RIO GRANDE DO SUL: Quedas de R$ 3,00/saca nesta quarta-feira, por queda do dólar
A queda do dólar de 1,49% suplantou de longe a alta de 0,82% das cotações em Chicago, do lado das exportações. Do lado do mercado interno, as recentes quedas de 2,59% nos preços do farelo de soja e de 5,17% nos preços do óleo de soja (vide nossa tabela ao lado). O resultado foi uma queda de R$ 3,00/saca nas principais praças do estado. Como consequência o volume negociado não passou de 8.000 toneladas.
SANTA CATARINA: Preços permanecem nos níveis de ontem, nada de negócios
Mercado segue nos níveis anteriores, sem mais indicações ou negócios ocorrendo. Os preços para a os subprodutos da soja, farelo ou óleo, têm encontrado dificuldade em permanecer competitivos e, por esse motivo, a demanda é quase que exclusivamente externa, vinda das tradings que, não estão em ótima situação, distante das ideias do produtor em cerca de R$ 10,00 a mais por saca. Além disso, a quantidade de soja disponível no estado é muito pequena. Muitos produtores estão focados no campo com as chuvas mais consistentes que ocorreram e não precisam de fato de vendas para agora, pois
já conseguiram capitalizar bastante a meses atrás.
PARANÁ: Quedas também de R$ 3,00/saca no Paraná
Paraná segue com os olhos voltados para o campo, não havendo muito interesse no mercado. Os preços recuaram 1,21% no porto e caíram entre 1,28% e 1,92% no interior.
Futuros 2022:
- R$ 165,00 pagamento 11/04/22 com entrega em março/22;
- R$ 165,60 pagamento 29/04/22 com entrega em abril/22;
- R$ 168,00 pagamento 31/05/22 com entrega em maio/22;
- R$ 170,70 pagamento 30/05/22 com entrega em junho/22.
MATO GROSSO DO SUL: Com queda nos preços e preocupação com plantio, mercado continua parado
Com queda nos preços, diante das quedas do dólar que suplantaram a alta de Chicago e com preços dos subprodutos estáveis ou em queda, os compradores não puderam aumentar os preços oferecidos aos agricultores.
Com isto e com a cabeça voltada para o plantio, se mantiveram distantes do mercado mais uma vez. Uma observação interessante é a da tabela ao lado: de junho até dezembro, o preço da soja subiu apenas 3,33%, menos do que a aplicação financeira no período, sem levar em consideração o custo de armazenagem de 5 meses. Não valeu a pena esperar, neste ano.
MINAS GERAIS: Nada de ofertas em Minas Gerais, mercado segue o mesmo
Minas gerais é um mercado específico, com condições meio a parte dos demais estados. Para começar, no começo do ano os produtores já haviam vendido 95% da soja do Estado, isto até o sexto mês; os outros 6 meses até agora foram um processo lentíssimo, quase parado de eliminação de cerca de outros 1% do total da safra 2020/2021. O produtor do estado sofreu muito por pensamentos sem muita base teórica, que os fez pensar que 2021 seria como 2020 e acabaria o ano com sacas a R$ 180,00.
A T&F Agroeconômica, já indicava em maio que o mais longe que esses volumes deveriam ir seria junho, o produtor que insistiu em guardar já perde consideravelmente, em especial em forma de aplicações financeiras. O resultado de agora é um mercado totalmente imóvel, parado até o próximo rally.
Fonte: T&F Agroeconômica