MERCADO DO DIA

Feriado em Chicago – Comemoração do Dia do Trabalho – Mercados fechados

NOTÍCIAS IMPORTANTES:

BIODIESEL-Tudo sobre o novo projeto que apresenta política por DEZ ANOS para o biodiesel, que poderá elevar os usos e preços internos da soja no Brasil.

PROJETO DECENAL PARA O BIODIESEL: A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel apresentou na Câmara dos Deputados o projeto de lei 4196/2023, que cria o Plano Decenal do Biodiesel. O texto estabelece a política de mistura do biodiesel ao diesel para os próximos dez anos, regulamenta o mandato B20 (mistura de 20% do biocombustível ao óleo diesel), estabelece os porcentuais mínimos obrigatórios anuais e inclui o diesel verde como biocombustível. “É uma política nacional do biodiesel, focada na descarbonização do ciclo diesel, com previsibilidade e possibilidade de atingirmos uma mistura de 20%. É uma política com vantagem para a matriz energética”, disse o presidente da frente, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), ao Broadcast Agro. “Como dizer para a comunidade internacional que temos combustível limpo e optamos por fóssil. Precisamos de uma política mais agressiva para os biocombustíveis e com previsibilidade”, afirmou.

AVANÇOS DE 15% ATÉ 20% NA MISTURA: O plano estipula adoção de mistura mínima obrigatória de 15% em até 90 dias após a promulgação da lei, sendo passível de antecipação. O porcentual passará para 16% a partir de 1º de março do ano subsequente à promulgação da lei, para 18% a partir do segundo ano e para 20% a partir do terceiro ano. Quanto a eventuais reduções do cronograma pela CNPE, o projeto define que o colegiado poderá reduzir o porcentual mínimo obrigatório em até dois pontos porcentuais temporariamente por no máximo quatro meses. A eventual redução deverá ser reavaliada a cada trinta dias e somente será válida com estudos relativos à oferta e demanda que justifiquem a redução.

CRONOGRAMA: O cronograma vigente da mistura foi publicado pelo governo em março deste ano. A adição mínima obrigatória de biodiesel ao óleo diesel passou para 12% desde abril e irá evoluir 1 ponto porcentual anualmente, sempre em abril, até alcançar 15% em 2026. Atualmente, a regulamentação compreende até o mandato B15. A mistura de 20% depende ainda da regulamentação pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). “É uma decisão que depende do próprio governo. Se chegarmos à maior mistura de biodiesel, fomentamos a produção de soja, de farelo de soja e contribuímos na descarbonização da matriz energética”, observou Moreira.

ACRESCE MAIS UM PONTO A CADA DEZ ANOS: Além da política direcionada ao biodiesel, o projeto define que, a partir do quarto ano da promulgação do projeto, será acrescido um ponto porcentual de biocombustíveis no ciclo diesel por dez anos, sem prejuízo à mistura do biodiesel. O texto dispõe ainda sobre o sistema de informação da qualidade do diesel B ao consumidor final, sobre o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), sobre o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) e aborda o marco legal da captura e estocagem de dióxido de carbono.

REGIME DE URGÊNCIA: Segundo o presidente da FPBio, agora, com o projeto apresentado, a frente irá discutir a possibilidade de formar um acordo para tramitação em regime de urgência – quando o texto vai direto para avaliação no plenário sem tramitar em comissões. “Conversaremos com o presidente Arthur Lira (PP-AL), com as lideranças partidárias e avaliaremos se ele tramitará em algumas comissões ou se pode ir logo para o plenário. Mas é um caminho sem retorno. Definitivamente, teremos uma política nacional com previsibilidade”, afirmou Moreira.

VANTAGENS DO PROJETO: O presidente da FPBio lembrou que o setor do biodiesel buscava a construção de uma política de pelo menos dez anos para adição do biodiesel ao diesel em virtude da necessidade de preparar a indústria com antecedência à evolução da mistura. “Queremos aprovar essa garantia em lei e atualizá-la a cada final de ano. O projeto trabalha desde o sequestro de carbono, em nível ambiental, ao fomento de investimentos na cadeia. Além disso, dá segurança do cumprimento para as distribuidoras e conforto para o governo evitando interrupções abruptas nos preços e matéria-prima”, acrescentou.

NÃO COMPETE COM OUTRO: Na avaliação do presidente da FPBio, o PL não compete com o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, em estudo pelo governo, rejeita a ideia de atropelo ao Executivo e garante que o projeto é de ciência dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), vice- presidente Geraldo Alckmin, da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. “Não há nenhum problema de o biodiesel ser incluído no PL do Combustível do Futuro. Os ministros concordam que é preciso ter previsibilidade em lei. Não dá para deixar o setor sujeito à fragilidade de mudanças em portarias ou do conselho”, defendeu.

UBRABIO FAVORÁVEL: A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) se manifestou favorável ao projeto. Na avaliação da entidade, a política decenal deve “acelerar a descarbonização da matriz energética brasileira e dar maior segurança jurídica ao segmento dos biocombustíveis no país”. (Agência Estado, subtítulos nossos).

