FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,76% ou $ 11,75 cents/bushel a $ 1525,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,69%, ou $ 10,50 cents/bushel a $ 1519,50. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,35% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 1368,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 1,98% ou $ 9,9/ton curta $ 491,1 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 1,39% ou $ 0,84/libra-peso a $ 61,24.
CAUSAS DA QUEDA: O mercado interpreta que a grande safra do Brasil entrará com força nas próximas semanas, os EUA perderão sua janela temporária para exportar. Além disso, os dados ligados à demanda externa causaram certo pessimismo por ficarem abaixo do esperado. Incerteza no futuro do clima na Argentina, endosso oficial.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
COMENTÁRIOS SOBRE O PREGÃO: O maior beneficiário da contínua seca argentina foi o contrato de Março, da soja – que atingiu o máximo em 6 meses – na última sexta-feira. E esta impressionante ação de mercado, apesar de um esperado recorde da Safra de Soja Brasileira – em 154mmt, que está, atualmente 20% completa! Um mercado de mais $ 15,00 em meados de fevereiro fala de uma situação – já impulsionada por estoques apertados – que está antecipando uma melhora acentuada nas exportações. Se de alguma forma a safra brasileira de soja não florescer totalmente, a seca argentina piora e as exportações aumentarem conforme o esperado – os níveis atuais não vão segurar o mercado!
BRASIL-COLHEITA MENOR: A Agroconsult do Brasil reduziu sua estimativa de produção de 153,4 para 153 MMT para corresponder à previsão oficial do USDA.
INDIA AUMENTA EXPORTAÇÕES DE FARELO DE SOJA: O desempenho do farelo de soja, que cai mais de 1%, também pesa sobre os contratos. O derivado, por sua vez, é influenciado pelo aumento das exportações indianas, que deve compensar a escassez de farelo da Argentina. Nos quatro primeiros meses do ano comercial 2022/23, a Índia exportou 631 mil toneladas de farelo, aumento de 65% na comparação anual, de acordo com a Associação dos Processadores de Soja da Índia. O volume é quase igual ao exportado durante todo o ano comercial anterior.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços marcam novas quedas de até R$ 3,00/saca, nada de negócios
Recentemente, ocorreu um evento climático significativo no estado, com a volta das chuvas após um período prolongado de seca. De forma bastante incomum para este verão, as chuvas chegaram a praticamente todas as regiões do estado em um único dia. Embora esta ocorrência possa ajudar a mitigar as perdas na produção de soja, ainda há um período de pelo menos 30 dias para avaliar o tamanho final da safra. No momento, o mercado estima que a produção não excederá 15,0 milhões de toneladas, representando uma quebra mínima de 34% em relação à expectativa inicial de mais de 22,5 milhões de toneladas. O mercado de soja disponível tem sido bastante restrito, com os produtores fixando preços apenas para as necessidades essenciais de sua família e propriedade. O mercado futuro (abril/maio) não tem apresentado movimentação significativa, com poucos negócios reportados.
NO PORTO: Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 178,00 (perda de R$ 2,00/saca) no porto de Rio Grande. NO INTERIOR: da mesma forma que no porto, preços passam por queda de R$ 2,00/saca para a maioria das regiões. Com isso os preços foram de R$ 173,00 em Ijuí, R$ 173,00 em Cruz Alta (única perda de R$ 3,00/saca), R$ 173,00 em Passo Fundo e R$ 173,00 em Santa Rosa. A preocupação com a falta de chuvas na região segue sendo fator determinante na comercialização, mas com a recuperação de preços, o produtor volta a olhar com mais atenção para o mercado. Embora as últimas três sessões contando com a de hoje tenham marcado somadas R$ 6,00/saca de perda para o porto, os preços seguem a nível considerado adequado para algum escoamento mínimo, mas sem pressa por parte do produtor que se mostra defensivo.
SANTA CATARINA: Preço marca queda de R$ 0,50/saca no porto, sem negócios efetuados
Os preços do mercado registraram um dia de baixa em resposta às flutuações de Chicago, embora tenha ocorrido com uma intensidade relativamente baixa. Na semana anterior, houve um período de bom desempenho nos preços em Santa Catarina, com alguns negócios relativamente elevados para a região, o que pode ter sido impulsionado pela confiança no clima e estoque local. A queda de hoje foi pouco expressiva, com os preços caindo até R$ 0,50 por saca na segunda parte do pregão. Isso impediu o escoamento de continuar e os últimos volumes comercializados foram de apenas 300 toneladas ontem. No porto de São Francisco do Sul, os preços atingiram R$ 173,00 hoje.
