FECHAMENTOS DO DIA 11/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve alta de 0,33% ou $ 5,0 cents/bushel a $ 1515,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,49%, ou $ 3,25 cents/bushel 0 $ 1496,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,82% ou $ 4,1/ton curta a $ 505,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 1,17% ou $ 0,74/libra-peso a $ 62,39.

CAUSAS DA ALTA: As incertezas quanto à produtividade e à produção futura na Argentina geraram temores. Seca e calor continuam ameaçando o abastecimento. O USDA anunciou vendas de soja dos EUA para incógnitas, adicionando estímulo do lado da oferta. Operadores aguardando a publicação de uma série de relatórios do USDA, amanhã quinta-feira às 14h00.

FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:

a) A soja foi negociada em alta, já que as previsões meteorológicas divergem sobre possíveis chuvas na Argentina e uma venda rápida de soja foi relatada esta manhã;

b) Os modelos europeus sugerem uma previsão mais seca para a Argentina, enquanto os modelos americanos sugerem mais chuva;

c) Exportadores privados relataram vendas de 124.000 toneladas métricas de soja para entrega em destinos desconhecidos durante o ano-safra 22/23

d) Os compromissos de exportação de soja dos EUA estão em 1,61 bb (43,82 MT) até agora para 22/23 e são 5% maiores do que há um ano, precisando de apenas mais 435 mb (11,84 MT) para atingir as estimativas do USDA

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

ESTIMATIVA WASDE: Sobre os relatórios do USDA de janeiro, o mercado espera ver entre 49,9 (3355,83kg/hectare) e 50,8 bpa (3416,35 kg/hectare) no rendimento final da soja. A média de todas as estimativas é de um aumento de 0,1 bpa para 50,3 (3382,73 kg/hectare). Prevê-se que o estoque final doméstico de soja aumente 13 mbu(353,79 mil t) para 233 mbu (6,34 MT) . Espera-se que os estoques finais globais de soja sejam relatados em 101,5 MMT em média – uma redução de 1,2 MMT em relação ao valor de dezembro.

AMERICA DO SUL-UMIDADE DO SOLO: A umidade do solo no Mato Grosso e no MS tem melhorado, com os mapas do USDA Crop Explorer mostrando áreas insuficientes encolhendo e bolsões de umidade excessiva do solo se expandindo. Sul do Brasil continua seco. A umidade do solo da Argentina também tem melhorado, mas de níveis tão prejudiciais e a grande maioria do país ainda é de 0% a 20% insuficiente para limitar.

ARGENTINA-ALÉM DE PERDER COM A SECA OS AGRICULTORES DERAM AO GOVERNO US$ 9,7 BILHÕES: Em meio a uma forte seca, em 2022 os produtores “abriram mão” de 9.700 milhões de dólares por retenções que, aliás, não são coparticipativas com as províncias. A agricultura havia contribuído com mais de 65% das exportações nacionais de bens, entre Produtos Primários (PP) e Manufaturas de Origem Agrícola (MOA). E serão adicionados os Manufaturados Industriais (MOI) da agricultura, como o biodiesel, esse número cresceria ainda mais.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Dia de completa estabilidade de preços e negócios

O mercado de soja tem se mantido estável, com fábricas localizadas no interior do país mostrando-se mais competitivas do que as empresas de comércio no porto. Hoje, tanto o dólar apresentou desempenho abaixo do esperado, devido às pressões causadas pela divulgação da inflação de dezembro, quanto, Chicago também se mantiveram levemente negativos. Em geral, o dia pode ser considerado de desvalorizações, mas a demanda fortalecida tem desempenhado um papel importante na manutenção dos preços estabilizados.

Além disso, o clima ainda é uma preocupação devido à possibilidade de perdas na colheita, embora até o momento essas perdas não tenham ultrapassado 1% do total. Se essa situação continuar, o Rio Grande do Sul pode ser significativamente afetado por essas perdas. Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, não houve novas indicações de preços, os R$ 187,00 deixados na tabela ao lado são apenas simbólicos. No interior, todas as posições marcaram manutenção, com exceção de Santa Rosa que se desvalorizou em R$ 1,00/saca e foi a R$ 184,00. Ijuí e Passo Fundo permanecem a R$ 185,00. Cruz Alta a R$ 186,00.

