FECHAMENTOS DO DIA 30/12: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,68% ou $ 10,50 cents/bushel a $ 1519,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,44%, ou $ 6,75 cents/bushel a $ 1530,0. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 3,10% ou $ 14,4/ton curta a $ 478,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 3,90% ou $ 2,59/libra-peso a $ 63,81.

CAUSAS DA ALTA: Quinta sessão consecutiva de alta, com prêmios de risco climático pela seca na Argentina. O mercado segue monitorando também a seca no Rio Grande do Sul, grande estado produtor. Mesmo assim, os analistas estão esperando uma safra recorde no Brasil.

FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:

a) A soja foi negociada em alta, mas caiu significativamente em relação às máximas do início da manhã, que a tinham levado a subir mais de 20 centavos;

b) O USDA informou um aumento de 704,87mil tons de soja nas vendas de exportação para 22/23 e os embarques de exportação da semana passada de 1,85 MT ficaram acima dos 797,4 mil tons necessárias para atingir as estimativas do USDA de 55,65 MT em 22/23;

c) Os compromissos de exportação de soja até agora totalizam 43,11 MT em 22/23 e são 4% superiores ao ano anterior;

d) O farelo de soja subiu mais de 2,5%, enquanto o óleo de soja caiu, apesar da alta do petróleo bruto.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 30/12

FUNDOS CONTINUAM APOSTANDO NA ALTA DA SOJA: O relatório semanal da CFTC mostrou que os Fundos tinham 128.616 contratos líquidos comprados de soja, em 27/12. Isso foi 5.047 contratos a mais durante a semana, com novas compras líquidas. Já os hedgers comerciais de soja fecharam 33.591 contratos durante a semana, deixando-os com 1.703 contratos a mais de venda líquida em 163.130. Nos produtos, os Fundos compraram 9 mil novos contratos de farelo, ficando comum total de 129.989 contratos líquidos de compra. Para o óleo de soja, os Fundos transformaram 3 mil contratos de venda para compra – deixando-os com 65.587 contratos líquidos comprados em 27/12. Já os comerciais ficaram 8k contratos mais vendidos líquidos via liquidação de compra.

ARGENTINA-500 MIL HECTARES ABANDONADOS: A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) mostrou que 500 mil hectares (~1,2 milhão de acres) de área de soja podem ser abandonados devido à seca. A BCBA manteve a área de 16,4 milhões de HA conforme sua previsão, mas mencionou que o ritmo de plantio está 9,2% atrás do ano passado, com 72% de acabamento.

NOVA VENDA EXPORTAÇÃO EUA: O USDA anunciou uma venda de exportação privada de 186k MT de soja para destinos desconhecidos.

DADOS SEMANAIS EXPORTAÇÃO SOJA EUA: Dados semanais de vendas de exportação mostraram que 705.813 toneladas de soja foram vendidas durante a semana encerrada em 22/12. Isso foi 6% maior semana/semana e um aumento de 84% em relação à mesma semana do ano passado. A China foi o maior comprador da semana, embora 334k MT de seus 521 tenham sido trocados de desconhecidos. Os dados têm compromissos totais de safra antiga 3,4% à frente do ritmo do ano passado, com 43,108 MMT.

DADOS SEMANAIS EXPORTAÇÃO SUBPRODUTOS EUA: Para os produtos, o USDA teve 264.311 MT de vendas de refeições. O comércio procurava entre 125k e 300k MT. Os compromissos acumulados de farelo de soja atingiram 6.121 MMT em 22/12. As vendas de óleo de soja foram de 5.423 MT, em comparação com 822 na semana passada e 9.302 MT na mesma semana do ano passado. Os comerciantes esperavam menos de 30k MT. Os compromissos acumulados de óleo de soja foram de 36.690 MT em 22/12.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercados travados por falta da cotação do dólar

Mercado segue apático, com fábricas no interior mais competitivas do que as tradings no porto. Hoje os preços pouco se moveram em resposta a apatia dos compradores e vendedores, que apenas aguardam o ano novo. Mesmo as cotações de Chicago e o dólar marcaram um dia de menor volatilidade e assim não houve muita diferença nos preços, exceto por uma pequena alta no porto e uma pequena baixa no interior.

