FECHAMENTOS DO DIA 20/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,54% ou $ 8,25 cents/bushel a $ 1506,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,64%, ou $ 9,75 cents/bushel 0 $ 1501,75. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,89% ou $ 12,0 cents/bushal a $ 1341,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de $1,59% ou $7,5/ton curta $ 463,7 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em queda de 1,87% ou $1,18/libra-peso a $ 61,97.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros da soja fecharam em baixa pela alta do dólar, que favorece as exportações brasileiras ao invés das americanas, pela ocorrência de chuvas nanas áreas secas da Argentina. A queda foi limitada pelo aumento de 38% das exportações semanais dos EUA.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUA-NOVA VENDA EXPORTAÇÃO: O USDA anunciou uma venda de exportação privada de 220k MT de grãos de safra antiga para destinos desconhecidos esta manhã.

EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS: O relatório semanal de vendas de exportação do USDA mostrou que 986,2 mil toneladas de soja foram vendidas na semana encerrada em 12/01. As estimativas estavam procurando entre 600k e 1,2 MMT. O relatório também teve 362,5 mil toneladas de vendas de farelo de soja, acima das estimativas, e 666 toneladas de vendas de óleo de soja para a semana. Para as exportações de grãos inteiros, o USDA teve 2.066 MMT embarcados na semana encerrada em 12/01. Isso elevou a exportação acumulada de feijão para 31,73 MMT, ou 59% das previsões do USDA.

CHINA-IMPORTAÇÕES DEZEMBRO: A China informou que 10,13 MMT de soja foram importados durante o mês
de dezembro.

ARGENTINA-PLANTIO DE SOJA: O plantio de soja na Argentina atingiu 95,5% da área total prevista de 16,2 milhões de hectares, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta quinta-feira, em relatório semanal. Na semana, o avanço foi de 6,4 pontos porcentuais. Segundo a bolsa, as chuvas dos últimos dias têm sido insuficientes para melhorar a condição das lavouras já implantadas. A bolsa informou que 3% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente, ante 4% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 40% para 37%, enquanto a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 56% para 60%.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercado enfrenta dificuldades, preços em queda de mais R$ 1-2/saca

AS PERDAS DA SAFRA: O mercado de soja no Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades devido à falta de chuvas e ao calor excessivo. Segundo dados da RTC/FECOAGRO, as perdas na safra atual já chegam a 16% do potencial total, o equivalente a mais de 3,5 milhões de toneladas de soja perdidas. A cada dia sem chuvas, a situação se agrava. No mercado, os produtores não estão vendendo os estoques antigos de soja e, também, não estão se sentindo seguros para firmar contratos futuros para a próxima safra. As fábricas têm domínio absoluto, inclusive no porto.

No porto, as indicações para as fábricas são de R$ 183,00 para pagamento em março sobre rodas, marcando manutenção de preços. No interior do estado, as indicações de preços para a soja são de R$ 179,00 em Cruz Alta (alta de R$ 1,00/saca), R$ 176,00 em Passo Fundo (queda de R$ 2,00/saca), R$ 178,00 em Ijuí e R$ 178,00 em Santa Rosa/São Luiz (todos caindo em R$ 1,00/saca). Os preços de pedra em Panambi mantiveram-se em R$ 167,00 por saca. Em resumo, o mercado de soja no Rio Grande do Sul enfrenta desafios devido à falta de chuvas e ao calor excessivo, resultando em perdas significativas na safra atual e incertezas no mercado. Isso tem afetado os produtores e as fábricas, com os preços da soja se mantendo baixos.

SANTA CATARINA: Preço volta a cair R$ 2/saca

O mercado de soja em Santa Catarina está passando por dificuldades devido à pressão climática e ao protecionismo do mercado. Segundo fontes do setor, o preço da soja voltou a cair devido a esses fatores, o que tem dificultado as negociações. A pressão climática tem afetado a produção de soja no estado, com perdas significativas devido à falta de chuvas e às altas temperaturas. Isso tem diminuído o volume de soja disponível para o mercado, o que tem pressionado os preços para baixo. Além disso, o protecionismo do mercado tem dificultado as negociações, com as importações globais de soja sendo restringidas com medo de contratos futuros. Isso tem afetado os produtores e as indústrias de Santa Catarina, que enfrentam dificuldades para competir com os preços de soja de outras regiões mesmo relativamente inflados. São Francisco do Sul a R$ 179,00, perda de R$ 2,00/saca.

