUA-ESMAGAMENTO MENOR: Os membros do NOPA relataram uma baixa de 3 anos para o esmagamento de dezembro, com 177,5 mbu (4,83 MT) processados. Os analistas esperavam 182,9 mbu (4,98 MT) em média, com o menor valor em 174,4 (4,75 MT). Os estoques de óleo de soja foram contabilizados em 1,791b lbs, um pouco acima da estimativa da média comercial.
BRASIL-COLHEITA: Uma consultoria privada brasileira informou que a colheita de soja foi de 0,6% até 1/12. Isso está abaixo do ritmo de colheita de 1,2% visto na temporada passada.
LICITAÇÕES INTERNACIONAIS: A Coréia do Sul está procurando 19k MT de soja de qualidade alimentar não transgênica. As Filipinas estão no mercado por 45 mil toneladas de farelo de soja de origem opcional. A Turquia encomendou 24k MT de óleo de girassol por meio de licitação.
CHINA PEDE PARA QUE CRIADORES DE SUÍNOS REDUZAM PRODUÇÃO: O ministro da Agricultura da China pediu nesta quarta-feira que criadores de suínos reduzam o excesso de produção, que pode estar pressionando os preços. Um funcionário disse que as cotações caíram para abaixo do custo de produção por causa do consumo enfraquecido. A China é o maior produtor do mundo de carne suína e tem lutado há anos com preços voláteis e produção cíclica de suínos, especialmente desde o surto de peste suína africana em 2018. Os preços médios do suíno vivo caíram por 11 semanas consecutivas para 16,3 yuans (US$ 2,40) o quilo em meados deste mês, abaixo do custo de reprodução de 16,7 yuans, disse o agrônomo-chefe e diretor do Departamento de Planejamento de Desenvolvimento do Ministério da Agricultura da China, Zeng Yande, em uma coletiva de imprensa. (Reuters).
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de altas expressivas em virtude da insegurança de mercado
PERDAS NO ESTADO: A falta de chuvas tem causado prejuízos significativos para o mercado de soja no estado. Segundo fontes do setor, as perdas já começam a ser contabilizadas e podem ultrapassar 17% do potencial de 22 milhões de toneladas de soja o que fez com que os preços se valorizassem para contratos mais distantes mesmo diante de um dia de baixas. A cada dia sem chuvas, a situação se agrava.
MERCADO: O mercado tem sido lento, com produtores relutantes em vender os saldos antigos de soja e sem se sentir seguros para firmar contratos futuros para a nova safra. As fábricas têm o domínio absoluto do mercado, incluindo no porto. No porto, as indicações de preços para as fábricas são de R$ 183,00 (evolução de R$ 5,00) para pagamento em março sobre rodas. Já no interior, as indicações de preços variam entre R$ 179,00 para Cruz Alta e Passo fundo que se valorizaram em R$ 2,00/saca e R$ 180,00 para Santa Rosa e Ijuí que subiram na mesma quantidade. Em Panambi, os preços caíram para R$ 167,00 por saca, o menor preço desde 07/10/2022. Esse cenário preocupa os produtores, que temem perdas significativas em suas lavouras e dificuldades para comercializar seus produtos. Acompanharemos de perto a evolução dessa situação e traremos mais informações sobre as possíveis consequências para o mercado de soja.
SANTA CATARINA: Mercado sem movimentos de preços, nada de negócios efetuados
De forma a se manter ainda dentro das expectativas de piora no curtíssimo prazo, mercado de Santa Catarina passa por dia de manutenção de preços, sem se recuperar das quedas mais profundas de semana passada. Hoje não houve negócios efetuados, o produtor se mostra até R$ 7,00/saca acima das ofertas. A demanda segue alta por todo o Brasil e a preocupação com o clima e qualidade da safra também, no entanto, a esses preços apenas os vendedores que precisam muito efetuam algum negócio. São francisco do Sul a R$ 178,00.
PARANÁ: Mercados seguem lento, alta no porto e em Ponta Grossa
De acordo com fontes do setor, o mercado de soja está apresentando preços relativamente baixos e pouco atrativos para os produtores no estado. Em Ponta Grossa, os preços para entrega em janeiro variam entre R$ 168,00 no balcão e R$ 174,00 para entrega CIF (custo, seguro e frete) e pagamento em diferentes períodos, sendo R$ 172,00 para pagamento em 25 de janeiro, R$ 173,00 para pagamento em 3 de fevereiro e R$ 174,00 para pagamento em 28 de fevereiro. As demais posições no interior se movimentam em sentido oposto e se valorizam em R$ 6,00/saca, isso levou Cascavel, Maringá e Pato Branco a R$ 167,00. Já no porto de Paranaguá, não há indicações de preços para CIF, o que significa que os produtores não estão entrando no mercado, amostra de insegurança com a safra e descontentamento com os preços.
A demanda geral pelo grão está alta, mas há muita preocupação climática devido às expectativas de perda de safra. Isso tem sido refletido nas indicações de preços para a safra 2023, com uma indicação de preço nominal de R$ 172,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023, no posto de Ponta Grossa e R$ 176,00 para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023, no posto de Paranaguá. Os preços baixos e a falta de indicações de preços em Paranaguá mostram a preocupação dos produtores com o cenário climático e a incerteza quanto à produção da próxima safra. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje: SOJA GRÃO A -0,99%, FARELO -0,85%, ÓLEO +0,44%. Dólar por sua vez ficou a +1,12%, indo a R$ 5,1626.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de movimentos, nada de negócios
Mato Grosso do Sul registrou um dia ausente de movimentações de preços com negócios totalmente parados. A situação foi causada por uma combinação de fatores, incluindo variações cambiais e incerteza climática. Os fundamentos apontam para a soja bastante cara mais para frente e o medo de abrir mão dos estoque atuais persiste. Muitos agricultores e traders estão esperando para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e poucas negociações efetivadas, deixando o mercado em um estado de incerteza. Esses são os preços da soja: Dourados a R$165,00. Campo Grande a R$165,00. Maracaju a R$164,00. Sidrolândia a R$163,00. Chapadão do Sul a R$161,00.
MATO GROSSO: Quedas de até R$ 6,00/saca em algumas regiões, negócios parados.
Mato Grosso, um dos principais estados produtores de soja no Brasil, tem enfrentado baixas parciais no mercado da commodity com uma clara relação de bate volta. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essas baixas parciais. Além disso, a demanda global por soja também pode estar afetando os preços. Hoje Chicago quebrou sua sequência de valorizações e marcou baixa para todo o complexo de soja, afetando essas posições, curiosamente de forma muito mais expressiva do que pode ser explicado simplesmente pelo mercado internacional. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 154,00 (baixa de R$ 6,00). Lucas do Rio Verde a R$ 154,20, Nova Mutum a R$ 149,50. Primavera do Leste a R$ 154,00 (baixa de R$ 2,50), Rondonópolis a R$ 156,00 (perda de R$ 5,80) e Sorriso a R$ 150,70.
MATOPIBA: Mercado dividido
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando queda expressiva de R$ 5,50/saca e com isso, indo a R$ 155,50. O Porto Franco-MA marcou alta de R$ 2,50/saca e com isso foi a R$ 157,50. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 152,40, se valorizando em R$ 2,50/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 158,00, com valorização de R$ 1,00/saca em relação as últimas cotações.
Fonte: T&F Agroeconômica