FECHAMENTOS DO DIA 25/04: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -1,36% ou $ -20,00 cents/bushel a $ 1445,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,84%, ou $ -10,75 cents/bushel a $ 1266,00. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,80% ou $ -10,25 cents/bushel a $ 1273,50. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -1,07% ou $ -4,7 ton curta $ 434,8 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -1,62% ou $ -1,62/libra-peso a $ 51,71.

CAUSAS DA QUEDA: A soja fechou em baixa precificando os dados da semeadura americana que o USDA divulgou ontem após o encerramento da sessão. O avanço de 9% da semeadura está acima do esperado pelo mercado e o clima está favorável para o progresso do plantio. Pesou contra o cereal a valorização do Dólar frente algumas moedas estrangeiras, incluindo o Real. Esse movimento piora a competitividade do grão americano no mercado externo. A queda no preço do petróleo também pesou na cotação final da soja, pois reduz o incentivo das refinarias em misturar biodiesel ao diesel.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 25/04

EUA-PLANTIO NOS EUA: O plantio, nos Estados Unidos, avançou 9%, ante 3% um ano antes e 4% na média de cinco anos, de acordo com o USDA. Analistas esperavam um número um pouco menor, de 8%. Separadamente, a agência também informou que 374.960 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte- americanos na semana até 20 de abril, queda de 29,3% ante a semana anterior. Desse total, 128 mil toneladas tinham como destino a China.

CHINA-PREÇOS EM QUEDA: De acordo com a S&P Global Commodity Insights, os preços domésticos de soja no país asiático caíram acentuadamente por causa do grande volume exportado pelo Brasil. A S&P observou, porém, que os preços mais baixos de soja importada melhoraram as margens de esmagamento na China e estão atraindo interesse de esmagadoras.

BRASIL-COLHEITA: No Brasil, a colheita da safra 2022,23 atingiu na quinta-feira 92% da área cultivada no País, em comparação com 86% na semana anterior e 91% há um ano, disse a AgRural ontem, em levantamento semanal. Os trabalhos estão encerrados em todos os Estados do Centro-Oeste e do Sudeste e, também, na Bahia, Tocantins e Rondônia. “Entre os Estados que ainda estão colhendo, o Rio Grande do Sul é o que ainda tem mais área por colher. Mesmo assim, as máquinas avançaram com bom ritmo na semana”, informou a AgRural.

BRASIL-ANEC REDUZ EXPORTAÇÃO DE SOJA: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua projeção de embarques de soja em abril para 13,736 milhões de toneladas, ante 15,152 milhões de toneladas estimadas na semana passada. Em março, o País enviou ao exterior 14,421 milhões de toneladas de soja, segundo a associação. A Anec também cortou previsões de exportações de farelo de soja. Na semana de 16 a 22 de abril, o Brasil exportou 3,251 milhões de toneladas de soja e 388,8 mil toneladas de farelo de soja. Para a semana de 23 a 29 de abril, a Anec prevê embarques de 3,911 milhões de toneladas de soja e 685,3 mil toneladas de farelo.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas expressivas de até R$ 4,00/saca, preços orbitam em direção as médias do país

CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja no RS começa a semana mais lento em termos de vendas novas, e agitado nas fixações (até pelos prazos) de soja 21/22. Preços de pedra de cooperativas e cerealistas estão começando a convergir para a realidade de mercado, mas ainda estão bem acima do Paraná, por exemplo. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 140,50 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 3,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta preço passa por queda de R$ 4,00/saca, indo a R$ 133,50. Em Ijuí vemos a mesma reação, com o preço caindo em R$ 3,50/saca e indo a R$ 133,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço passou por baixa de R$ 2,00/saca e foi a R$ 134,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço passou por queda de R$ 3,50/saca, indo a R$ 133,00.

