CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Melhorias nas condições das safras fragilizaram os preços. De acordo com o USDA, as condições para os lotes de soja melhoraram um pouco, quando o mercado esperava uma ligeira queda. Os óleos vegetais continuaram a enfraquecer, arrastando o grão para baixo. A evolução das mudanças climáticas nos EUA é acompanhada de perto.

ESMAGAMENTO DE SOJA EUA: O esmagamento de soja de junho foi confirmado em 174,06 mbu (4,74 mt). Isso correspondeu às expectativas comerciais. O volume de maio foi de 180,887 mbu (4,92 MT com um dia a mais de processamento) e junho de 21 foi de 161,73 mbu (4,40 MT). Os estoques de óleo de soja no final do mês foram de 1,912 bilhões de libras de acordo com o relatório mensal do USDA.

VISITA DE PELOSI A TAIWAN PODE ENFRAQUECER COMPRA CHINESA DE SOJA AMERICANA: “A última coisa que o mundo precisa agora é de uma briga entre EUA e China, tendo em vista o que já está ocorrendo entre Rússia e Ucrânia”, disse em nota Richard Buttenshaw, da Marex. “Mais especificamente para produtos agrícolas, se as coisas se deteriorarem, é possível que a China evite importar dos EUA – o que, como vimos nos anos de Trump, não é muito bom para os preços.” A China não respondeu militarmente, ainda. Resta saber se responderá reduzindo a compra de soja e milho dos EUA, aumentando as suas compras no Brasil.

PRIMEIRA REAÇÃO CHINESA: A China decidiu proibir mais de 100 fábricas de alimentos de Taiwan de importar produtos, segundo a mídia taiwanesa. O gesto da Administração Geral de Alfândegas da China, que também adicionou mais de 2 mil produtos alimentícios taiwaneses à sua lista negra, veio antes de uma possível visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan.

FRISIA AMPLIA OPERAÇÃO NO TOCANTINS E PREVÊ 50.000 HECTARES EM 22/23

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas de R$ 6/saca no balcão, R$ 2 no porto e R$ 2,00 no interior

MERCADO: Dia misto para o mercado de soja, com altas no câmbio e baixas muito expressivas na CBOT. Seguimos para o segundo dia do mês e a dinâmica já se inverteu totalmente. Após mais de uma semana marcando quedas expressivas no dólar e altas em Chicago, hoje o mercado trouxe valorização positiva de 1,94% para o dólar e perda de 1,83% para soja. Além disso, com quedas por parte dos prêmios o RS se desvalorizou de forma geral. Vamos aos preços:

  • PREÇOS DE PEDRA: foi a R$ 173,00 após desvalorização de R$ 6,00/saca.
  • PREÇOS NO PORTO: Rio Grande se desvaloriza em R$ 2,80/saca e vai a R$ 190,00, apenas nos últimos dois dias são R$ 7,00/saca de desvalorização.
  • PREÇOS NO INTERIOR: baixas gerais de R$ 2,00/saca por quase todas as regiões, o que levou Ijuí a R$ 185,00, Cruz Alta a R$ 186,00, e Santa Rosa a R$ 184,00. A única exceção foi Passo Fundo que perdeu R$ 1,00/saca e foi a R$ 186,00.

SANTA CATARINA: Preços sobem mesmo diante da fragilidade do mercado, mas agricultor não vende

Santa Catarina marca valorização para essa terça- feira, retornando a R$ 190,00/saca após ganho de R$ 2,00/saca. Apesar disso, após a alta nada foi efetuado em negócios, pois as vendas de sexta-feira foram suficientes para aquietar o mercado para esta semana. O porto de São Francisco do Sul foi a R$ 190,00 para pagamento ao fim de setembro.

PARANÁ: Mercado continua muito pontual

Cenário interno do Paraná segue sem mudança pelo segundo mês, não havendo interesse por parte do produtor ou do comprador em efetuar negócios acima do escoamento base. A semana passada foi marcada por expressivas altas de preços, que, embora tenham ocasionado bom fluxo de vendas nas demais regiões estudadas neste relatório, teve pouquíssimo resultado no Paraná que seguiu negociando a níveis mínimos.

Neste dia 02/08/22 houve mudanças expressivas na dinâmica de preços, com o Chicago e câmbio fazendo força opositora um ao outro e impedindo grandes movimentações, com o grão caindo -1,83%, farelo subindo +0,33% e óleo caindo -1,48%. O dólar se valorizou em 1,94%, indo a R$ 5,2792.

  • PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcou altas gerais de R$ 1,00/saca, o que levou os preços a R$ 188,00 para 05/09, R$ 190,00 para 05/10 e R$ 191,00 para 04/11.
  • PREÇOS NO INTERIOR: permaneceu majoritariamente parado, com apenas Ponta Grossa se valorizando em R$ 2,00/saca e indo a R$ 185,00. Quanto a Cascavel e Maringá os preços permanecem em R$ 166,00 e em Pato Branco permanece a R$ 165,00.
  • PONTA GROSSA FUT: R$ 186,00 para pagamento em 15/09, marcando valorização de R$ 1,00/saca.

MATO GROSSO DO SUL: Boas altas, mas preço não entusiasmou os vendedores

MS marca dia de boas altas enquanto o mercado tenta se equilibrar das baixas vistas ontem. Hoje, assim como no dia anterior, Chicago se desvalorizou de forma expressiva, mas desta vez o dólar se valorizou de forma a conter essas quedas. Ademais, vamos aos preços: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia após valorização de R$ 3,00/saca foram respectivamente a R$ 175,00, R$ 175,00, R$ 174,00 e R$ 173,00. Chapadão do Sul foi a região que menos subiu e se valorizou em R$ 2,00/saca, indo a R$ 170,00.

MATO GROSSO: Imea espera aumento da área de soja para 22/23 em 2,92% para 11,81 M hectares

MERCADO: Mato Grosso deve semear 11,81 milhões de hectares de soja na safra 2022/23, reafirmou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim de estimativa de área e produtividade divulgado hoje. Se esta área for confirmada, será 2,92% maior em relação à safra 2021/22.

Já o rendimento deve alcançar 58,58 sacas por hectare em 2022/23, indicando um recuo inicial de 1,26% em relação ao ciclo anterior, disse o Imea, acrescentando que, daqui por diante, “os olhares se intensificam em relação ao clima, visto que restam menos de 45 dias para o fim do vazio sanitário da soja em Mato Grosso”.

Segundo o Imea, em relação ao regime de chuvas, para setembro, a média dos modelos climáticos do NOAA aponta chuvas dentro das médias históricas. “O maior volume de precipitações está previsto para outubro, período em que quase todo o Estado poderá ter chuvas acima da média histórica”, cita o instituto. Entretanto, o fenômeno La Niña pode interferir no regime de chuvas, “como atrasos nas precipitações do início da primavera em Mato Grosso, postergando, desse modo, a semeadura de soja”.

MATOPIBA: FRÍSIA amplia operação no Tocantins

A cooperativa Frísia, que tem sede em Carambeí, no Paraná, estima que na safra 2022/23 semeará 50 mil hectares de grãos no Tocantins, onde começou a plantar há seis anos. Serão 35 mil hectares com soja e 15 mil hectares com milho safrinha. Em 2016, ano da chegada da cooperativa ao Estado, a área total não atingia 4 mil hectares.

No Tocantins, são 134 cooperados em municípios da região central. “Já iniciamos estudos para futuros entrepostos em outros municípios de atuação”, conta, em nota, a coordenadora Comercial da Frísia no Tocantins, Erica Lima, como Dois Irmãos do Tocantins, Araguacema, Abreulândia e Goianorte.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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