FECHAMENTOS DO DIA 28/09: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,21 %, ou $ -2,75 cents/bushel a $ 1300,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,30 % ou $ -4,00 cents/bushel a $ 1344,75. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,59 % ou $ 2,3 ton curta a $ 392,4 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -1,81 % ou $ – 1,08/libra-peso a $ 58,53.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa nessa quinta-feira. Após quatro altas consecutivas, o mercado realizou lucros e a oleaginosa fechou em queda. A comercialização pesou sobre a decisão dos investidores. Apesar do volume de vendas indicado pelo USDA ser maior no comparativo semanal, os dados viram muito próximos do mínimo esperado pelo mercado. O feriado prolongado na China, que começa nessa sexta, reduz as perspectivas de um aumento nas vendas no curto prazo. Com a recente valorização mundial do dólar, o grão americano está pouco competitivo, o que acaba atraindo mais negócios para o grão brasileiro.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA MUDA PADRÃO E SE TORNA MAIS EXIGENTE COM SOJA: China torna-se mais exigente para receber soja e representa desafio comercial e logístico para Brasil e Argentina No dia 1º de dezembro, a China implementará um novo padrão comercial para importação de soja com umidade base de recebimento de 13,0%. A nova norma representa um desafio para Brasil e Argentina porque atualmente a base de recebimento da soja é de no máximo 14,0% e 13,5% respectivamente, enquanto nos EUA e Uruguai a mesma é de 13,0%.
Em termos logísticos, o Brasil – país com regiões subtropicais – é o fornecedor mais complicado com a nova exigência chinesa, visto que terá que investir mais tempo e recursos no condicionamento de grãos para poder embarcar soja com o nível mínimo de umidade exigido pela nação asiática. Esta não é uma tarefa fácil para o Brasil porque o país carece de infraestrutura para armazenar a enorme quantidade de grãos que vem produzindo nas últimas safras e, por isso, é obrigado a escoar grande parte da produção no período da colheita.
Desde o ano passado, o Ministério da Agricultura do Brasil vem promovendo uma iniciativa para atualizar o padrão de comercialização da soja e um dos principais aspectos da proposta é justamente reduzir a base de umidade de 14,0% para 13,0%. A iniciativa inclui a segmentação da soja em três categorias: para consumo humano direto; para produção de farelo, pellets, óleo de soja e biodiesel; e finalmente para “usos especiais”, que incluem a produção de soja com teores de óleo superiores a 20% e teores de proteína superiores a 40%. Para a soja destinada à indústria, a proposta determina cinco categorias de qualidade, sendo a mais elevada aquela que contém até 4,0% de grãos queimados/fermentados, até 1,0% de grãos queimados e estranhos e até 8,0% de grãos verdes. A categoria de menor qualidade corresponde aos lotes de soja com 10,01% a 12,0% de grãos queimados/fermentados, 4,01% a 5,0% queimados e 14,01% a 16,0% de grãos verdes. Para materiais estranhos, é mantida a tolerância máxima de até 1,0%. Na Argentina, por outro lado, não há nenhuma proposta oficial em avaliação que vise a atualização do padrão comercial da soja. Fonte: Granar
FARELO/USDA-CANCELAMENTOS SUPERAM VENDAS EM 16,9 MIL TONELADAS DA SAFRA 2022/23 NA SEMANA: Os cancelamentos superaram as vendas em 16,9 mil toneladas de farelo de soja da safra 2022/23 na semana encerrada em 21 de setembro, informou nesta quinta-feira o Departamento de Agricultura do país (USDA). O volume representa queda expressiva ante a semana anterior e em comparação à média as quatro semanas anteriores. O volume total vendido das duas safras, de 358,8 mil toneladas, ficou dentro das estimativas dos analistas, que iam de vendas de 150 mil a 550 mil toneladas. Os embarques ao exterior na semana foram de 179,3 mil toneladas, queda de 41% ante a semana anterior e de 19% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Filipinas (55,9 mil t), México (32,1 mil t), Venezuela (18,5 mil t), Canadá (17,3 mil t) e Honduras (17 mil t).
EUA-EXPORTAÇÃO DE SOJA: As vendas de exportação de soja para entrega 23/24 são estimadas entre 500 mil toneladas e 1,2 milhões de toneladas para a soja-grão, 225 mil-550 mil toneladas para o farelo e 0-10 mil toneladas para o óleo. As reservas de safra velha são estimadas entre 200 mil MT de cancelamentos líquidos e 100 mil MT de novos negócios líquidos para a farelo de soja, e +/- 10 mil MT para o óleo. A temporada comercial começou em 1º de setembro para a soja e 1º de outubro para os produtos.