PARANÁ: Mercados seguem lento, porto cai, mas interior se valoriza em até R$ 3,00/saca

De acordo com fontes do setor, o mercado de soja está apresentando preços relativamente baixos e pouco atrativos para os produtores no estado, os volumes que são negociados saem por pura necessidade, do contrário seriam segurados. No porto, as posições se movimentam em sentido oposto e se desvalorizam em R$ 4,00/saca, levando o porto de Paranaguá a R$ 178,00. Após dias sem indicações CIF, ocorreu o retorno que trouxe os preços de R$ 178,00 para pagamento 30/03 entrega fevereiro e R$ 179,00 para pagamento em 05/05 e entrega em fevereiro.

No interior em Ponta Grossa, os preços para entrega em janeiro variam entre R$ 170,00 no balcão e R$ 178,00 para entrega CIF (custo, seguro e frete) e pagamento em diferentes períodos, sendo R$ 176,00 para pagamento em 25 de janeiro, R$ 177,00 para pagamento em 3 de fevereiro e R$ 178,00 para pagamento em 28 de fevereiro. Cascavel, Maringá e Pato Branco subiram em R$ 3,00/saca, ficando em R$ 166,00. A demanda geral pelo grão está alta, mas há muita preocupação climática devido às expectativas de perda de safra. Isso tem sido refletido nas indicações de preços para a safra 2023, com preço nominal de R$ 180,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023, valorização de R$ 2,00/saca desde ontem. Quanto às cotações internacionais do complexo de soja de hoje: SOJA GRÃO A -0,54%, FARELO -1,59%, ÓLEO -1,87%. Dólar por sua vez ficou a +0,71%, indo a R$ 5,2077.

MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de movimentos, nada de negócios

Mato Grosso do Sul registrou um dia de quedas gerais de R$ 1,00/saca nos preços. A situação foi causada especialmente pelas quedas vistas em Chicago. Apesar disso os fundamentos apontam para a soja bastante cara mais para frente e o medo de abrir mão dos estoque atuais perciste. Muitos agricultores e traders estão esperando para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e poucas negociações efetivadas, deixando o mercado em um estado de incerteza. Esses são os preços da soja: Dourados a R$164,00. Campo Grande a R$164,00. Maracaju a R$163,00. Sidrolândia a R$162,00. Chapadão do Sul a R$160,00.

MATO GROSSO: Dia parado e sem variações de preços diante das desvalorizações de Chicago

O mercado de soja no estado de Mato Grosso enfrentou um dia parado e sem variações de preços devido às desvalorizações de Chicago. Com isso, não houve negociações significativas no mercado local. A desvalorização da soja na Bolsa de Chicago tem reflexos diretos no mercado de grãos no Brasil, especialmente em Mato Grosso, que é o maior produtor de soja do país. Isso tem um impacto direto na cotação dos preços locais e tem um efeito negativo na atividade comercial. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 154,00. Lucas do Rio Verde a R$ 154,20, Nova Mutum a R$ 149,50. Primavera do Leste a R$ 154,00, Rondonópolis a R$ 156,00 e Sorriso a R$ 150,70.

MATOPIBA: Mercado em queda, nada de negócios

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando perda de R$ 0,50/saca e com isso indo a R$ 155,00. O Porto Franco-MA marcou também queda de R$ 0,50/saca e com isso foi a R$ 157,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 151,90, marcando perda de também R$ 0,50/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 156,00, marcando a perda mais expressiva ao decair em R$ 5,00/saca. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 158,00, sem se mover. Nos estados de MATOPIBA a situação é bastante complexa em relação a produtividade, claro que assim como nas demais posições do Brasil ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor de soja.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.