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Soja/BR: Soja fecha em alta, impulsionada pelas incertezas do clima na Argentina, mas limitada pelas exportações

FECHAMENTOS DO DIA 02/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,95% ou $ 14,0 cents/bushel a $ 1534,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,74%, ou $ 11,25 cents/bushel a $ 1527,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,44% ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1361,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,46% ou $ 7,1/ton curta $ 491,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,25% ou $ 1,01/libra-peso a $ 60,94.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros da soja fecharam em alta, nesta quinta-feira, impulsionados pelas incertezas em torno das condições climáticas da Argentina, mas contrabalançados pelas exportações americanas, que ficaram perto do limite inferior da previsão do mercado.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 02/02

PREÇOS HISTÓRICOS ESTÃO MUITO ALTOS: “O mercado de farelo e soja está com preços historicamente altos para esta época do ano e ficaríamos cautelosos ao perseguir qualquer mercado a esses preços”, disse o analista, em nota. Chuvas esparsas estão previstas para a Argentina até o fim da semana, com outro período de seca vindo depois, disse a DTN em uma previsão divulgada quinta-feira, disse Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage.

BRASIL-ATRASO NA COLHEITA ATRASA NAVIOS: O atraso da colheita no Brasil, que já começa a atrapalhar a logística de exportação, com navios que devem prolongar a espera pela mercadoria, pode ser visto como uma oportunidade para os exportadores norte-americanos.

BRASIL-SETOR PEDE PREVISIBILIDADE NO CALENDÁRIO DO MANDATO DO BIODIESEL: O CEO da 3Tentos, Luiz Osório Dumoncel, defende que o governo garanta previsibilidade quanto às mudanças no mandato de biodiesel -porcentual mínimo obrigatório do biocombustível no diesel. Até março, a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel será de 10%. Depois, o cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) prevê mandato B15, ou seja, 15%, mas ainda não há sinalização do Executivo de que cumprirá esse calendário. “Achamos que possa voltar essa discussão para a retomada do B15, mas pensamos que seria mais prudente o aumento escalonado da mistura”, disse Dumoncel. (AE).

EUA-EXPORTAÇÕES DE SOJA MENORES: O USDA informou que 735.951 toneladas de soja foram encomendadas durante a semana encerrada em 26/01. Isso foi uma queda em relação à venda de 1 MMT da semana passada e ficou abaixo da metade da mesma semana do ano passado, na parte inferior da faixa de estimativas. As vendas de novas safras foram de 192k MT para um livro futuro total de 718k MT.

EUA-EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS: A FAS do USDA informou que as vendas de exportação de farelo de soja foram de 165.419 MT para entrega em 22/23 e 4.191 MT para 23/24 MY. No óleo de soja, o USDA vendeu 851 toneladas na semana encerrada em 26/01.

ESTOQUE GLOBAL DEVE PERMANECER APERTADO COM CLIMA ADVERSO E GUERRA, DIZ CORTEVA: Funcionários da empresa de sementes e agroquímicos Corteva disseram que os estoques globais de grãos e oleaginosas devem permanecer apertados por causa do clima seco na América do Norte e da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura quase um ano. O CEO da companhia, Chuck Magro, disse, em uma teleconferência com analistas, que a expectativa é de que este seja um dos melhores anos de todos os tempos para a renda agrícola – ainda que abaixo de 2022 -, com uma demanda crescente por milho e por óleo de soja em 2023. “Os agricultores estão financeiramente saudáveis, com forte liquidez, e continuarão priorizando a produtividade para atender à demanda do mercado e compensar as pressões inflacionárias”, afirmou Magro. Fonte: Dow Jones Newswires

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas tem continuidade, nada de negócios efetuados

No mercado, mais um dia lento, prêmios começam lentamente a ceder no RS, devido à entrada da safra no restante do país. Com a quebra de recordes de produção em Mato Grosso e no Centro-Oeste, que compensam as quebras no RS, as cotações continuam a cair com a expectativa de estoques finais mais elevados do que previamente pensado. Além disso, informações a respeito de uma safra muito cheia chegam do Paraná, trazendo ainda mais competitividade.

Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi vendida por R$ 176,50 (perda de R$ 5,00/saca) no porto de Rio Grande. Já no interior os preços foram de R$ 173,00 em Ijuí, R$ 174,00 em Cruz Alta, R$ 173,00 em Passo Fundo (ganho de R$ 1,00/saca) e R$ 172,00 em Santa Rosa (perda de R$ 2,00/saca).

A queda nos preços da soja pode ser atribuída à oferta excessiva da commodity, juntamente com a posição recuada dos vendedores, antes a demanda andava mais leve também, mas já está sendo puxada pela necessidade internacional. Apesar disso, o mercado segue de olho na situação da Argentina que não está definida, pode ser que novas quebras ocorram em decorrência da seca, mas trata-se de especulação, no momento a oferta existe apenas por parte das fábricas, com tradings nada competitivas.

Relatório EMATER-RS: A chuva irregular, concentrada nas regiões sul e leste, aliviou momentaneamente a situação, mas na maior parte do estado a estiagem continua. Dias quentes e secos, com alta radiação solar afetaram negativamente as lavouras. A redução na produtividade devido à estiagem varia de 20% nas regiões de Santa Maria e Santa Rosa, 10% em Bagé, Frederico Westphalen, Ijuí, Lajeado e Pelotas, entre 2% e 3% em Erechim e Soledade, e sem redução em Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre. Quanto ao desenvolvimento da safra, o plantio alcança 99% com 48% estando em geminação, 35% em floração, 17% em enchimento e ainda 0% maturado.