SANTA CATARINA: Preços em alta, volumes negociados

Finalmente o ano parece ter começado para a soja catarinense. Claro que alguns outros volumes saíram anteriormente, mas curiosamente, nesse dia sem positividade expressiva por parte do mercado internacional, os preços se elevaram em R$ 2,00/saca e volumes levemente melhores saíram, tanto no porto de São Francisco do Sul a R$ 179,00 quanto da soja catarinense no porto de Paranaguá.

PARANÁ: Preços estáveis, negócios parados

MERCADO: O mercado de grãos mantém-se estável, sem variações significativas de preços, algo recorrente nos últimos tempos. O escoamento de negócios não tem sido expressivo, e as preocupações com o clima e as projeções de preços ainda são evidentes. No entanto, a demanda permanece robusta e, portanto, mesmo em dias de incerteza, a estabilidade dos preços é mantida. A volatilidade do mercado financeiro tem sido moderada, contudo, os dados de inflação dos EUA e as repercussões políticas em Brasília ainda são uma fonte de preocupação.

A dinâmica da soja também tem afetado o mercado, pressionado pelo clima, especialmente na região sul do país, incluindo Paraná e pela especulação de estoques. Contudo, é esperado que o mercado de grãos experimente aumentos expressivos de preços em breve, já que a Argentina já vendeu mais de 80% de sua produção de soja. Quanto às cotações internacionais, o complexo de soja fechou com a soja grão a -0,18%, farelo -0,36% e óleo a -0,90%. O dólar também teve uma desvalorização considerável de -0,94%, cotando a R$ 5,2030.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por manutenção, com a indicação mais próxima a R$ 180,00, fevereiro trouxe preços a R$ 173,50, Março a R$ 171,00 e Abril a R$ 169,00. PREÇOS NO INTERIOR: Ponta Grossa marcou manutenção, mantendo-se a R$ 178,00. Cascavel e Maringá também repetiram seus preços, permanecendo a R$ 164,00. Pato Branco manteve-se em R$ 164,00.

MATO GROSSO DO SUL: Preços imóveis, nada de negócios

Como mencionado em relatórios anteriores, o mercado de soja no Mato Grosso do Sul tem
apresentado oscilações, com pequenas quedas, altas simbólicas e manutenções, sem um movimento consistente. mais de um mês, os preços têm seguido essa tendência, embora às vezes variem por alguns dias, mas sempre retornando aos níveis anteriores. Os preços de hoje mostram momento de imobilidade, mesmo que devesse ocorrer desvalorização se seguido a risca o que ocorreu no mercado internacional.

O que ocorre é claro e se repete por todas as posições estudadas nesse relatório: a demanda interna impede que essa lógica se aplique corretamente. Nesse cenário, muitos produtores continuam não fixando preços e focados na colheita de outros grãos. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 170,00. Campo Grande a R$ 170,00. Maracaju a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul a R$ 167,00.

MATO GROSSO: Poucos movimentos registrados, alta amena em Lucas do Rio Verde

Em geral, a estabilidade de preços no Estado de Mato Grosso tem se mantido, com pequenas divergências dependendo da região. A forte demanda tem conseguido manter os preços estáveis mesmo diante de pressões negativas. Embora o dólar tenha voltado a se desvalorizar e os subprodutos da soja tenham perdido levemente o valor nas cotações de Chicago, o mercado está respondendo à demanda com maior intensidade, impossibilitando que essas tendências tenham algum reflexo na região. Neste cenário, alguns produtores aproveitam o período pacífico para iniciar a colheita, que segue avançando de forma gradual. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 170,00, Lucas do Rio Verde a R$ 150,80 (alta de R$ 1,30), Nova Mutum a R$ 150,00, Primavera do Leste a R$ 168,00 (perda de R$ 2,00), Rondonópolis a R$ 170,00 (sem alteração) e Sorriso a R$ 149,00.

MATOPIBA: Dia de perdas de até R$ 3,00/saca

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção e mantendo-se a R$ 163,00. O Porto Franco-MA marcou expressiva queda de R$ 3,00/saca e foi R$ 157,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 151,90, após quedas de também R$ 3,00/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 163,00, com perda de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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