FECHAMENTOS DO DIA 17/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,82 %, ou $ 10,50 cents/bushel a $ 1296,75. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,73 % ou $ 9,75 cents/bushel a $ 1341,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 2,46 % ou $ 9,6 ton curta a $ 399,8 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,98 % ou $ – 0,55/libra-peso a $ 55,35.

CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. Os problemas climáticos enfrentados pelo Brasil são os principais fator dos ganhos no dia. A seca em grandes regiões produtoras está atrasando o plantio, assim como o excesso de chuvas no sul está atrasando os trabalhos. Analistas se dividem entre uma safra tardia e curta e a possibilidade de uma safra recorde, como apontada pelo ABIOVE. A Associação estima que o Brasil deve produzir um recorde de 164,7 milhões de toneladas de soja em 2023/24. Se a nossa safra está atrasada, a colheita americana está adiantada, segundo o USDA, o que limitou a alta das cotações nessa terça e deverá conter algum rally no curto prazo.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

EUA-ÓLEO DE SOJA AGORA É FATOR CHAVE PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO DO GRÃO: O óleo de soja nos EUA está se tornando o fator chave na formação do preço do grão. Na última segunda-feira, os preços futuros de grãos no mercado norte-americano CME Group registraram quedas em linha com o mercado geral de commodities. Porém, os preços dos contratos do óleo de soja subiram muito. A razão por detrás deste fenómeno é que nos EUA o óleo de soja já é mais uma commodity energética do que agroindustrial, graças às políticas de promoção de biocombustíveis implementadas tanto a nível federal como estadual. Em 2022/23, as exportações de óleo de soja dos EUA caíram drasticamente para apenas 170.000 toneladas. Ao mesmo tempo, as importações de óleo de soja excederam as exportações, tornando os EUA um importador líquido de óleo de soja pela primeira vez na sua história. O que está acontecendo nos EUA significa que os atuais manuais de comercialização agrícola têm de ser reescritos porque representa uma mudança estrutural no sistema de formação de preços da soja.

BRASIL-ALERTA CLIMÁTICO: previsão de chuvas abaixo do normal se consolida na principal região soja do Brasil continua até janeiro. A previsão de longo prazo elaborada pelo Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI), uma organização dependente da Columbia Climate School, prevê chuvas superiores ao normal no Uruguai, no sul do Brasil e no Litoral para o trimestre entre novembro e janeiro próximo. Argentino. Porém, na região agrícola do norte do Brasil, a previsão estima que as chuvas ficariam abaixo do normal considerando o regime hídrico registrado entre 1991 e 2020. A previsão não é um bom presságio para os produtores do centro do Brasil porque boa parte daquela região – que concentra a maior parte da produção de soja do país – vive atualmente uma situação de déficit hídrico. A primeira estimativa 2023/24 feita pela Conab previa uma área de plantio de soja brasileira 2023/24 de 45,1 M/ha com produtividade média esperada de 3.586 kg/ha, com a qual a colheita a ser alcançada seria de 162,0 milhões de toneladas, um dado que, se concretizado, representaria um novo recorde histórico. Porém, caso uma restrição hídrica se consolide na principal região produtora de soja – como indica a previsão – certamente será necessário recalibrar as expectativas de produção da oleaginosa no Brasil. As previsões sazonais de precipitação e temperatura do IRI baseiam-se num procedimento de calibração objetivo (sem intervenção subjetiva de climatologistas) que combina os modelos NCEP-CFSv2, CanSIPS-IC3, COLA-RSMAS-CCSM4, GFDL-SPEAR e NASA-GEOSS2S.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a subir de forma pontual, mas mercado não muda

CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja segue em ritmo lento, com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 151,50 para 30 de outubro, marcando alta de R$ 0,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 144,00 após alta de R$ 0,50/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 143,50, subindo em R$ 0,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 143,00, subindo em R$ 0,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 143,50, também houve alta de R$ 0,50/saca.

SANTA CATARINA: Preços marcam alta de R$ 3,00/saca, poucos negócios saindo

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam alta de R$ 3,00/saca no porto de Santa Catarina, cerca de 5.000 toneladas foram comerciadas neste pregão, valor relativamente baixo dados os preços do momento, as saídas diárias ainda não passaram muito de níveis de manutenção, mas produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.

PARANÁ: Poucos movimentos de preços, negócios ainda parados

CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. Altas vistas são efeito rebote, atrasado do mercado em relação aos baixos estoques de óleo de soja. Apesar dos estoques pessimistas de óleo, preço do subproduto já retornou a terreno negativo no dia de hoje. Apesar dos efeitos de fundamentos vistos no grão e seus subprodutos, aspecto de maior impacto segue sendo a importância do campo nesse momento, onde preocupações com a safra impedem o crescimento dos negócios. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção, ainda a R$ 146,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca alta de R$ 2,00/saca, indo a 140,00. Nas demais posições temos predominância de repetição, com Cascavel a R$ 135,00. Maringá a R$ 136,00 sendo a única a cair em R$ 2,00/saca e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por alta de 0,82%, o farelo passou por alta de 2,46% e o óleo em baixa de 0,98%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,04%, sendo cotado a R$ 5,0353 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços em alta de R$ 3,00/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços seguem marcando variações sem muito significado, com preços em uma gangorra de altas e baixas que não se mantêm. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 3,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 131,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 130,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 129,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 131,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 127,00.

MATO GROSSO: Preços marcam altas gerais de até R$ 2,10/saca, negócios seguem na mesma

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam altas de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos as regiões, com exceção de Campo Verde marcaram alta, com isso – Campo Verde a R$ 122,00 caindo R$ 2,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 121,60 após alta de R$ 1,50/saca. Nova Mutum a R$ 122,50 após alta de R$ 1,65/saca. Primavera a R$ 126,50 após alta de R$ 1,30/saca. Rondonópolis a R$ 129,00 com alta de R$ 1,80/saca. Sorriso, por fim, a R$ 121,50 após alta de R$ 2,10/saca.

MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, negócios sem mudança

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 118,00 após alta de R$ 2,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00 após alta de R$ 2,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.