Continuamos a reproduzir os preços como referência para o início das negociações de 2023:
No porto, preço passa por alta de R$ 0,50/saca e vai a R$ 189,00. No interior, todas as posições marcaram manutenção com exceção de Santa Rosa que marcou queda de R$ 1,00/saca. Com isso, Ijuí segue a R$ 182,00 e Santa Rosa a R$183,00. Passo Fundo a R$ 182,00, Cruz Alta a R$ 182,00.

SANTA CATARINA: Permanece parado, nada de negócios

Santa Catarina continua firme em seus preços, sem que novas quedas ocorressem, mas também não se viu altas de nenhum tipo, algo que deveria ter sido diferente hoje devido as boas altas vistas em Chicago, mas o valor não foi convertido para os preços dessa região. Porto de São Francisco do Sul segue a R$ 180,00.

PARANÁ: Sem dólar, o mercado permaneceu ausente

FINAL DE ANO: Sem a cotação fundamental do dólar o mercado paranaense de soja permaneceu travado, nesta sexta-feira. Mesmo assim continuamos a reproduzir as cotações como referência para o início das negpciações de 2023. A demanda interna segue bem fraca e o produtor aguarda as melhoras mais expressivas que devem vir em janeiro. Além disso, nesse período final do ano, há muita especulação sobre o que ocorrerá com o clima, por isso aguardar por janeiro antes de tomar qualquer decisão é especialmente importante. Segundo consultores de mercado, pouco se viu em movimentação por toda a semana e parte da razão é essa incerteza climática.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por baixa de R$ 3,00/saca, com a indicação mais próxima a R$ 180,00, fevereiro trouxe preços a R$ 173,50, Março a R$ 171,00 e Abril a R$ 170,00.

PREÇOS NO INTERIOR: de forma geral marcaram manutenção, apenas, Ponta Grossa se valorizou ao subir em R$ 1,00/saca, indo a R$ 181,00. As demais posições, Cascavel, maringa e Pato Branco marcaram manutenção, se mantendo respectivamente a R$ 163,00, R$ 163,00 e R$ 162,00.

MATO GROSSO DO SUL: Sem dólar, sem mercado

Mercado sul-mato-grossense continua passando por quedas e valorizações de igual proporção, os preços de hoje demarcando um fundo que até o momento não foi ultrapassado. Se o mercado voltar a se valorizar ou permanecer em manutenção, a lógica previamente estabelecida será mantida. Por aproximadamente um mês os preços não caíram além do que vemos hoje, embora suba e volte novamente para essa posição, as vezes com espaço de uma ou duas sessões, mas sempre retornando. A tais preços, muitas vezes o produtor nem mesmo fixou valores, deixando o mercado abandonado enquanto foca na colheita de outros grãos. Além disso, de forma geral produtor acredita em valorizações em janeiro e por conta disso não se move. A esses preços, mesmo com a safra já completamente plantada não ocorreu qualquer negócio, nestes níveis a oferta é muito sensível a qualquer variação, mas segue abaixo do mínimo esperado para incentivar o vendedor. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 172,00. Campo Grande a R$ 172,00. Maracaju a R$ 171,00. Sidrolândia a R$ 170,00. Chapadão do Sul a R$ 170,00.

MATO GROSSO: Mercado ausente de variações, alguns negócios efetuados

Mercado mato-grossense passa o dia sem variações, ainda não tendo recebido o efeito das variações do dólar ou de Chicago na prática, algo que se deve em especial ao quase inexistente incentivo para se efetuar negócios a esse ponto do ano. Ademais, apesar dos preços congelados e da falta de incentivo, alguns negócios foram efetuados, mas assim como os últimos que ocorreram nas semanas anteriores, são volumes mais para frente, marcados para o fim de março apenas. Estima-se que 5.000 toneladas foram negociadas. Vamos aos valores: Campo Verde a R$ 166,60 marcando manutenção de preços. Lucas do Rio Verde a R$ 149,60, mantendo-se. Nova Mutum a R$ 153,00, mantendo-se. Primavera do Leste a R$ 160,90. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 162,90. Sorriso, por fim, a R$ 152,50.

MATOPIBA: Dia ausente de movimentos, nada de negócios

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção, com isso o preço segue a R$ 154,00. O Porto Franco-MA marcou manutenção e com isso o preço segue a R$ 170,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 161,00, também em manutenção. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 157,00, marcando manutenção de preços. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 165,00, mantendo-se, e com maio a R$ 156,00, marcando também manutenção.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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