FECHAMENTOS DO DIA (15/08): O contrato de soja para agosto22 fechou em nova queda de 2,69% ou $ 41,25 cents/bushel a $ 1493,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em leve queda de 2,54%, ou $ 37,0 cents/bushel a $ 1421,0. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em queda de 2,67% ou $ 12,4/ton curta
a $ 452,3 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em queda de 1,01% ou $ 0,70 libra-peso a $ 68,83.

AS CAUSAS DA QUEDA DE HOJE (15/08): Chuvas neste final de semana e Perspectiva de clima mais favorável no Meio-Oeste dos EUA, com queda nas temperaturas que podem criar mais chuvas, além da de sinas forte s desaceleração da economia chinesa que levantam preocupações sobre a demanda de matérias-primas e exportações fracas, com queda de 14,55% pressionaram as cotações da soja em Chicago nesta segunda-feira.

EXPORTAÇÕES DE SOJA TIVERAM QUEDA DE 14,6% EUA: O relatório semanal de Inspeções de Exportação registrou embarques de soja em 744.571 toneladas na semana que terminou em 11/08. Essa foi uma queda de 14,6% em relação à semana anterior, mas quase três vezes maior do que na mesma semana do ano passado. As remessas no acumulado do ano estão agora em 55,28 MMT, uma queda de apenas 5,93% em relação a 20/21.

ESMAGAMENTO MENOR EUA: O relatório da NOPA desta manhã mostrou que 170,22 mbu de soja foram esmagados em julho entre seus membros. Isso ficou abaixo da estimativa média de comércio, mas 9,7% maior ano/ano e o segundo maior para o mês já registrado, atrás de 2020. Os estoques de óleo de soja foram contabilizados em 1,684 bilhão de libras, abaixo das estimativas.

O QUE ACONTECEU COM A CHINA HOJE? Ao reduzir oficialmente a sua taxa de juros a China praticamente admitiu, também oficialmente, que sua economia não está indo bem e precisa deste empurrão. A economia chinesa deverá crescer apenas 3% neste ano, menor crescimento desde 1990. O desemprego entre jovens de 18-24 anos é de 19,9%. Com o freio de mão puxado, a China deverá comprar menos commodities, razão pela qual elas desvalorizaram drasticamente no início do pregão de hoje, recuperando-se parcialmente mais tarde.

ARCO AMAZÔNICO ULTRAPASSA DEMAIS REGIÕES NA MOVIMENTAÇÃO DE SOJA E MILHO: Pela primeira vez, os portos do chamado ‘Arco Amazônico’ movimentaram mais soja e milho em relação às demais regiões do Brasil. No primeiro semestre deste ano, os terminais da região Norte – mais a atividade no Maranhão, que também compõe o arco – foram responsáveis por 51% da movimentação dos dois produtos.

Os dados foram apresentados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) nesta segunda-feira, 15. Enquanto 41,5 milhões de toneladas de soja e milho passaram pelo Arco Amazônico, os demais portos registraram movimentação de 40 milhões de toneladas das commodities.

Em 2010, apenas 23% da soja e milho eram movimentadas pelo arco, contra 77% das demais regiões.Englobando portos como de Santarém, Santana, de Itaqui e Ilhéus, além de terminais como o de Vila do Conde e Ponta da Montanha, o Arco Amazônico fica a uma distância menor dos portos da Europa e Ásia e tem recebido mais infraestrutura de transporte e instalação de terminais nos últimos anos. De acordo com técnicos da Antaq, além do crescimento contínuo da região, o arco amazônico foi beneficiado, no primeiro semestre, pela seca enfrentada na região Sul, que reduziu a movimentação nos demais portos. (AE).