PARANÁ: Perdas gerais de R$ 1,00/saca, sem negócios efetuados
MERCADO de soja paranaense de hoje apresentou desvalorizações gerais de até R$ 1,00/saca que assim como visto nas demais regiões, surgiu especialmente em resposta de Chicago que se enfraqueceu consideravelmente hoje. Hoje nenhum negócio foi efetuado e além das quedas de preço, parte da razão é o avanço da colheita de milho, que ainda esta no começo, mas nesse momento de preços “baixos” chama a atenção do produtor. Importante notar que chuvas tem ocorrido com frequência no Estado e isso traz maior segurança ao produtor em relação a soja, mas também faz com que os processos no campo se atrasem.
NO PORTO: houve desvalorização de R$ 1,00/saca para pagamento 30/03 e entrega ainda em fevereiro, o que levou seu preço mais próximo a R$ 174,00. Para 30/04 basta somar R$ 2,00/saca a mais para R$ 176,00. NO INTERIOR: Em Ponta Grossa, o preço da soja marcou atipica alta de R$ 1,00 por saca, fazendo-o ir a R$ 173,00 e o colocando novamente colado com o porto. Além disso, as demais regiões passaram por desvalorização unitária, com Cascavel e Maringá cotadas a R$ 158,00 e Pato Branco acompanhando de perto a R$ 157,00. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou alta muito sucinta, com o grão de soja caindo -0,76%, o farelo caindo -1,98% e o óleo subindo +1,39%. Já o dólar voltou a subir em +0,41%, sendo cotado a R$ 5,2197 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas gerais de até 4,00/saca, nada de negócios
MERCADO: Mato Grosso do Sul passou mais um dia sem movimentos expressivos no mercado, com a semana seguindo o foco no campo e com pouca atenção dada às negociações. O mercado continua pouco motivado a efetuar novas transações, e a fixação de preços tem sido um desafio para os produtores, mesmo em dias de alta. Como tem ocorrido em outras regiões do país, os produtores do MS têm se sentido inseguros em abrir mão de seus estoques, tanto de soja velha quanto de soja nova, devido à incerteza sobre a disponibilidade futura. Além disso, os produtores parecem estar aguardando preços de pelo menos R$ 160,00 para começar a negociar com mais intensidade.
CONDIÇÕES DA SAFRA: Por fim, relatório regional traz informações a respeito das condições de safra, indicando perda de qualidade em 7% do todo, com isso, 93% permanece em boa qualidade, com ação forte contra controle de pragas. As partes mais afetadas são no Sul e Sudeste do Estado, onde a incidência de chuvas foi mais fraca. PREÇOS: Os preços praticados na região seguem em queda, com reduções gerais de até R$ 4,00 por saca. Em Dourados, os preços foram cotados a R$ 156,00 (única posição a marcar alta de R$ 1,00/saca), em Maracaju a R$ 154,00 (queda de R$ 2,00/saca), em Sidrolândia a R$ 155,00 (queda de R$ 3,00/saca), em Campo Grande a R$ 160,00 (queda de R$ 4,00/saca), em São Gabriel a R$ 152,00(queda de R$ 3,00/saca), e em Chapadão do Sul a R$ 152,00(queda de R$ 1,00/saca).
MATO GROSSO: Dia ausente de mudanças de preços, nada de negócios
MERCADO: Mato Grosso registrou um dia ausente de movimentos, além disso, sendo incapaz de efetuar qualquer quantidade de negócios. Quando o dia se mostra ruim como hoje, traders tendem a sair de suas salas e ir ao campo, pois não querem efetuar negócios. O foco é claramente a colheita que avança a uma velocidade não vista em nenhum outro lugar, mas segue atrasada em relação a outros anos, no momento chegando a marcar 5-7% de diferença por dia. Hoje, os agricultores conseguiram fazer avanços muito expressivos de aproximadamente 5% na colheita, que, somados com os avanços vistos nessa semana, o total colhido chega a aproximadamente 50%. A esse ponto os negócios parecem bastante abandonados, quando os preços estão próximos de R$ 155,00, um volume um pouco maior é visto saindo, mas como pode-se ver, poucas regiões chegam a essa marca o que confere pouco escoamento para o Estado como um todo.
PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 151,32. Lucas do Rio Verde a R$ 147,59. Nova Mutum a R$ 150. Primavera do Leste a R$ 152,51. Rondonópolis a R$ 155,06 e Sorriso a R$ 149,00.
MATOPIBA: Dia ausente de movimentos
Dia completamente vazio, progressão natural visto que as últimas sessões trouxeram variações de preços cada vez mais pontuais, exceto por reajustes de preço. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 155,30, registrando manutenção de preços. No Porto Franco-MA, preço não mudou e segue a R$ 157,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 151,90, também sem mudança. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 153,50, também sem variações.
Fonte: T&F Agroeconômica