FECHAMENTOS DO DIA 06/06: O contrato de soja para julho23 fechou em alta de 0,24% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 1353,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,42%, ou $ 5,00 cents/bushel a $ 1184,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,34% ou $ 4,00 cents/bushel a $ 1197,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -1,12% ou $ -4,5 ton curta a $ 396,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 3,37% ou $ 1,66/libra-peso a $ 50,92.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta. A oleaginosa devolveu todas as perdas do dia anterior, com as condições das lavouras abaixo da expectativa do mercado. O USDA liberou na tarde de segunda-feira, após o fechamento da sessão, o primeiro relatório desse temporada sobre as condições das lavouras, que estão em 7% pobre ou muito pobres, 31% em condições razoáveis e 62% em boas ou excelentes condições. Sem a referência da semana e ano anterior, a baliza foi a expectativa do mercado de 65% em boas ou excelentes condições. Uma venda para a Espanha de 165 mil toneladas de soja da safra 2022/23 e a valorização do Real frente o Dólar também deram suporte a cotação.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 06/06
DICA-SOJA-ARMAZENAR O GRÃO para vender futuramente gerou resultado negativo em 13 das últimas 22 safras: Levantamento da consultoria Céleres indica que, na média, produtores rurais que mantêm soja armazenada buscando melhores oportunidades de venda no futuro não obtêm um lucro econômico. “Nas últimas 22 safras analisadas, o produtor alcança resultado positivo no armazenamento da soja em nove safras e negativo em 13 delas”, disse a consultoria. Para fazer essa análise, a Céleres avaliou a taxa Selic praticada pelo Banco Central nos últimos 22 anos, um custo de armazenamento por saca, e o preço da soja praticado em Rondonópolis (MT) durante os respectivos anos de comercialização. Conforme a Céleres, as nove safras que se mostraram positivas para o produtor que optou pelo armazenamento da soja apresentaram características em comum. A primeira é uma intensa alta no preço da oleaginosa e/ou queda da taxa de juros. “O fato de que o produtor precisa contar com uma alta de cerca de 30% no preço do grão e reduções na taxa de juros evidencia que a estratégia não deve ser seguida em toda safra e fatores como produtividade mundial e estoques devem ser observadas a todo instante para definir se a estratégia deverá ser adotada ou não, uma vez que todas essas variáveis influenciam no preço final do produto.” A consultoria destacou que, mesmo com a quebra da safra da Argentina durante 2023, o Brasil alcançou uma colheita recorde e a perspectiva é de que os EUA também tenham produção recorde. “Todas essas expectativas levam a um cenário em que não haverá valorização da soja, mas sim um equilíbrio nos níveis atuais ou até, eventualmente, uma queda”, disse a Céleres. Segundo a consultoria, apesar da queda na taxa Selic do Brasil, “o que se espera é que a estratégia de retenção de grãos não traga um lucro para o produtor durante este ano”.
ESTIMATIVA WASDE: Sobre o próximo relatório WASDE, os entrevistados da pesquisa esperam que o USDA corte 7,6 mbu (206,83 mil t) da produção de soja para 4,502 bbu (122,52 MT). A gama completa é de inalterado a 90 mbu (2,45 mil t) menor. Espera-se que o rendimento esteja entre 51(3429,8 kg/hectare) e 52,4 bpa (3523,96 kg/hectare) contra 52 (3497,06 kg/hectare) no relatório de maio. O palpite médio do comércio para os estoques finais da nova safra é de 340,8 mbu (9,27 MT), 5,8 milhões (157,85 mil t) a menos.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas de até R$ 1,00/saca, bons negócios efetuados
CONTEXTO DO DIA: Dia misto, tanto para câmbio quanto para CBOT, prêmios estáveis. Com isso mercado não passou por mudanças, tendo poucas vendas. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 140,00 sobre rodas no melhor momento, marcando manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por manutenção, permanecendo a R$ 133,50. Em Ijuí o valor foi a R$ 133,00, também sem se mover. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço passou por baixa manutenção, permanecendo a R$ 130,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço segue igual, a R$ 133,00.
SANTA CATARINA: Dia de manutenção, semana se abre sem mudanças
CONTEXTO DO DIA: Mercado não se move, preços até começam R$ 1,00/saca acima do que vimos no fechamento, mas sem conseguir se manter, fazendo com que vendas não ocorram. A esse ponto, com a aproximação do USDA não há razão para ter pressa. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 138,00 para abril com entrega imediata, marcando manutenção.
PARANÁ: Poucos movimentos, negócios
CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado no mercado paranaense, preços se valorizam de forma pontual em Paranaguá e Ponta Grossa, com um fluxo de negócios sendo mantido constantes, mas sem superar em nada o que se viu ontem. Parte da razão para esta volatilidade morna é a atenção ao clima norte americano, mas há também a aproximação do novo relatório USDA. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 1,50/saca, indo a R$ 134,50 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou alta de R$ 1,00/saca, indo a R$ 130,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram manutenção, permanecendo a R$ 118,00, R$ 118,00 e R$ 117,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 123,00, marcando queda de R$ 2,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações amenas, com o grão de soja passando por alta de 0,24%, o farelo em baixa de 1,12% e o óleo em alta de R$ 3,37%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,37%, sendo cotado a R$ 4,9122 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de manutenção, negócios iniciam a semana devagar
CONTEXTO DO DIA: Negócios lentos marcam a continuação da semana, com a maior parte dos produtores aguardando o que haverá no próximo relatório norte americano e como isso deve impactar os negócios brasileiros. Com isso, ofertas seguem muito recuadas e mesmo de forma externa, demonstrando as expectativas internacionais, a CBOT e o dólar se desvalorizam. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 122,00, em Maracaju a R$ 121,00, em Sidrolândia a R$ 120,00, em Campo Grande a R$ 122,00 e em Chapadão do Sul a R$ 119,00.
MATO GROSSO: Dia de desvalorizações na casa dos 1,00/saca, negócios lentos
CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto nas demais regiões do Brasil, o dia foi bem apático no MT, com pouco sendo efetuado em negócios e o produtor muito focado no mercado internacional que deve ditar o ritmo para a próxima semana. Com isso, quedas nas bases de R$ 1,00/saca foram vistas por todo o Estado de forma a manter o ritmo já identificado ontem. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 115,00 com baixa de R$ 1,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 110,18 após baixa de R$ 1,01/saca. Nova Mutum a R$ 111,41 após queda de R$ 1,00/saca. Primavera a R$ 115,41 após queda de R$ 0,99/saca. Rondonópolis a R$ 118,02 após queda de R$ 0,96/saca. Sorriso, por fim, a R$ 109,31, após queda de R$ 1,05/saca.
MATOPIBA: Movimentos divididos, cenário segue o mesmo
CONTEXTO DO DIA: No caso destas regiões, pouco muda em períodos de tempo de oferta mais controlada, o mercado de MATOPIBA segue completamente constante, não se ouve a respeito de grandes volumes escoados, mas sabe-se que há um escoamento que não para e que ao fim de semana se soma em uma robustez considerável, de forma que mesmo as regiões que ainda são relativamente pequenas em relação a produção de soja não encontram grandes problemas de armazenamento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas vai a R$ 114,00, passando por desvalorização de R$ 3,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 118,50, com valorização de R$ 3,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 113,40, com valorização de R$ 2,90/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 122,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 119,00, com valorização de R$ 5,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica