FECHAMENTOS DO DIA 23/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,19 %, ou $ -15,50 cents/bushel a $ 1286,75. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,89 % ou $ -12,00 cents/bushel a $ 1332,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,80 % ou $ -3,4 ton curta a $ 420,5 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -2,72 % ou $ 1,45/libra-peso a $ 51,94.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fecho em baixa nessa segunda-feira. O indicativo da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, na sexta-feira, que os Fundos de Investimento estão apostando em uma baixa para a soja, levou à realização de lucros por parte dos investidores nesse começo de semana. O grão apresentou saldos positivos por duas semanas consecutivas, o farelo de soja está com um resultado robusto nos últimos dias e o petróleo estabilizou em uma faixa de preço após o inicio dos conflitos no Oriente Médio. Com isso, os Fundos viram uma boa oportunidade de embolsar os ganhos. No entanto, os bons dados das inspeções de embarques da soja, com 2,46 milhões de toneladas destinadas à exportação, sendo pouco mais de 2 milhões para à China, seguram maiores recuos.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

BRASIL-CADA VEZ MAIS DISTANTE DE NOVA SAFRA RECORDE: A possibilidade de o Brasil conseguir uma grande colheita de soja na campanha 2023/24 está cada vez mais distante devido ao aparecimento de previsões climáticas que complicam cada vez mais as perspectivas atuais. Um relatório especial publicado pela agência meteorológica brasileira (Inmet) projetou que até 16 de novembro continuarão a ser registradas chuvas acima do normal em grande parte do sul do país, enquanto o contrário ocorreria no norte. Em relação à previsão de armazenamento útil de água no solo para o próximo mês de novembro de 2023, a estimativa é que um setor do Nordeste do país possa viver uma situação crítica devido ao déficit de umidade. “Vale ressaltar que, com a ação do fenômeno El Niño, existe a probabilidade de ocorrerem grandes volumes de chuva em algumas áreas, o que poderia contribuir para o aumento dos níveis de água no solo com valores superiores a 90 %., gerando até excessos hídricos na região Sul do país”, destacou o relatório do Inmet.

BRASIL-ESTADOS MAIS AFETADOS: “Em outras áreas, os níveis de água no solo permanecerão baixos devido à previsão de redução de chuvas no Nordeste e parte do Norte, incluindo áreas do Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Sealba (área entre os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), o que poderia impactar negativamente os níveis de armazenamento de água no solo, agravando o déficit hídrico”, acrescentou. Enquanto isso, em áreas de Mato Grosso, Goiás, centro e norte de Minas Gerais, Espírito Santo e noroeste de São Paulo, a irregularidade espacial da precipitação continuaria a manter o armazenamento de água em níveis inferiores ao normal. Relatório da consultoria brasileira Pátria Agronegócios indica que até a última sexta-feira, 20 de outubro, já havia sido plantada quase 30% da área planejada de soja, valor inferior ao registrado nas duas últimas safras. Na região do Cerrado brasileiro, o plantio avança conforme planejado, aguardando chuvas abundantes que, no momento, não ocorreram. Fonte: Valor Soja

EUA-AUMENTO NAS EXPORTAÇÕES SEMANAIS, MAS QUEDA ANUAL: Os dados das inspeções semanais apontaram 2.459 MMT (90,35 mbu) de exportações de soja na semana encerrada em 19/10. Isso representou um aumento de 9% na semana, mas uma queda de 16% em relação ao ano passado. A exportação total da temporada atingiu 7,89 milhões de toneladas (290 mbu) em 19/10, em comparação com 7,64 milhões de toneladas (281 mbu) no ano passado.

EUA-ANDAMENTO DA COLHEITA DE SOJA: O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, que a colheita nos 18 estados listados alcançou 76% a área pretendida colhida, ante 62% da semana passada, 78% do ano anterior e acima dos 67% da média histórica.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a cair com Chicago e dólar

CONTEXTO DO DIA: Mais um dia de perdas em Chicago e no câmbio, acabaram por empurrar os preços da soja para trás. Elevação nas margens das esmagadoras começam a trazer elas para o protagonismo dos negócios. Compradores, no porto, seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. No porto melhor preço do dia foi de R$ 151,50 para 20 de novembro. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça, ora porto, ora fábricas. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 154,00 para 17 de novembro, marcando queda de R$ 0,80/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 146,70 após queda de R$ 0,80/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 146,20, caindo em R$ 0,80/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 145,70, caindo em R$ 0,80/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 146,20, também houve queda de R$ 0,80/saca.

SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção, negócios saindo lentamente

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção no porto de Santa Catarina, semana lenta de cerca de 30.000 toneladas comercializadas. Produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.

PARANÁ: Dia sem movimentos, negócios saindo sem muita consistência

CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. A maioria das movimentações vistas se devem a movimentações do dólar, há pouco fundamento para soja nesse momento, muitos dos produtores estão focados apenas no campo ou lidando com milho, que tem visto níveis escoados muito mais expressivos, enquanto isso o cenário de soja segue como um quadro parado, os mesmos problemas a semanas. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção, ainda a R$ 146,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 139,00. Nas demais posições temos predominância de repetição, com Cascavel a R$ 135,00. Maringá a R$ 136,00 e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por baixa de 1,01%, o farelo passou por alta de 0,21% e o óleo em alta de 0,53%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,43%, sendo cotado a R$ 5,0313 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços se repetem, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços marcam variações positivas pela terceira sessão consecutiva, podendo significar uma melhora do cenário, algo que se deve a ambos a valorização do farelo e a valorização do dólar no dia de hoje. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 131,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.

MATO GROSSO: Preços seguem marcando baixas em movimento de reajuste da realização de lucros

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixa de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação, isso se deve ao estrangulamento dos fretes para o Sul, algo que tem preocupado os produtores da região, passando de R$ 450,000 a tonelada. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos as regiões, com exceção de Campo Verde marcaram baixa, com isso – Campo Verde a R$ 124,60 subindo R$ 2,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 1200 após baixa de R$ 1,60/saca. Nova Mutum a R$ 120,60 após baixa de R$ 1,40/saca. Primavera a R$ 125,00 após baixa de R$ 2,00/saca. Rondonópolis a R$ 126,90 com baixa de R$ 2,10/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,50 após baixa de R$ 2,50/saca.

MATOPIBA: Dia sem movimentos, negócios sem mudança

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00.

Fonte: T&F Agroeconômica



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