FECHAMENTOS DO DIA 12/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 2,99 %, ou $ 37,50 cents/bushel a $ 1290,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,62 % ou $ 34,00 cents/bushel a $ 1332,00. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 3,55 % ou $ 13,3 ton curta a $ 387,6 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,87 % ou $ 0,95/libra-peso a $ 54,47.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em forte alta nessa quinta-feira. A valorização foi impulsionados pelo corte nas estimativas de produção para a safra 2023/24 dos EUA pelo USDA. Tanto os dados de colheita, quanto os de produtividade das lavouras e os de estoques finais da oleaginosa na temporada 2023/24 ficaram abaixo do esperado pelo mercado, o que motivou a compra de posições pelos traders. “Foi um relatório favorável à oferta e negativo à demanda”, observou o analista Don Roose, da US Commodities. Se confirmada a estimativa do USDA, será a menor colheita de soja no país desde abril de 2020, ou seja, a produção voltaria para um patamar no início da pandemia. Na temporada 2019/20, os EUA colheram 3,56 bilhões de bushels. Outro fator de alta, o USDA informou nesta quinta-feira que exportadores relataram vendas de 295 mil toneladas de soja para o ano comercial 2023/24 para destinos não revelados, em reporte avulso de venda.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
USDA-SAFRA AMERICANA DE OLEAGINOSAS: A produção de oleaginosas dos EUA para 2023/24 está prevista em 120,9 milhões de toneladas, uma queda de 1,3 milhão em relação ao mês passado, com menor produção de soja, caroço de algodão, amendoim, colza e girassol. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu novamente sua projeção de produção de soja do país em 2023/24, de 4,146 bilhões de bushels (112,85 milhões de toneladas) estimados em setembro para 4,104 bilhões de bushels (111,70 milhões de toneladas) no relatório de oferta e demanda de outubro, divulgado na tarde desta quinta-feira. A projeção de área semeada foi mantida em 83,6 milhões de acres (33,83 milhões de hectares) neste mês. Já a previsão de produtividade foi cortada, de 50,1 bushels por acre (3,37 toneladas por hectare) para 49,6 bushels por acre (3,37 para 3,34 toneladas por hectare). As maiores mudanças na produção ocorrem em Kansas, Michigan e Nebraska. Com a redução da produção parcialmente compensada pelo aumento estoques iniciais, os suprimentos foram reduzidos em 24 milhões de bushels (653,16mil t).
As exportações de soja foram reduzidas em 35 milhões de bushels, para 1,76 bilhão (47,90 MT), com o aumento da concorrência da América do Sul. A esmagamento de soja está projetada em 2,3 bilhões de bushels (62,59 MT), um aumento de 10 milhões, impulsionada pelo aumento das exportações de farelo de soja e pela demanda interna de óleo de soja. O uso doméstico de óleo de soja aumenta em linha com o aumento para 2022/23. Com a queda nas exportações parcialmente compensada pelo aumento da moagem, os estoques finais permanecem inalterados em relação ao mês passado, em 220 milhões de bushels (5,99MT). O preço médio da soja para a temporada 2023/24 nos EUA permanece inalterado em US$ 12,90 por bushel. Os preços do farelo de soja e do petróleo permanecem inalterados em US$ 380 por tonelada curta e 63 centavos de dólar por libra-peso, respectivamente.
USDA-SAFRA GLOBAL DE OLEAGINOSAS: A produção estrangeira de oleaginosas em 2023/24 foi reduzida em 0,2 milhão de toneladas, para 538,5 milhões, principalmente devido à menor produção de soja e amendoim para a Índia e à menor produção de canola para o Canadá. A compensação parcial é a maior produção de colza na Polónia e a maior produção de sementes de girassol na Argentina. A produção de soja na Índia foi reduzida em 1,0 milhão de toneladas, para 11,0 milhões, já que as chuvas quase recordes em setembro, juntamente com as condições historicamente secas em agosto, impactaram negativamente os rendimentos.
As exportações globais de soja em 2023/24 caíram 0,2 milhão de toneladas, para 168,2 milhões, com exportações mais baixas para os Estados Unidos parcialmente compensadas por embarques maiores para o Brasil. As importações de soja foram reduzidas para o Paquistão. A esmagamento global de soja aumentou 0,8 milhão de toneladas, para 328,5 milhões, devido ao maior esmagamento da China e dos Estados Unidos. A moagem da China aumentou 1,0 milhão de toneladas, para 97,0 milhões, em linha com a maior moagem e a demanda doméstica de farelo de soja no ano de comercialização anterior. A compensação parcial é o menor esmagamento para a Índia e o Paquistão devido à redução da oferta. Os estoques finais globais de soja foram reduzidos em 3,6 milhões de toneladas, para 115,6 milhões, principalmente devido aos estoques mais baixos da China, Brasil.
GIRO PELOS ESTADOS
Feriado no Brasil – Mercados fechado
Fonte: T&F Agroeconômica