FECHAMENTOS DO DIA 10/05: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -1,05% ou $ -15,25 cents/bushel a $ 1436,50. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,30%, ou $ -3,75 cents/bushel a $ 1250,75. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,16% ou $ -0,16 cents/bushel a $ 1271,75. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 0,36% ou $ 0,36 ton curta a $ 417,9 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -1,65% ou $ -0,87/libra-peso a $ 51,85.

CAUSAS DA BAIXA: A soja fechou novamente em baixa, após uma sessão volátil, acompanhando o movimento do óleo de soja, que perdeu quase 2% do seu valor nesse meio de semana. A queda do petróleo pressionou o derivado, que levou junto a soja. O Farelo fechou em alta com ajustes técnicos. Além disso, o mercado está ajustando posições antes do relatório WASDE dessa sexta-feira. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal estimam aumento de safra e estoque final da oleaginosa nos EUA.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EXPORTAÇÕES ARGENTINAS: As exportações argentinas de produtos dos complexos soja e milho totalizaram 3,9 milhões de toneladas em abril, disse nesta quarta-feira a Bolsa de Comércio de Rosário, citando dados preliminares. O volume representa queda de 49% ante igual mês do ano passado e de 38% em relação à média dos últimos cinco anos para abril. Corresponde também ao menor volume para o mês desde 2002. Segundo a bolsa, o desempenho reflete a estiagem que afetou significativamente a produção dos dois grãos em 2022/23.

EXPORTAÇÃO DE SOJA E DERIVADOS AUMENTOU EM 2022: Os produtos da cadeia da soja e do biodiesel movimentaram US$ 61,3 bilhões em exportações no último ano, o resultado foi acima do registrado em 2021 (de US$ 43,3 bilhões). A estimativa foi divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A cifra de 2022 representou 38% das exportações do agronegócio no último ano. Apesar do montante destinado à exportação, o Cepea e a Abiove ressaltaram que um volume significativo do total produzido fica retido no mercado interno. Em 2022, 61% da soja em grão produzida foi exportada, 53% do total do farelo fabricado foi enviado para o exterior e 26% do óleo de soja saiu do País. Para o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Furlan Amaral, o Brasil tem conseguido exportar volumes cada vez maiores dos produtos derivados da soja, tomando mercados como a Argentina e os Estados Unidos. Neste ano, como a Argentina apresentou uma redução bastante severa da produtividade, o mercado poderá estimular ainda mais o comércio pelo Brasil, afirmou Amaral. “Nossa avaliação é de que o Brasil vai exportar mais farelo neste ano”, ressaltou.

SOJA-CONAB: A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 atingia 95,4% da área plantada no último sábado (6), avanço de 1,7 ponto porcentual na comparação com os 93,7% reportados na semana anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal de progresso de safra. A retirada da oleaginosa está levemente adiantada na comparação com o ciclo passado, quando, em igual período do ano, 94,9% das lavouras já estavam colhidas. A retirada da oleaginosa já foi encerrada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e São Paulo. Dos Estados que ainda estão colhendo a soja, Maranhão e Rio Grande do Sul estão atrás nos trabalhos de campo, com 78%.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços parados, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja no RS segue da mão para a boca, com produtor vendendo apenas o necessário. Prêmios seguem se recuperando, porém hoje a baixa na CBOT pesou no mercado. A curva dos meses para frente segue sendo muito favorável, com preços de R$ 146,00 junho, R$ 148,50 julho e até R$ 152,00 no agosto. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 144,00 sobre rodas no melhor momento, marcando manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta preço também não se move, permanecendo a R$ 137,00. Em Ijuí vemos manutenção de preço, com valor se mantendo em R$ 137,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço também não se movimentou, mantendo-se a R$ 137,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço continuou a R$ 136,50.

SANTA CATARINA: Queda de R$ 1,00/saca nos preços, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Semana continua com quedas de preços em uma inversão de mercado, sem negócios sendo efetuados no porto de Santa Catarina. Essa inconsistência de mercado atingindo quase todas as posições no Brasil se deve hoje as quedas vistas em Chicago. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 144,00 para abril com entrega imediata, marcando queda de R$ 1,00/saca.

PARANÁ: Dia de desvalorizações no interior como movimento de equilíbrio de mercado

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam dia de piora, logo após altas vistas ontem no interior do Estado. Após mais um dia de baixas o mercado se alinhou novamente com o que era esperado, pois dessa vez a desvalorização externa combinada do dólar e de Chicago foram suficientes para impedir que a conjuntura interna do Estado impedissem a desvalorização. Com isso vemos basicamente um recuo do que ocorreu de evoluções ontem. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção, e segue a R$ 142,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa expressiva de R$ 9,00/saca, seu preço foi de R$ 131,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores recuaram em R$ 2,00/saca, indo respectivamente a R$ 127,00, R$ 127,00 e R$ 126,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente negativo, com o grão de soja passando por baixa de 1,05%, o farelo em alta de 0,36% e o óleo em baixa expressiva de 1,65%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,75%, sendo cotado a R$ 4,9499 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços evoluíram R$ 1,00/saca, poucos negócios efetuados

CONTEXTO DO DIA: MS continua a semana e finalmente marca evoluções de preço, suficiente para os produtores correrem a efetuar pequenos negócios para a manutenção de suas propriedades. Apesar disso, os volumes foram bem pouco relevantes e não ajudam em nada a questão do armazenamento que se vê ameaçado pela safra de milho por vir. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 127,00, em Maracaju a R$ 126,00, em Sidrolândia a R$ 125,00, em Campo Grande a R$ 127,00 e em Chapadão do Sul a R$ 124,00.

MATO GROSSO: Dia negativo na casa dos R$0,60/saca, alguns negócios saindo

CONTEXTO DO DIA: Mato Grosso segue mantendo seu escoamento constante e lento por todo esse período, com a maior parte dos produtores aguardando novas altas e vendendo volumes para períodos mais distantes. No dia de hoje, com as quedas no mercado internacional os preços foram puxados para baixo, invertendo parcialmente a positividade adquirida ontem. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram altas na base de R$ 0,60/saca para cada região, com Campo Verde variando R$ 0,64/saca e indo a R$ 116,99. Lucas do Rio Verde a R$ 113,24 após variação de R$ 0,68/saca. Nova Mutum a R$ 114,21, ao variar R$ 0,67/saca. Primavera a R$ 117,45 com variação de R$ 0,59/saca. Rondonópolis a R$ 119,49, marcando variação de R$ 0,54/saca. Sorriso, por fim, a R$ 112,89, variando R$ 0,70/saca

MATOPIBA: Mercado dividido, baixa em Balsas e Luiz Ricardo Magalhães

CONTEXTO DO DIA: mercado de MATOPIBA segue calmo e sem muita informação extra a dar. A soja já se vê com sua colheita completa e a estrutura de negócios internas tem se mostrado suficiente para efetuar a manutenção do armazenamento. Não se sabe com precisão quanto volume de fato é escoado na região, mas os preços continuam variando bem em uma dinâmica própria e interna. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 121,00 após desvalorização de R$ 1,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 124,00, marcando manutenção. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 119,40 com valorização de R$ 0,40/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 115,50, sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 124,00 com baixa de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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