Safra brasileira-boa produção do Sul pode compensar quebra no norte: Apesar dos cortes, há expectativa de que os volumes sejam compensados, ao menos em parte, com a safra dos Estados mais produtivos da região Sul: Paraná e Rio Grande do Sul. O presidente da Agroconsult, André Pessôa, disse que o pessimismo em relação ao clima não considera a situação das lavouras da região, que estão indo muito bem. Esta consultoria, que percorre fisicamente as lavouras brasileiras através do seu Rally da Safra, estima que o Brasil deverá produzir 161,6 milhões de toneladas de soja em 2023/24. Segundo Pessôa, esse potencial deverá ser atingido em função da área e de recuperações no Sul;

Mas, as próprias consultorias têm ideias bem diferentes: Consultoria 1, 156,6MT; consultoria 2, 161,9 MT; Conab, 162,42 MT; consultoria 3, 163,5 MT; consultoria 4, menos que 150 MT;

Chuvas moderadas na região seca Centro-Oeste do Brasil: pudemos comprovar pessoalmente a ocorrência destas chuvas durante um curso on-line ministrado para uma fazenda em Nova Ubiratã-MT, em que nos foi relatado que “começou a chover aqui”;

A boa evolução do clima nas áreas agrícolas da Argentina, que recebem chuvas com maior regularidade, contribuem para a tendência baixista neste momento. Aparentemente, as próximas safras argentinas de soja e milho tendem a voltar aos volumes cheios de alguns anos atrás, antes de serem afetadas duramente pela seca;

Apesar de fechar em queda no dia (-1,9% no dia e -0,70% na semana na CBOT e -0,70% no dia e -0,20% na semana, segundo o Cepea) os preços da soja avançaram 3,40% no mês em Chicago e 1,14% no Brasil, segundo Cepea. Com isto, os preços pagos aos agricultores subiram em todas as regiões brasileiras, exceto Canarana-MT, como mostra nossa tabela acima.

Lucratividade da soja: segundo o Deral-PR o custo total de produção da soja está em R$ 114,87/saca, para uma produtividade de 48 sacas por hectare. Com isto a lucratividade da soja no Paraná cujos preços oscilam entre R$ 128 e R$ 130/saca, teria lucros entre 11,43% e 13,17%.

Já para o Rio Grande do Sul, onde os preços oscilam entre R$ 137,00 e R$ 142,50, a lucratividade estaria entre 19,26% e 23,62%. No Mato Grosso os estudos do IMEA indicam um custo de R$ 111,21/saca, para um preço médio de R$ 122,00/saca, então o lucro estaria ao redor de 9,70%.

SOJA fechou dia (24/11) e semana em baixa com fraca demanda pelo grão americano e clima no Brasil

FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,90 %, ou $ -25,75 cents/bushel a $ 1330,75. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,82 % ou $ -25,25 cents/bushel a $ 1362,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,15 % ou $ -0,7 ton curta a $ 457,4 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -3,86 % ou $ -2,07/libra-peso a $ 51,53.

CAUSAS DA BAIXA DE HOJE: A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. Em dia de sessão reduzida e após o feriado americano a oleaginosa perdeu força visto o baixo volume vendido na semana. A queda no comparativo semanal foi de 75% e 47% em relação à médias das últimas 4 semanas. No entanto, vendas avulsas foram reveladas essa sexta-feira, o que limitou a baixa na cotação.

O bom avanço do plantio na Argentina e o clima mais ameno no Brasil durante a semana também pressionaram a cotação da soja. Com isso a soja fechou a semana em queda de -0,71% ou $ -9,50 cents/bushel para os contratos de janeiro24. O farelo de soja acumulou ganhos de 0,92% ou $4,10/ton curta no período. O óleo de soja fecho a semana em queda de -0,92% ou $-0,48/libra-peso. Ambos para dezembro24.

Fonte: T&F Agreconômica



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