SANTA CATARINA: Preços de baixa mantidos, nada de negócios

Preços são mantidos em relação a ontem diante de quedas que foram muito expressivas. Essas quedas estão sendo causadas especialmente pelas baixas do dólar a esse ponto, o mercado se enfraquece com as incertezas que circulam os EUA e a competitividade que existe internamente no Brasil não ajuda a diminuir esses impactos. Com isso, preços a R$ 170,00 em São Francisco do Sul.

PARANÁ: Queda expressiva no preço da soja no porto de Paranaguá, negócios em pausa

De acordo com informações de especialistas da região, o preço da soja registrou uma queda considerável no porto de Paranaguá e na praça de Ponta Grossa. A causa da queda no preço seria o aumento do frete, atrasos nos embarques devido às chuvas, melhores prêmios de farelo, fábricas funcionando melhor do que o Porto e a desvalorização do dólar. Enquanto em Ponta Grossa o preço da soja sofreu uma diminuição de R$ 5,00 por saca, em Paranaguá a perda foi ainda maior, chegando a R$ 7,00 por saca a menos. Com essa queda o preço no porto cotou hoje a R$ 162,00 para pagamento em 30/03. Essas são as indicações para a soja velha. Para a soja nova de 2023 o preço foi de R$ 170,00 para hoje com pagamento até abril de 2023.

No interior a maior parte das regiões permaneceram imóveis, com Cascavel e Maringa ainda a R$ 158,00 e Pato branco acompanhando de perto a R$ 157,00. Ponta Grossa por outro lado marcou baixas expressivas para soja velha ao ir a R$ 160,00 (perda de R$ 5,00 previamente explicitada) e com as indicações de soja nova em R$ 169,00. Por fim, o preço balcão em ponta grossa caiu R$ 2,00/saca e foi a R$ 158,00. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje, o SOJA GRÃO subiu 0,95%, o FARELO subiu +1,45% e o ÓLEO subiu 0,25%. O dólar, por sua vez, caiu -0,30%, cotado a R$ 5,0454 ao fim do pregão, durante o dia esteve até a R$ 4,97.

MATO GROSSO DO SUL: Dia dividido, mercado segue sem negócios

Mato Grosso do Sul registrou um dia de poucos movimentos, sem efetuar negócios, fixações de preços seguem bem complicadas. Os principais fatores que impactam o mercado são o dólar que continua caindo sem parar com a saída massiva de investidores das bolsas norte americanas e a altíssima competitividade de soja, com os estoques brasileiros quebrando recordes e resultados de safras cheias em diversas regiões no Brasil.

Os preços estarem marcando poucos movimentos durante a semana nada mais indica do que um esforço interno dos agricultores do Estado para não fixar preços e controlarem o valor pela ausência de oferta. Muitos agricultores e traders esperem para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza, isso tem se refletido por toda a semana. Atualmente, os preços da soja são os seguintes: Dourados a R$ 155,00, Maracaju a R$ 152,00 (queda de R$ 2,00/saca), Sidrolândia a R$ 153,00, Campo Grande a R$ 155,00, São Gabriel a R$ 153,00, Chapadão do Sul a R$ 153,50 (alta de R$ 3,50/saca).

MATO GROSSO: Mercado dividido com proeminência de baixas expressivas

O mercado de soja em Mato Grosso viveu um dia com baixas sendo vistas com muita expressão em algumas regiões, uma resposta bem claramente relacionada ao dólar que não tem qualquer segurança no momento. Nesse momento de implicação das desvalorizações do dólar o Brasil se destaca como excelente alternativa mesmo para os investidores mais defensivos. Isso tem efeitos positivos sobre as importações, mas muito negativos sobre as exportações e nenhum lugar se mostra mais afetado do que o maior Estado produtor de soja do Brasil. Ademais, como o mercado não tem tido muita atenção o foco permanece na colheita, especialistas da região indicam que os avanços já estão chegando em 12% do total potencial plantado. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 150,00 (alta de R$ 1,00). Lucas do Rio Verde a R$ 142,80 (baixa de R$ 6,20/saca). Nova Mutum a R$ 146,50 (baixa de R$ 2,50/saca). Primavera do Leste a R$ 149,70 (queda de R$ 0,30/saca). Rondonópolis a R$ 154,00 (alta de R$ 5,00/saca) e Sorriso a R$ 145,70 (queda de R$ 1,80/saca).

MATOPIBA: Preços em baixas de até R$ 6,10/saca

Com o mercado seguindo sem praticamente nenhuma resposta. Em Balsas, no Maranhão, as cotações marcaram manutenção, fechando a R$ 154,00. Já o Porto Franco-MA marcou baixa de R$ 3,00/saca, fechando a R$ 150,00, a perda é de R$ 5,00/saca nos últimos dois dias. Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações, após desvalorização expressiva de R$ 6,10/saca, trouxe o valor de R$ 144,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 153,00 com baixa de R$ 1,00/saca e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 152,00, marcando manutenção. A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

Equipe Mais Soja
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