Por T&F Agroeconômica
RIO GRANDE DO SUL: Preços ainda em queda no RS, mercado lento
CONTEXTO DO DIA 26/12: Dia muito lento no RS, e assim seguirá até começo de janeiro. No estado, exportadores apenas compram seus complementos de carga, enquanto esmagadores dominam o mercado em todas as regiões (até no porto).
NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 148,00 para pagamento final de Janeiro.
NO INTERIOR: No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça, focado em fábricas.
- R$ 137,00 Cruz Alta – Fábricas – Pagamento Fevereiro;
- R$ 138,00 Passo Fundo – Fábricas – Pagamento Fevereiro;
- R$ 137,00 Ijuí – Fábricas – Pagamento Fevereiro;
- R$ 140,00 Santa Rosa / São Luiz – Fábricas – Pagamento Fevereiro;
- Preços de pedra, em Panambi, caíram para R$ 130,00 a saca, para o produtor.
PREÇOS FUTUROS: atingiram a marca de R$ 134,30 sobre rodas no porto, para entrega maio e pagamento final de maio/24
SANTA CATARINA: SC autoriza prorrogação do plantio da safra 23/24 em 20 dias
CONTEXTO DO DIA 26/12: O plantio de soja da safra 2023/24 foi prorrogado em 20 dias em Santa Catarina, informou a Secretaria de Agricultura do Estado, em nota. As adversidades climáticas, com excesso de chuvas, atrasaram a semeadura da soja no Estado e obrigaram ao replantio de culturas que antecedem a semeadura da oleaginosa, o que levou à prorrogação das datas-limite, conforme a região.
Assim, no sul do Estado o plantio poderá ser feito até 1º de março de 2024; no Planalto Norte até o Alto Vale do Itajaí, até 19 de fevereiro; no oeste catarinense até 19 de fevereiro e nas demais regiões até 30 de janeiro. “Buscamos a regionalização do calendário, para atender às necessidade dos produtores sem comprometer o controle sanitário”, afirma, na nota, o secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, referindo-se ao controle da principal doença da soja, a ferrugem asiática.
- PREÇOS: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 150,00, sem se mover.
PARANÁ: “Esta semana ninguém vende nada de soja”
CONTEXTO DO DIA 26/12: Na região dos Campos Gerais, no Paraná, o fim do ano também já chegou para o spot da soja. Não há comercialização, disse um, corretor local,
de Ponta Grossa. Até havia indicações de compra, mas produtores seguiam recolhidos. As propostas giravam em torno de R$ 135 por saca CIF Ponta Grossa, com embarque em janeiro e pagamento no fim do mesmo mês. Para embarque em janeiro e pagamento no fim de fevereiro, o preço subia a R$ 137 por saca CIF. Os valores ficaram estáveis e não houve contraoferta por parte de vendedor. “Esta semana ninguém vendeu nada de soja”, confirmou o corretor. Os últimos negócios reportados saíram entre R$ 142 e R$ 145 por saca, há cerca de uma semana.
Em relação à soja futura, da safra 2023/24, a ideia de compra girava em torno de R$ 130 por saca CIF Ponta Grossa, com entrega no começo de maio e pagamento no fim de maio. Produtores, entretanto, pediam pelo menos R$ 135 por saca, sem registro de acordos.
- NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção ainda a R$ 144,00 com pagamento em 29/01 e entrega ainda em janeiro.
- NO INTERIOR: O operador também não viu reporte de negócios para a soja da safra 2023/24. As indicações caíram de R$ 131 para cerca de R$ 124 e R$ 125 por saca CIF Ponta Grossa, com entrega em abril e pagamento em maio. Vendedores queriam R$ 135. “Se as propostas fossem de R$ 140, faria muito volume, mas a R$ 135 a turma já volta a vender”, aposta.
- NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 125,00.
MATO GROSSO DO SUL: Domingo 24 é o último dia para o plantio da soja no estado
CONTEXTO DO DIA 26/12: O último dia para o plantio de soja em Mato Grosso do Sul acontece neste domingo, dia 24 de dezembro. Após esta data, começa o período conhecido como vazio sanitário da soja, quando é proibido o plantio da cultura. A medida é adotada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, ligada à Semadec (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base em determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O vazio sanitário deve ter no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. O objetivo é reduzir ao máximo possível o risco de desenvolver a ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura.
A medida implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolver doenças ligadas aos fungos destas plantações.
PREÇOS: todas as posições se mantiveram iguais – em Dourados os preços foram cotados a R$ 131,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 130,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 129,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 131,00, e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 127,00.