SANTA CATARINA: Preço recua em R$ 3,50/saca no porto, poucos volumes circulando

CONTEXTO DO DIA: mercado segue em situação delicada, sem volumes suficientes andando para mitigar a crise de armazenamento que o Estado enfrenta. Os preços em queda impossibilitam a saída de muitos negócios, com isso produtor segue recuado. Embora isso possa vir a gerar perdas, existe um tradeoff entre custo de propriedade e custo de venda do produto já colhido que até o momento pende para o lado da paralisação, os volumes saídos seguem sendo mais distantes. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 140,00 para abril com entrega imediata, marcando baixa de R$ 3,50/saca.

PARANÁ: Dia de poucos movimentos, porto volta a se valorizar levemente

CONTEXTO DO DIA: semana segue com lentidão, não havendo reporte de negócios além de volumes de manutenção, preços seguem sendo fortemente impactados pelas variações de Chicago o que faz com que os produtores recuem suas ofertas. Nos níveis atuais não há muita pressa de vender, pois os preços da região se veem consideravelmente abaixo de seus principais concorrentes e diante dessa expressão, siplesmente segurar a oferta gera altas em tempos um pouco mais longos. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 137,50 com pagamento em 30/04 e entrega em abril marcando alta de R$ 0,50/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou queda de R$ 1,00/saca, seu preço foi a R$ 133,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram manutenção e se mantiveram respectivamente a R$ 125,00, R$ 125,00 e R$ 124,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 133,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente negativo no fechamento, com o grão de soja passando por baixa de -1,36%, o farelo em baixa de -1,07% e o óleo em baixa -1,62%. O dólar por sua vez marca sucinta recuperação com alta de 0,47% e sendo cotado a R$ 5,0647 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Quedas gerais de 2,00/saca, bons volumes efetuados

CONTEXTO DO DIA: Mato Grosso do Sul volta a marcar bons movimentos e com a abertura do mercado vem logo as quedas. Os primeiros volumes vendidos no dia acabam saindo a valores levemente acima do considerado equilíbrio de mercado, no entanto, no decorrer do pregão se inicia um processo de barateamento e os preços de fechamento tendem a ser mais baixos. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca até o fim do pregão- em Dourados, os preços foram cotados a R$ 125,00, em Maracaju a R$ 124,00, em Sidrolândia a R$ 123,00, em Campo Grande a R$ 125,00 e em Chapadão do Sul a R$ 122,00.

MATO GROSSO: Dia de quedas expressivas de até R$ 3,97/saca, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: como notado de forma recorrente, quedas nos valores de Chicago e recuos do dólar causam reação imediata por parte dos vendedores da região, que se contraem de forma expressiva, segurando os volumes de negócios. É importante perceber que o Estado do MS é muito grande e raramente uma definição vale para cada região dele. Em algumas praças o mercado esta completamente travado, a exemplo de Primavera, mas em outras a uma boa mobilidade de volumes ou uma mobilidade ao menos constante. Ademais mesmo para a safra de 2023/24 que tende a ter negociações mais ativas em períodos como esse, os acordos seguem lentos. As ideias de compra giram em torno de R$ 120,00/saca. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram quedas consideráveis, com Campo Verde perdendo R$ 3,83/saca e indo a R$ 121,05. Lucas do Rio Verde a R$ 117,65 após quedas de R$ 3,42/saca. Nova Mutum a R$ 118,82, ao cair R$ 3,17/saca. Primavera a R$ 121,68 com queda de R$ 3,93/saca. Rondonópolis a R$ 123,53, marcando queda de R$ 3,97/saca. Sorriso, por fim, a R$ 117,12, caindo R$ 3,60/saca

MATOPIBA: Desvalorização enorme em Uruçuí após período sem atualização recorrente, negócios travados

CONTEXTO DO DIA: negócios se mostram completamente travados, embora não estejam ocorrendo problemas na safra. Períodos de informação assimétrica geram baques de quedas como o que vemos em Uruçuí-Pi, as variações de preços se mostram desligadas da lógica de outras áreas do Brasil, funcionando de acordo com a dinâmica interna da região. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 132,00 marcando alta de R$ 10,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,50 com queda de R$ 3,50/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 120,50 marcando queda de R$ 3,40/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 114,00, marcando afinal uma atualização sistemática de preços que indica variação de R$ 46,00/saca entre esse mês e o anterior. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 116,00, marcando queda de R$ 5,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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