FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,78% ou $ 12,0 cents/bushel a $ 1539,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,67%, ou $ 10,25 cents/bushel 0 $ 1537,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de $1,09/ton curta ou $ 482,2 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,93% ou $0,78/libra-peso a $ 63,84.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros da soja fecharam em alta, diante da queda do dólar que estimula as exportações americanas. Também o clima ainda seco na Argentina levam o mercado a reduzir a sua produção. Nos EUA, sinais de manutenção da demanda forte também deu suporte aos preços. Por outro lado, a produção brasileira e as incertezas da demanda chinesa limitaram os ganhos.

FATORES QUE INFLUENCIARAM CHICAGO NESTA TERÇA-FEIRA

a) O PIB da China em 2022 ficou abaixo das estimativas com um aumento de apenas 3%, o que pode oferecer alguma resistência aos mercados de commodities (em 2021 foi de 8,1%);

b) As compras de soja dos EUA pela China em 22/23 aumentaram 15% em relação ao ano passado;

c) Na semana passada, a Bolsa de Rosario reduziu a produção de soja da Argentina em 12 MT (para 37 MT);

d) A safra de soja da Argentina é classificada apenas 7% de boa a excelente.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

NOVA VENDA EUA: USDA anunciou uma venda de exportação privada de 119k MT de soja para um comprador desconhecido esta manhã (terça).

EXPORTAÇÕES SEMANAIS EUA: O relatório semanal de Inspeções mostrou que 2.075 MMT de soja foram embarcados durante a semana encerrada em 12/01. Isso foi superior à exportação de 1,456 MMT da semana passada e foi 207k MT acima da mesma semana do ano passado. O USDA teve a exportação acumulada da temporada em 32,17 MMT até 1/12, em comparação com o ritmo de 33,65 MMT do ano passado.

ESMAGAMENTO EUA: Os membros do NOPA relataram uma baixa de 3 anos para o esmagamento de dezembro, com 177,5 mbu processados. Os analistas esperavam 182,9 mbu em média, com o menor valor em 174,4. As ações da BO foram contabilizadas em 1,791b lbs, um pouco acima da estimativa da média comercial.

BRASIL COLHEITA: Uma consultoria privada brasileira informou que a colheita de soja em 0,6% terminou em 1/12.
Isso está abaixo do ritmo de colheita de 1,2% visto na temporada passada.

ANEC ELEVA PREVISÃO DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO BRASIL EM JANEIRO: A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) aumentou a projeção de embarques de soja neste mês de 1,970 milhão para 1,999 milhão de toneladas. O Brasil deve exportar, ainda, 1,587 milhão de toneladas de farelo em janeiro, acima do total de 1,404 milhão de toneladas previsto na semana passada. Na semana entre 8 a 14 de janeiro, o Brasil exportou 316.887 toneladas de farelo e, para a semana entre 15 e 21 de janeiro, os embarques devem atingir 428.759 toneladas de farelo e 290 mil toneladas de soja.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas de R$ 3/saca e nada de negócios no porto

MERCADO continua a seguir o caminho de quedas, mencionado nos relatórios anteriores e registra nova redução de preços. A previsão é de que essa tendência seja temporária, pois os fundamentos em Chicago apontam para soja mais cara no futuro, devido a estoques menores do que o sprevisto, mas já se mostra mais duradoura do que inicialmente esperado.
No entanto, por enquanto, as flutuações cambiais estão influenciando os movimentos e as quedas do dólar estão puxando os preços para baixo. Hoje, o dólar marcou queda significativa, mas o que mais pesou certamente foi a ausência de demanda para os preços oferecidos, o mercado segue extremamente lento e sem muita razão para mudar no momento.

Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, a única indicação de preços foi de R$ 178,00, marcando perda de R$ 3,00/saca em relação às ultimas cotações. No interior, todas as posições marcaram quedas de expressivas de igual proporção, com Cruz Alta indo a R$ 177,00 após queda de R$ 3,00/saca. Ijuí marcou perda de R$ 3,00/saca, indo a R$ 177,00 e Passo Fundo caiu em R$ 3,00/saca, indo a R$ 176,00. Santa Rosa por sua vez se desvalorizou em R$ 3,00/saca e caiu a R$ 178,00.