ARGENTINA-ACABOU A SOJA, ENTÃO VAMOS AO “DÓLAR PETRÓLEO”: O regime cambial especial “soja dólar 4” acabou, na verdade, sendo uma espécie de “subsídio” para a compra de soja in natura que ajudou a promover a competitividade das empresas exportadoras que não possuem operações industriais em território argentino. Até o momento, foram declarados no Ministério da Agricultura embarques de soja no valor de 772.258 toneladas para outubro próximo versus exportações de farelo de soja no valor de 88.004 toneladas. A partir de novembro, sem o efeito distorcivo do “dólar soja 4”, a relação de embarques entre soja-grão e farelo de soja volta aos níveis esperados para esta época do ano. A mudança de metodologia implementada no “dólar soja 4”, que permite a disponibilização gratuita de 25% de moeda estrangeira, proporcionou maior competitividade relativa aos exportadores de soja em relação aos industriais do óleo. Neste quadro, o volume de compras de grão pelas empresas exportadoras aumentou, enquanto o contrário ocorreu com o poder de compra das indústrias esmagadoras.
Esta é a última semana do regime “soja dólar 4” e a equipe econômica de Sergio Massa não tem planos de implementar mais incentivos cambiais para a agricultura até as eleições presidenciais, o que implica que as vendas de grãos voltarão ao status vegetativo”. O setor encarregado de “gerar” divisas no âmbito de um regime especial durante o mês de outubro seria, como anunciou Massa, o setor petrolífero.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Semana segue da mesma forma, sem expressão e com mínimas variações de preços
CONTEXTO DO DIA: Mercado viveu um dia sem novidades, preços lateralizados. Na sexta-feira teremos o relatório de estoques trimestrais, e na semana que vem é feriado no China, com isso, em tese teremos um começo de outubro sem novidades para o mercado de soja. Compradores seguem com suas demandas no outubro, há 2,5 mtm para serem embarcados em Rio Grande, de hoje até o final de outubro e em novembro haverá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 155,00 para 18 de outubro marcando baixa de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi a R$ 147,00 após baixa de R$ 1,00/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 146,50, após baixa de R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 145,50 após baixa de R$ 1,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 146,50 após baixa de R$ 1,00/saca.
SANTA CATARINA: Preços parados, negócios seguem sem expressão
CONTEXTO DO DIA: Preços em manutenção em mais um dia sem expressão no Estado de Santa Catarina, o produtor segue sem nenhuma pressa de movimentar seus estoques agora com demanda apenas para outubro, apesar disso, sabe-se que alguns volumes andaram, mas foram mais quantias de manutenção, abaixo de 5.000 toneladas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 146,00, sem movimentos.
PARANÁ: Dia sem movimentos de preços ou negócios, produtor de olho nas noticias
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, com preços marcando manutenção em mais um dia desinteressante para o produtor. A previsão subjetiva das safras do DERAL apresentou uma queda expressiva nos níveis de produtividade do Paraná, indicando uma produção final de 4,16 milhões de toneladas, quantia 10% mais baixa do que o potencial visto anteriormente. Segundo especialistas, isso se deve a uma doença sem precedentes, a brusone que tem causado a maior quantidade de perdas. Ademais atualmente 60% da safra já esta colhida. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção e segue a R$ 146,00 com pagamento em 31/10 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção e segue a R$ 142,00. Nas demais posições também não se viu movimentos, com Cascavel a R$ 136,30, Maringá a R$ 139,70 também sem se mover e Pato Branco a R$ 137,50. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas que não representaram muita mudança no mercado em termos reais. O grão de soja passou por baixa de 0,21%, o farelo em alta de 0,59% e o óleo em baixa de 1,81%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,16%, sendo cotado a R$ 5,0398 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam manutenção, negócios param
CONTEXTO DO DIA: Após altas e bons movimentos por duas sessões consecutivas, preços e negócios voltam a ficar completamente parados. O dia de hoje não trouxe informações a respeito da situação dos negócios que fossem relevantes PREÇOS DE HOJE: em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00 sem movimentos. Em Maracaju o preço foi a R$ 130,00, também sem movimentos. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 129,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 também em manutenção e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.
MATO GROSSO: Preços divididos, negócios seguem sem se mover com foco na plantação
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam preços divididos, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas, foco na plantação e agora já com o relatório WASDE na cabeça, esperando que dessa vez de fato o mercado se movimente de acordo com as notícias por vir. Pode-se dizer que o panorama é de preços passando por movimentações puramente de volatilidade, visto que negócios seguem fracos. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 123,20 após alta de R$ 0,70/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 119,20 após baixa de R$ 0,80/saca. Nova Mutum a R$ 120,10 após baixa de R$ 0,90/saca. Primavera a R$ 124,60 após alta de R$ 0,60/saca. Rondonópolis a R$ 126,40 com queda de R$ 1,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 118,80 após baixa de R$ 0,70/saca.
MATOPIBA: Preços e negócios parados, complexo segue sem se adaptar
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 121,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 124,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00.
Fonte: T&F Agroeconômica