GIRO PELOS ESTADOS

Sem a referência de Chicago, sobra a qual são calculados os preços da soja no Brasil e no Mundo, não houve movimentação significativa em nenhuma praça brasileira, nesta segunda-feira, motivo pelo qual repetimos os dados da última sexta-feira.

RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a recuar na base de R$ 2,50/saca

CONTEXTO DO DIA: Vendedor gaúcho segue em compasso lento, como tem sido desde o início da colheita em março/abril, e só vende quando necessário sua soja. Compradores seguem com suas demandas focadas no outubro, com alguns espaços ainda no setembro. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia foi de R$ 162,50 para final de agosto, marcando baixa de R$ 1,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço caiu em R$ 1,50/saca, indo a R$ 155,50. Em Ijuí o valor foi a R$ 155,00, marcando baixa de R$ 1,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 154,50, também com baixa de R$ 1,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 155,00, finalmente, também com baixa de R$ 1,50/saca.

SANTA CATARINA: Baixa de preços de R$ 4,00/saca, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam baixa de R$ 4,00/saca em SC no ultimo pregão da semana, negócios enfraquecem em virtude da expectativa de maiores volumes de soja brasileira. O produtor, em resposta a baixa, continua segurando os volumes disponíveis, com escoamento cada vez mais baixo semana a semana. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 152,00 para 05/10 marcando baixa de R$ 4,00/saca.

PARANÁ: Baixas de até R$ 3,00/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira apesar das novas altas motivadas pela valorização do câmbio. Os volumes vistos hoje não passam dos níveis manutenção, escoamentos abaixo de 5.000 toneladas. Agora, o que ocorre ainda é um momento de realização de lucros e por conta disso, mesmo com os preços ainda subindo em algumas regiões, o produtor não mostra nenhuma disposição extra, toda a semana foi assim, com dúvida e falta de expressão por parte dos negócios. NO PORTO: cif Paranaguá marcou baixa de R$ 3,00/saca, indo a R$ 150,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa de R$ 3,00/saca, indo a R$ 140,00. Nas demais posições, Cascavel a R$ 130,34, marcando alta de R$ 2,29/saca, Maringá a R$ 129,00, sem movimentos e Pato Branco a R$ 134,95, com alta de R$ 2,67/saca. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 135,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações amenas, com o grão de soja passando por alta de 0,04%, o farelo em baixa de 0,86% e o óleo em alta de 1,28%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,21%, sendo cotado a R$ 4,9405 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Baixas de R$ 2,00/saca, negócios ainda lentos

CONTEXTO DO DIA: semana termina de forma mais fragilizada do que o cenário percebido na segunda-feira, dando continuidade ao ciclo que já dura 3 semanas. Na segunda o mercado tende a abrir mais positivo e entra em decadência enquanto progride por toda a semana, seguindo parados mesmo quando os preços estão subindo PREÇOS DE HOJE: em Dourados os preços foram cotados a R$ 129,00 após baixa de R$ 2,00/saca. Em Maracaju o preço foi a R$ 126,00 com baixa de R$ 2,00/saca. Em Sidrolândia o preço foi a R$ 124,00, com a mesma queda. em Campo Grande o preço foi a R$ 129,00 com baixa de R$ 2,00/saca e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 123,00, também se desvalorizando em R$ 2,00/saca.

MATO GROSSO: Quedas amenas de preços, semana termina sem negócios

CONTEXTO DO DIA: dia atribulado para o Estado de mato Grosso, com finalmente uma decisão sendo tomada em relação ao período de vazio sanitário e o ministério da agricultura aprovando os pedidos de plantio antecipado. Com isso, entramos em uma situação atípica em que a nova soja pode sair ainda antes do natal, esse cenário gera uma série de novas dúvidas, mas mercado deve voltar a responder em um âmbito mais micro agora que a situação foi solucionada. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 124,25 com desvalorização de R$ 0,50/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 118,50, com desvalorização de R$ 0,10/saca. Nova Mutum a R$ 119,20 com baixa de R$ 0,10/saca. Primavera a R$ 126,25, com desvalorização de R$ 0,50/saca. Rondonópolis a R$ 126,80, com baixa de R$ 0,50/saca. Sorriso, por fim, a R$ 118,00, com baixa de R$ 0,10/saca.

MATOPIBA: Dia basicamente ausente de movimentos, nada de novo no complexo

CONTEXTO DO DIA: Complicando nossa análise, o complexo de MATOPIBA continua sem nenhuma mudança. Conclui-se que não é possível ter uma visualização realmente confiável dos volumes negociados na região, pois nem mesmo os agentes do mercado sabem com precisão. O que pode ser analisado, no entanto, é que a comercialização de algumas partes já se mostra muito avançada, mais avançada do que no MT por exemplo e com isso os volumes restantes não são muito expressivos. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 126,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 130,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 120,83. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 131,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 128,50, subindo R$ 0,50/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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