FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para maio23 fechou em alta de 0,67% ou $ 10,00 cents/bushel a $ 1497,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,34%, ou $ 4,50 cents/bushel a $ 1314,25. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,27% ou $ 3,50 cents/bushel a $ 1316,25. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 1,58% ou $ 7,1 ton curta $ 457,8 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,75% ou $ 0,41/libra-peso a $ 54,89.
CAUSAS DA ALTA: A soja fechou em alta após 5 sessões consecutivas em queda. Apesar de não alterar os estoques americanos como esperado pelo mercado, o relatório WASDE de abril prevê uma menor produção, esmagamento e exportação mundial. A boa condição climática para o plantio do milho também ajudou na recuperação do cereal, visto que a rápida semeadura do milho evita que hectares previstos para a cultura passem para a soja. A valorização do Real frente ao Dólar foi mais um fator para o fechamento positivo do complexo de soja. Há rumores que a Sinograin (China) teria feito compras de soja nos Estados Unidos.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
BRASIL/BIODIESEL-COM B12, DEMANDA DEVE CRESCER 15,5% EM 2023, PARA 7,303 MILHÕES DE METROS CÚBICOS: A StoneX prevê que a demanda interna por biodiesel deve alcançar 7,303 milhões de metros cúbicos em 2023, um incremento de 15,5% em relação aos 6,322 milhões de metros cúbicos consumidos em 2023. A projeção, de acordo com a consultoria, se baseia na decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de 17 de março, de elevar, a partir deste mês, a mistura do biodiesel no diesel de 10% para 12%. A perspectiva de alta também é reforçada pelo fato de, no primeiro bimestre, as vendas de biodiesel no País terem superado em 1,4% as dos dois primeiros meses de 2022.
BRASIL-MAS VAI TER ÓLEO SUFICIENTE? A consultoria chama a atenção para alguns fatores que alimentam no mercado dúvidas sobre a disponibilidade de óleo de soja para a produção do biocombustível em 2023. “Por um lado, a safra recorde de soja brasileira deve garantir uma produção também recorde do óleo, mas, com as exportações surpreendentemente fortes (de óleo de soja) no 1º trimestre e a quebra de safra na Argentina, há preocupações quanto à disponibilidade da principal matéria-prima para biodiesel no mercado doméstico”, afirma a StoneX no boletim. “Contribuiu para este cenário a demanda fraca no mercado doméstico de maneira geral, que acarretou oferta grande de óleo no porto e pressionou os basis para baixo, estimulando as esmagadoras a buscarem o mercado internacional como alternativa para suas vendas”, explica a consultoria.
BRASIL-EXPORTAÇÕES FIRMES DE ÓLEO DE SOJA: Se as exportações de óleo de soja do Brasil se mantiverem firmes ao longo de 2023, acompanhando o movimento observado no primeiro trimestre, os estoques finais de óleo do País podem ser menores neste ano, o que contribuiria de maneira altista para os preços do biocombustível, de acordo com a StoneX. A consultoria aponta que, considerando a estimativa mais recente da Abiove, de 2,150 milhões de toneladas de óleo enviadas ao exterior, o mercado chegaria a um estoque final do derivado de 432 mil toneladas, 7% menor que o contabilizado no último ano.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços seguem caindo em virtude da desvalorização de soja internacional
CONTEXTO DO DIA: prêmios seguem deprimidos, chegando a bater U$ 1,50 por bushel negativos em Paranaguá, em função de ampla oferta de soja, que faz com que esmagadores (exceto gaúchos) estejam cobertos até junho, e de a China estar com a demanda mais longa (93% do maio e 63% do junho) já cobertos. No mercado gaúcho, colheita segue avançando em função de clima positivo para os trabalhos. Cenário de negócios segue bem lento, e foi capitaneado por esmagadoras em todo estado. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 154,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta preço passa por queda de R$ 1,00/saca e vai R$ 148,00. Em Ijuí preço cai em R$ 1,00/saca e vai a R$ 147,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço permaneceu sem variação a R$ 148,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço caiu R$ 2,00/saca e foi a R$ 147,00.