SANTA CATARINA: Queda de R$ 3,00/saca no porto, alguns negócios efetuados

De forma a se manter ainda dentro das expectativas de piora no curtíssimo prazo, mercado de Santa Catarina passa por dia de quedas de preços. Ainda assim, alguns poucos negócios foram efetuados, pois problemas de armazenamento começaram a surgir e espaço precisa ser liberado com relativa urgência. A demanda segue alta por todo o Brasil e a preocupação com o clima e qualidade da safra também, no entanto, a esses preços apenas os vendedores que precisam muito efetuam algum negócio. São francisco do Sul a R$ 178,00, queda de R$ 3,00/saca.

PARANÁ: Mercados seguem lento, alta no porto e em Ponta Grossa

CONDIÇÕES DA SAFRA: segundo relatório Deral No período entre 10 e 16 de janeiro, o tempo ficou instável com chuvas fracas a moderadas registradas em grande parte do estado. Muitas cidades receberam mais da metade da média climatológica para o mês de janeiro. Como resultado das chuvas, as temperaturas ficaram um pouco abaixo do normal para a primeira quinzena do mês. Além disso, a condição da soja se deteriorou, com agora 80% estando boa, 15% estando média e 5% ruim. Apenas 4% do total plantado alcançou maturação, mas frutificação já chega nos 60%, com isso não deve demorar muito para a colheita ser iniciada.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços em alta de R$ 2,00/saca, balor mais próximo a R$ 182,00, fevereiro trouxe preços a R$ 175,50, Março a R$ 173,00 e Abril a R$ 171,00. PREÇOS NO INTERIOR: Ponta Grossa marcou alta de R$ 5,00/saca, indo a R$ 180,00. Cascavel e Maringá passaram por manutenção de preços, mantendo-se a R$ 161,00. Pato Branco acompanhou, mantendo-se também a R$ 161,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de quedas expressivas, negócios parados

Mato Grosso do Sul registrou um dia de quedas expressivas no mercado, com negócios paralisados e preços em baixa. A situação foi causada por uma combinação de fatores, incluindo variações cambiais e incerteza climática. Os fundamentos apontam para a soja bastante cara mais para frente, no entanto, por enquanto, as quedas do dólar estão puxando os preços para baixo. Além disso, as tradings estão passando por um período de baixíssima competitividade, o que tem contribuído para a paralisação dos negócios. Muitos agricultores e traders estão esperando para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e poucas negociações efetivadas, deixando o mercado em um estado de incerteza.

Esses são os preços da soja: Dourados a R$165,00 (queda de R$ 5,00). Campo Grande a R$165,00 (queda de R$ 5,00). Maracaju a R$164,00 (queda de R$ 5,00). Sidrolândia a R$163,00 (queda de R$ 5,00). Chapadão do Sul a R$161,00 (queda de R$ 6,00).

MATO GROSSO: Altas de até R$ 3,50/saca em algumas regiões, negócios parados

Mato Grosso, um dos principais estados produtores de soja no Brasil, tem enfrentado altas parciais no mercado da commodity. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essas altas parciais no mercado de soja de Mato Grosso. Além disso, a demanda global por soja também pode estar afetando os preços. Se no dia em que as notícias a respeito de inflação norte americana saíram o dólar reagiu positivamente, esse clima certamente não se manteve, com a moeda voltando a se desvalorizar, ainda assim a demanda interna somado às valorizações de Chicago tem se mostrado suficientes para manter os preços mais competitivos nessa região.

Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 160,00 (alta de R$ 3,50). Lucas do Rio Verde a R$ 154,20 (alta de R$ 1,90), Nova Mutum a R$ 149,50. Primavera do Leste a R$ 156,50, Rondonópolis a R$ 161,80 (alta de R$ 3,30) e Sorriso a R$ 149,50.

MATOPIBA: Dia sem mudanças de preços, mercado segue travado

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando completa manutenção de preços e com isso, mantendo-se a R$ 161,00. O Porto Franco-MA marcou também manutenção e segue R$ 152,50. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 149,90, mantendo-se no preço anterior. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 160,00, também sem novas mudanças. Apesar do dia consistente de hoje o mercado se mantem caminhando por terreno de baixas.

Fonte: T&F Agroeconômica



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