CHICAGO: Soja fecha em leve alta, mas não recupera a queda do dia anterior
Com o mês de maio entrando como mês de entrega, mudamos nossa base para julho. O contrato de soja para julho22 fechou em alta de 0,30% ou 5,0 cents/bushel a $ 1698,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em nova queda, de 0,10%, ou $ 1,50 cents/bushel a $ 1511,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 1,02%, ou $ 4,3/ton curta a $ 426,8 e o contrato de óleo de soja fechou em nova queda de 0,39% ou $ 0,31/libra-peso a $ 80,16.
A firmeza nos preços disponíveis permitiu um leve ganho. Permanece a preocupação com o fornecimento de óleos vegetais em todo o mundo. A Índia permitiu a importação com isenção de impostos de 2 milhões de tons de óleo de soja e óleo de girassol. O plantio nos EUA equivale a 50% da área pretendida (ligeiramente acima das expectativas do mercado). A possibilidade de a área passar do milho para a soja começa a desaparecer.
NASS Crop Progress: Os dados mostraram que o plantio da soja estava na metade do caminho em 22/05. O ritmo médio é de 55% plantado até a semana 21. O plantio de soja em IA ficou à frente do ritmo médio em 2% pontos com 69% no solo contra 34% na semana passada e 67% em média. Dakota do Norte ainda está bem atrás do ritmo, com o NASS mostrando apenas 7% plantado em comparação com 47% em média. MN também está atrás do ritmo com 32% plantado contra 68% na semana passada. A emergência nacional de soja subiu de 9% na semana passada para 21%, mas ainda 5ppts abaixo da média.
O governo da Índia autorizou a importação, livre de impostos, de 2 milhões de toneladas de óleo de soja e 2 milhões de toneladas de óleo de girassol por ano, informou o Ministério de Finanças do país nesta terça-feira. A isenção passará a valer amanhã e ficará em vigor por dois anos, até 31 de março de 2024. “Isso proporcionará um alívio significativo aos consumidores”, disse no Twitter o Conselho Central de Impostos Indiretos e Alfândegas. Segundo a S&P Global Commodity Insights, a Índia é o maior importador mundial de óleos vegetais e compra anualmente entre 13 milhões e 15 milhões de toneladas, principalmente de óleo de palma. No entanto, a Indonésia decidiu recentemente restringir as exportações da commodity.
A Indonésia está estabelecendo uma cota de exportação de óleo de palma que garantirá um suprimento doméstico mínimo, mas liberará o produto excedente.
A APK-Inform estimou a produção de óleo de girassol da Ucrânia em 22/23 em 5,3 MT, em comparação com 9,2 MT de 21/22.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Quedas seguem ocorrendo motivadas pela conjuntura do mercado
Embora no dia de hoje tenha ocorrido sucinta positividade no fechamento o dia trouxe médias ainda negativas, que se devem, em especial, aos impactos das demais posições do mercado. Tanto o milho, quanto o trigo exercem efeito sobre a soja e vice-versa, devido a esse entrelaçamento e a escassa força do dólar os preços seguem ainda em queda.
Ademais, o mercado segue como esteve antes no interior do Brasil, quase nenhuma expressão. Se os preços de antes já estavam ruins enquanto chegavam a R$ 200,00, agora que parecem querer retornar abaixo de R$ 190,00 ainda menos se vê em negócios.
Preços de Pedra: recuaram R$ 4,00/saca, indo a R$ 179,00. Preços no Porto: perda de mais R$ 2,00/saca fazendo com que os preços decaíssem a uma média de R$ 194,00/saca para o decorrer do dia.
Preços no Interior: perdas vistas apenas em Passo Fundo, que perdeu 1,58%, valor equivalente a R$ 3,00/saca fazendo com que o preço fosse a R$ 187,00 e em Ijuí que perdeu R$ 1,00/saca, fazendo com que o preço fosse a R$ 189,00. As demais posições, Cruz Alta e Santa Rosa seguem ambas em R$ 190,00, sem variações no dia.