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas bastante expressivas de até R$ 4,5/saca, nada de negócios

Mercado operou o dia todo no lado negativo, causando completa ausência da parte dos vendedores. A causa é especialmente a aversão ao risco advinda da incerteza climática norte americana, não apenas a soja decaiu expressivamente, mas as commodities de forma geral. Vamos aos valores:

  • PREÇOS DE PEDRA: a R$ 175,00 permanecendo sem variações.
  • PREÇOS NO PORTO: Rio Grande passa por um dia de perdas expressivas indo novamente ao valor de R$ 188,50 após decair em R$ 4,50/saca.
  • PREÇOS NO INTERIOR: todas as posições marcam perdas bem expressivas, com Ijuí sendo a mais afetada após perda de R$ 4,00/saca, o que a levou a R$ 183,00. Quanto a Cruz Alta e Passo Fundo as perdas foram iguais em R$ 3,50/saca, levando os preços respectivamente a R$ 184,50 e R$ 183,50. Por fim, Santa Rosa foi a região menos afetada ao marcar perda de R$ 3,00/saca e ir a R$ 183,00.

SANTA CATARINA: Mercado parado, sem negócios

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca queda expressiva de R$ 7,00/saca e vai a R$ 186,00. Até o momento, o porto catarinense que já lida com volumes demandados bastante reduzidos foi a região mais afetada do Sul pelas baixas vistas tanto no dólar devido a insegurança financeira quanto em Chicago devido a insegurança climática.

PARANÁ: Perdas de até R$ 4/saca trava mercado

O produtor paranaense segue extremamente defensivo e mais focado nas lavouras de milho (que está colhendo) e trigo (que está terminando de plantar). Este aspecto foi acentuado nesta segunda- feira em que Chicago recuou forte 2,69% e foi apenas parcialmente compensado pela alta de 0,3%% do dólar. Desta maneira, os preços que os compradores puderam oferecer aos vendedore foi em média R$ 4,00/saca menor do que o dia anterior, o que os afungentou ainda mais.

  • PREÇOS NO INTERIOR: desvalorizações também gerais, com Cascavel e Maringá indo a R$ 166,00 após perda de R$ 2,00/saca e Pato Branco a R$ 165,00 após perda de igual magnitude. Ponta Grossa por sua vez caiu de forma muito mais expressiva, acompanhando
    o porto e foi a R$ 180,00 após perda de R$ 5,00/saca.
  • PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcaram perda de R$ 4,00/saca. Os preços foram a R$ 183,00 para 05/09, R$ 184,00 para 05/10 e R$ 185,00 para 04/11.

MATO GROSSO DO SUL: Quedas de até R$ 7/saca trava mercado

MERCADO: De forma costumeira, Mato Grosso do Sul reage de maneira muito expressiva às variações de Chicago e marca quedas na casa de R$ 7,00/saca para todas as posições demonstradas nesse relatório.

Da mesma forma que as demais posições, a completa insegurança por parte dos investidores na bolsa de Chicago causou efeitos vertiginosamente negativos nos preços brasileiros. Com uma demanda interna bastante fragilizada, não há como segurar as variações via paridade preço internacional. Nesses níveis não há interesse de venda, mas, sem competição externa, nem o comprador doméstico pagaria mais.

MATO GROSSO: Dia quase ausente de movimentos, mercado fraco

MERCADO: Os últimos dados trazidos com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi bastante negativo em termos de bolsa, com o dólar marcando baixa de 1,71% e Chicago baixa de 1,05% para soja grão. As demais variações de soja foram óleo a +2,02% e farelo a +0,43%, ainda assim, o estado reagiu sem nenhuma intensidade as perdas e segue respondendo apenas a conjuntura doméstica.

  • PREÇOS: Campo Verde a R$ 160,50. Lucas do Rio Verde a R$ 159,60. Nova Mutum a R$ 164,50, sem movimentos. Primavera do Leste a R$ 166,50, sem movimentos. Rondonópolis, por sua vez a R$ 171,00. Sorriso, pôr fim, a R$ 161,20 também sem se valorizar.

MATOPIBA: Dia ausente de movimentos

Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações com preço a R$ 170,00. O Porto Franco-MA, permaneceu também a R$ 170,00. Porto Nacional-TO, por sua vez, permaneceu a R$ 152,40. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 163,00. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00, com maio de 2023 indo a R$ 153,00, também sem movimentos.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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