MATO GROSSO: Negociações travadas no estado
CONTEXTO DO DIA 26/12: Na sexta-feira, havia relatos de chuvas desde o início da semana passada na região de Nova Mutum, com precipitações entre 60 mm e 80 mm. A situação animou os agentes de mercado, mas não foi suficiente para estimular as negociações. O mercado spot não rodou nenhum volume. Tradings pediam R$ 120 por saca FOB ou CIF, com entrega até 10 de janeiro e pagamento até o dia 15, enquanto produtores ofertavam o produto a R$ 125.
COLHEITA-IMEA: Mato Grosso iniciou a colheita da safra de 2023/24. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 0,99% da área prevista para a oleaginosa no Estado foi colhida nesta semana. Em relação à safra 2022/23, a colheita está atrasada 0,10 ponto porcentual. A região com os trabalhos mais adiantados é o médio-norte, com 1,78% da soja já colhida; depois vem a região oeste, com 1,69%; o sudeste, com 1,35%; e o centro-sul, com 0,30%. As regiões nordeste, noroeste e norte ainda não iniciaram a colheita.
PREÇOS PRATICADOS: Nova Mutum havia indicações a R$ 110, com entrega em fevereiro ou março. Os valores não sofreram alterações em relação aos de sexta-feira. A soja com base na BR-163, com prazo mais curto, tinha propostas de R$ 115 a RS 116, enquanto produtores pediam R$ 120.
MATOPIBA: Bahia plantou 87% da área pretendida
CONTEXTO DO DIA 26/12: Segundo o boletim da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) na última semana o ritmo da operação permaneceu lento. Muitas regiões produtoras não puderam dar continuidade à atividade devido à umidade insuficiente no solo. Nesse período, não foram registrados volumes consideráveis de precipitação e a estiagem prolongada continuou comprometendo o avanço da atividade, preocupando a maioria os agricultores. Áreas em estádios vegetativos, em V1 e V2, estão tolerando a estiagem com muita dificuldade.
Prevê-se que, durante essa semana, após o retorno das chuvas, muitos produtores intensifiquem a semeadura. Até o momento, cerca de 1,7 milhão ha de soja foram plantados, o que corresponde a 86,2% da área total estimada. O clima continua sendo uma variável decisiva para evolução e conclusão da semeadura no oeste da Bahia.
Na última semana, foi observado novamente uma a redução expressiva no ritmo de semeadura, justificada novamente pela má distribuição de chuvas nas regiões. Existem regiões onde não há registros de volumes de precipitação significativos a mais de 47 dias, onde essa irregularidade vem comprometendo o desempenho de muitas lavouras do oeste baiano.
PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 127,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 119,50 com alta de R$ 1,00/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 130,00 com baixa de R$ 1,00/saca.
GOIÁS: Replantio atinge 5% das lavouras de Goiás por causa do clima desfavorável
CONTEXTO DO DIA 26/12: Condições climáticas extremas e chuvas irregulares causadas pelo fenômeno climático El Niño levaram produtores a replantar 5% da área prevista para a soja da safra 2023/24 em Goiás, informou ao BroadcasAgro a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O número é considerado alto. Em igual período do ano passado, o plantio já estava concluído no Estado. Agora, além do replantio, há atraso de 5% na semeadura. O clima levou a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) a pedir ao Ministério da Agricultura a prorrogação do plantio do dia 2 de janeiro previsto inicialmente para o dia 12 de janeiro.
Até o momento, quatro municípios goianos decretaram estado ou situação de emergência ou de calamidade pública. São eles Baliza, Bom Jardim, Nova Crixás e Paraúna, todos na porção oeste de Goiás. Mas a situação preocupa em todo o Estado, disse ao Broadcast Agro o assessor técnico da federação, Leonardo Machado. “Temos muitos registros de atrasos no plantio e de perdas produtivas em lavouras precoces”, comentou. Ele alerta que a situação é preocupante em Cristalina, no sudeste, e em toda a divisa com a Bahia, no nordeste do Estado.
Nas últimas semanas, choveu com mais regularidade, segundo Machado. Para ele, ainda é difícil mensurar perdas produtivas. “Estamos orientando os produtores a registrar suas perdas para que, no momento oportuno, possam pedir compensação”, afirma. “Dificilmente a safra será cheia. Teremos perdas, mas ainda não é possível fazer um prognóstico dos prejuízos.” (AE)
Fonte: T&F Agroeconômica