FECHAMENTOS DO DIA 03/03: O contrato de soja para março23 fechou em alta de 0,71% ou $ 10,75 cents/bushel a $ 1530,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,63%, ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1518,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,37% ou $ 5,00 cents/bushel a $ 1364,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,80% ou $ 8,8/ton curta $ 498,1 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em baixa de -1,27% ou $ -0,78/libra-peso a $ 60,61.
CAUSAS DA LEVE ALTA: Renovados temores com o clima na Argentina, sustentaram os preços da farinha e do grão. O mercado começa a incorporar as possibilidades de novos cortes na produção. A chegada de uma grande safra ao Brasil limitou os ganhos.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 03/03
ARGENTINA REDUZIU E PODE REDUZIR MAIS A SAFRA DE SOJA: A Bolsa de Grãos de Buenos Aires reduziu a proporção de soja em condição excelente/normal de 40 para 33%, ante 77% na mesma época em 2022. E alertou que se “as altas temperaturas persistirem e junto com a ausência de chuvas, a atual estimativa de produção, de 33,5 milhões de toneladas, que inclui uma quebra de 10,4 MT, pode registrar uma nova atualização”.
BRASIL-CONSENSO PARECE SER DE 153 MT: Tanto o USDA como a principal consultoria privada a fazer estimativas de safra, Agroconsult, no país, estimam uma produção de soja no Brasil, para a safra 2022/23, de 153,0 milhões de toneladas, contra uma estimativa inicial de 155,5 MT. Esta estimativa leva em consideração as quebras das safras do Sul do país, que foram parcialmente compensadas com a melhoria das safras do Centro-Oeste, que receberam quantidades adicionais de chuva. A produção de 153 MT representa um aumento de 23,5 MT sobre as 129,5 MT produzidas na safra passada e que compensariam com sobra a quebra da safra argentina.
ARGENTINA: Os “dólares soja” tiveram o mesmo custo fiscal que cortar as retenções pela metade: Após o discurso de abertura das sessões legislativas de 2023, onde o Presidente Alberto Fernández fez algumas menções aos recordes de exportação agrícola, as entidades rurais enfatizaram os direitos de exportação. A Sociedade Rural Argentina (SRA) alertou que as diferentes versões do dólar da soja tiveram o mesmo custo fiscal que reduzir os impostos de exportação para 50%. A entidade realizou um trabalho técnico, onde concluiu que até 2023 os direitos de exportação representarão cerca de US$ 8,5 bilhões, com alíquotas que variam de 4,5 a 33%: Por sua vez, o “dólar da soja” 2022 teve um custo fiscal de US$ 4.437 milhões, o equivalente a reduzir as taxas de retenção em 52% em média. Para o Brasil, serve como exemplo para desencorajar qualquer tentativa de implantar procedimento semelhante.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas gerais de até 3,00/saca
CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja continua a sentir o peso da entrada da safra brasileira, tanto no mercado derivativo em Chicago e se arrasta sem muitas perspectivas, temos até visto altas de preços, mas a situação deve persistir até o começo da nova colheita. Apesar disso, Chicago se recupera consideravelmente, e empurra os preços fortemente para cima. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em março é de R$ 177,50 sobre rodas no melhor momento. Isso representa alta de R$ 3,50/saca. NO INTERIOR: nas cidades de Cruz Alta e Ijuí os preços foram de R$ 171,00 e R$ 170,00 respectivamente, marcando alta de R$ 3,00/saca em ambas. Em Santa Rosa assim como em São Luiz ocorreu alta de R$ 2,00/saca, os preços foram a R$ 170,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço subiu em R$ 3,00/saca e foi a R$ 170,00.
SANTA CATARINA: Preços sobem em R$ 2,50/saca, alguns negócios efetuados
CONTEXTO DO DIA: com o susto da valorização de Chicago, alguns produtores olharam para o mercado e efetuaram pequenas vendas abaixo de 1.000 toneladas. Apesar disso o cenário ainda não mudou. PREÇOS DE HOJE: preço se valoriza em R$ 2,50/saca no porto. No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 172,00 para março com entrega ainda em março.
PARANÁ: Dia de valorizações por todo o interior, negócios lentos
CONTEXTO DO DIA: mercado segue lento, dando continuidade na colheita e plantio quando possível e sendo fortemente atrapalhados pelo excesso de humidade que danifica a safra. Fora isso, altas seguem sendo vistas por todo interior motivadas pelo novo folêgo de Chicago, mas porto volta a se desvalorizar. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 170,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro registrando baixa de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot registrou manutenção em Ponta Grossa, o que manteve seu preço a R$ 166,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, ocorreu alta de R$ 1,00/saca. Os preços foram respectivamente de R$ 158,00, R$ 158,00 e R$ 157,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 158,00, também sem novos movimentos.
SAFRA 2023: há uma indicação de preço nominal de R$ 168,00 posto Ponta Grossa para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023, mostrando manutenção. Enquanto no porto, a indicação é de R$ 172,00 posto Paranaguá para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023, mostrando alta de R$ 1,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou pouca variação, com o grão de soja se recupera em 0,71%, o farelo sobe 1,80% e o óleo cai 1,27%. Já o dólar se desvaloriza levemente em 0,07%, sendo cotado a R$ 5,2002 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de variações, nada de negócios
CONTEXTO DO DIA: Mato Grosso do Sul vê mercado parado após boas recuperações de preços durante toda a semana. Apesar disso, valores seguem de forma geral, abaixo dos preços que os produtores olham para negócios mais robustos. PREÇOS DE HOJE: completa ausência de variações – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 154,00, em Maracaju a R$ 153,00, em Sidrolândia a R$ 152,00, em Campo Grande a R$ 154,00 e em Chapadão do Sul a R$ 151,00.
MATO GROSSO: Valorizações de R$ 1,00/saca, nada de negócios
CONTEXTO DO DIA: da mesma forma como foi visto em algumas das demais regiões estudadas nesse relatório, houve nova alta de preços, mas agora mais amena. Negócios seguem fracos, mas alguns volumes foram escoados e a atenção foi chamada para o mercado com maior número de fixações. PREÇOS PRATICADOS: todas as regiões marcaram altas de R$ 1,00/saca. Com isso, Campo Verde a R$ 153,00. Lucas do Rio Verde a R$ 149,00. Nova Mutum a R$ 149,00. Primavera do Leste a R$ 153,00. Rondonópolis a R$ 153,00. Sorriso a R$ 149,00.
MATOPIBA: Dia ausente de novas variações, mercado na mesma de semana passada
CONTEXTO DO DIA: pelas regiões do MATOPIBA poucas coisas mudam, o fluxo desses estados para soja é naturalmente mais baixo do que as demais regiões e nesse período de pouco volume geral negociado, nada muda. Como de costume, vimos um grande número de variações no decorrer da semana, mas ao chegar na sexta-feira, percebe-se que pouco se muda de forma concreta no mercado e os preços acabam mais ou menos na mesma condição dos melhores pontos de semana passada. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 147,50. No Porto Franco-MA o preço permanece a R$ 155,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 150,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 150,00.
Fonte: T&F Agroeconômica