- SANTA CATARINA: Dia parado, sem variações nos preços ou negócios
Com SC já estando em uma situação particularmente difícil para o mercado a mais tempo do que as demais posições de relevância no Sul, a tendência é que os preços se conservem um pouco mais, afinal já não há escoamento que se considere a pelo menos 2 semanas. Além disso, as melhoras vistas em Chicago e no dólar foram mínimas, dada a própria relação interna de oferta e demanda o mercado acabou sem impacto com Porto, que foi cotado a R$ 193,30
- PARANÁ: Pouca expressão no mercado Paranaense, Paranaguá em queda
A lógica segue a mesma no Paraná: o clima melhorou um pouco, mas os negócios seguem iguais, não há oferta de mercadorias a esses preços atuais e com a expressiva queda do milho as preocupações se voltam a este. Além disso, está sendo finalizada de uma vez por todas a colheita, que já estava praticamente terminada na semana passada, mas com algumas sobrinhas em alguns campos.
Com as tendências enfrentadas pelo mercado agora, com inclusive nova tensão de conflitos, agora por parte de Estados Unidos e China, toda a estrutura de demanda de grãos acaba passando por adaptações, no caso deste conflito a que me refiro, a China que antes costumava tomar mais milho dos EUA agora mira o Brasil como principal oferecedor do produto e com isso os prêmios tendem a subir, impactando a soja também.
Preço no Porto: queda de R$ 3,00/saca levando o preço a R$ 191,00. Preços no Interior: Cascavel, Maringá passam por manutenção com preços a R$ 175,00, Pato Branco também com preços a R$ 174,00 e Ponta Grossa também não se moveu com preços a R$ 187,00.
- MATO GROSSO DO SUL: Preços parados, nada de negócios
Mato Grosso do Sul passa por dia totalmente inexpressivo não reagindo ao mercado e permanecendo nos níveis anteriores, da mesma forma que o SC, os preços já estão a níveis bastante baixos e, portanto, não tendem a reagir a impulsos mínimos por parte do mercado.
Dito isso, vamos aos preços, todas as regiões foram mantidas nos preços anteriores. Dourados foi a R$ 175,00, Campo Grande foi a R$ 175,00, Maracaju foi a R$ 174,00, Chapadão foi a R$ 172,00 e Sidrolândia foi a R$ 173,00. Nada foi visto em negócios, produtor totalmente recuado diante destas propostas.
- MATO GROSSO: mercado em queda, perdas de até 3,74%
Este pregão referente ao mercado de dia 23 mostra um mercado em recuo, assim como foi visto nas demais regiões atualizadas no decorrer deste dia, estes preços são médias de mercadoria disponível fornecidas pela base de dados do BC Rural. Dito isso, vamos aos preços: Campo Verde a R$ 176,30, Lucas do Rio Verde a R$ 154,60 pendulando novamente ao costumeiro valor de início de semana ao perder 3,74%, Nova Mutum a R$ 172,00 após perda de R$ 1,00/saca, Primavera do Leste a R$ 173,30 após perda de R$ 3,00/saca, Rondonópolis, por sua vez, a R$ 176,80 após perda de 1,50% e Sorriso, pôr fim, a R$ 169,30 após perda de 1,28%.
- MATOPIBA: Dia sem movimentos, mercado em manutenção
Região de Balsas, no Maranhão, o preço da soja seguiu a R$ 180,00. O porto maranhense de Itaqui ficou a R$ 164,00. Porto Nacional-TO, por sua vez também não se moveu e ficou a R$ 150,40. Uruçuí-PI por sua vez não se moveu e permaneceu a R$ 174,50. Por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preços permaneceram a $ 172,00, para maio futuro o preço foi a R$ 153,00.
Fonte: T&F Agroeconômica