SANTA CATARINA: Preço cai em R$ 1,00/saca, nada de negócios
CONTEXTO DO DIA: mercado segue marcando negatividade geral com a mesma razão já explicitada no relatório do RS. Diante de uma conjuntura de alta produtividade os preços e prêmios tendem a cair. Além disso, a preocupação pontual de SC é que o produtor precisa vender para dar continuidade a colheita e assim manter seus volumes entrando, mas as fábricas se encontram com seus silos cheios e, portanto, não tem negócios para entrega imediata, que é exatamente a necessidade do momento. A janela de recebimento procurado pelos compradores agora é até 15 de maio. PREÇOS: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 153,00 para abril com entrega imediata, marcando queda de R$ 1,00/saca.
PARANÁ: Preços voltam a marcar quedas expressivas de até R$ 3,00/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: como explicado ontem, quedas são interpoladas por altas pontuais que de forma geral voltam a cair nos dias seguintes. O contexto do mercado segue de forma muito predominante negativo e o produtor sem interesse em efetuar negócios mantém seu foco no campo que no momento atual permanece com bom tempo. O mercado vê muita oscilação, em especial hoje em virtude da possibilidade de menores estoques nos EUA. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 152,00 com pagamento em 30/04 e entrega em abril marcando baixa de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa de R$ 2,00/saca, seu preço foi a R$ 146,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram queda de R$ 3,00/saca. Os preços foram respectivamente de R$ 134,00, R$ 134,00 e R$ 133,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 142,00, marcando queda de R$ 2,00/saca.
AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente positivo no fechamento, com o grão de soja passando por alta de -0,67%, o farelo em alta de 1,58% e o óleo em alta 0,75%. O dólar por sua vez, caiu de forma muito expressiva, perdendo -1,15% e sendo cotado a R$ 5,0077 ao fim do pregão. MERCADO: Safra – Soja se vê basicamente finalizada após uma boa semana entre 04 e 10 de abril. Chuvas pontuais foram vistas até dia 08, mas pararam para 09 e 10. A condição para a soja que já esta 94% colhida é de 11% média e 89% boa, tendo ainda 4% em frutificação e os outros 96% em maturação.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas expressivas, produtor foca no campo e negócios seguem parados
CONTEXTO DO DIA: sem mudanças para a região de MS que se depara com quedas por todas as praças. O produtor que antes estava mantendo um dos escoamentos mais altos do Brasil estancou completamente os negócios em resposta a essas baixas. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 135,00, em Maracaju a R$ 134,00, em Sidrolândia a R$ 133,00, em Campo Grande a R$ 135,00 e em Chapadão do Sul a R$ 132,00.
MATO GROSSO: Valorizações amenas de até R$ 0,99/saca, única posição a reagir
CONTEXTO DO DIA: muita volatilidade e movimentações lentas nos preços tem como resultado baixo interesse no mercado. Apesar das pequenas melhoras o produtor não mudou seu posicionamento e segue travado, sem querer efetuar negócios enquanto cuida do campo. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram baixas variadas, com Campo Verde marcando alta de R$ 0,99/saca, indo a R$ 132,13. Lucas do Rio Verde a R$ 129,66 após alta de R$ 0,90/saca. Nova Mutum a R$ 130,15 após alta de R$ 0,99/saca. Primavera a R$ 132,81 após alta de R$ 0,90/saca. Rondonópolis a R$ 135,03 após alta de R$ 0,95/saca. Sorriso, por fim a R$ 129,34 após alta de R$ 0,97/saca.
MATOPIBA: Dia de quedas expressivas de até R$ 6,00/saca
CONTEXTO DO DIA: preços se mostram completamente travados, embora não estejam ocorrendo problemas na safra, as valorizações vistas são de forma costumeira, falsas, seguidas de um dia de desvalorização que equivale ao ganho anterior e mais um pouco. Com isso o mercado segue bem recuado. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 132,73, após baixa de R$ 5,77/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 134,00 após queda de R$ 6,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 128,90, perdendo R$ 6,10/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00, marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 132,00, também sem variar.
Fonte: T&F Agroeconômica